A exposição “Portinari – A construção de uma obra” chega a sua última semana na CAIXA Cultural Rio de Janeiro. Com entrada franca, a mostra pode ser visitada até domingo, dia 1º de julho, das 10h às 21h. Aberta ao público no dia 3 de maio, já são mais de 25 mil frequentadores. No total, a exposição, que antes passou por Recife, Salvador e Curitiba, foi vista por cerca de 75 mil pessoas até o momento. O projeto tem patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.
“Portinari – A construção de uma obra” reúne 71 estudos, pinturas e obras do pintor, muralista e desenhista, que conquistou reconhecimento internacional retratando o cotidiano do país e a desigualdade social, com atualidade surpreendente. Também fazem parte da montagem 16 esculturas criadas pelo artista plástico Sérgio Campos, que reproduzem personagens de importantes obras de Portinari.
Segundo o curador Luiz Fernando Dannemann, os trabalhos reunidos mostram o processo criativo do artista, ilustrando sua trajetória. “É uma exposição específica da construção da obra de Portinari, que mostra estudos, esboços e desenhos de grandes obras do artista”, comenta o curador. “São pedaços preciosos de um artista singular, de quem buscou originalidade na própria poesia do homem”. Entre eles, há estudos para o painel Guerra e Paz, que Portinari criou para a sede da ONU, em Nova York, entre 1952 e 1956.
Um dos grandes temas da obra do artista é a desigualdade social, revelada no registro do cotidiano, como em “Grupo com homem doente” e “Menino morto”, por exemplo. “Portinari era um ‘cronista’ que, ao invés de escrever, pintava as desigualdades, as efemérides”, diz o curador. “Os Retirantes” é a realidade do Brasil, pessoas que iam para as grandes cidades buscando melhores oportunidades. E muitas dessas obras continuam atuais, a crítica, a crônica, porque ainda vivemos em um país de desigualdade social”.
Esculturas
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As esculturas de Sergio Campos contracenam com as obras de Portinari na mostra. Campos finalizou o planejamento do próprio artista plástico, que queria transformar suas figuras em esculturas. O Rio de Janeiro recebe 16 trabalhos, revelando uma tridimensionalidade da visão de Portinari. “Ele pretendia eternizar alguns de seus personagens em bronze. Como morreu prematuramente, aos 59 anos, não conseguiu concluir este projeto”, explica Dannemann. “Sergio Campos, membro da família do pintor, decidiu finalizar a ideia, criando esculturas fidedignas em cada detalhe”.
Mais informações: www.portinari.org.br/#/pagina/candido-portinari/apresentacao
Serviço: |
Exposição Portinari, a construção de uma obra |
Entrada Franca |
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 4 |
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro (Metrô e VLT: Estação Carioca) |
Telefone: (21) 3980-3815 |
Visitação: Até 1º de julho de 2018 |
Horário: de terça-feira a domingo, das 10h às 21h |
Classificação Indicativa: Livre |
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal |
Acesso para pessoas com deficiência |