Trompetista norte-americano Peter Evans traz toda sua versatilidade para a Audio Rebel

Fazendo jus ao seu papel de palco da cena independente do Rio, especializado em música experimental alternativa, a Audio Rebel recebe uma atração internacional na próxima segunda-feira, imperdível para quem curte jazz e toda a mistura de sons, a criatividade e a energia que esse estilo propõe. O trompetista norte-americano Peter Evans é destaque na programação da casa no dia 18 deste mês. Trata-se de um dos músicos mais versáteis e importantes da nova geração do jazz, capaz de transitar entre as muitas vertentes ligadas à música de vanguarda e ao jazz norte-americano e europeu. A casa abre às 20h.

Residente em Nova Iorque – capital cultural do mundo – há mais de uma década, Peter Evans trabalha com ampla variedade de searas sonoras: grupos de jazz, orquestras de câmara, free-improv, música eletroacústica, composição e performance solo. Entre alguns de seus projetos mais novos podemos citar o Peter Evans Trio, Quartet e Quintet, o duo Sparks (com Tom Blancarte) e o duo com o trompetista Nate Wooley. Evans também é membro do Evan Parker’s Electro-Acoustic Ensemble. Tocou ao lado de Okkyung Lee, Jim Black, Mary Halyorson, Weasel Walter, John Zorn e Mats Gustafsson. Em NY, o artista também se inclui no cenário da música contemporânea como integrante do International Contemporary Ensemble (ICE), empenhado a interpretar o repertório de Iannis Xenakis, Edgard Varése e outros jovens compositores.

Peter Evans é a principal atração da Audio Rebel nesse dia, mas a noite já começa quente com Cadu Tenório e o suíço Thomas Rohrer (radicado em São Paulo há 20 anos) apresentando o trabalho Fórceps, uma combinação da bagagem eletrônica e experimental do primeiro, com o talento para improvisar do segundo, usando rabeca e sax soprano, e buscando explorar as diferentes sonoridades desses instrumentos. Cadu, que já lançou discos por selos nacionais e internacionais, marca sua trajetória com uso de field recordings e tape loops, ou seja, instrumentos processados e sons do cotidiano. Como compositor e músico, é responsável por projetos como o Sobre a Máquina, VICTIM! e Ceticências. Rohrer, por sua vez, faz parte dos coletivos de improvisação Abaetetuba, Black Cube SP – com Rob Mazurek, Ponto Br, e toca com Juçara Marçal. Atualmente também mantém parcerias com Philip Somervell, Hans Koch, Audrey Chen, Terry Day, Bella, Ute Wassermann, Michael Vorfeld, Marina Tenório (dança), entre outros. Idealizou o projeto Tradição Improvisada, dialogando com a música de Nelson da Rabeca e Dona Benedita, junto de Panda Gianfratti.

Em funcionamento há mais de dez anos, o Audio Rebel, localizado em Botafogo, aparece como local da resistência cultural da cidade. O evento do dia 18 recebe o apoio do Prêmio Funarte de Programação Continuada para a Música Popular 2015. Os ingressos para a noite com Peter Evans, Cadu Tenório e Thomas Rohrer já estão à venda pela internet.