Três momentos da Pintura de Paisagem no Brasil

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Uma reflexão sobre um capitulo essencial da evolução da arte brasileira, é o que os visitantes poderão apreciar, entre outros aspectos, na exposição “Três momentos da Pintura de Paisagem no Brasil”, que o Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC inaugura no próximo dia 13 de dezembro, quinta, às 12h.

Através de 36 obras de arte, do rico acervo do MNBA e de obras da Pinacoteca Barão de Santo Angelo, Instituto de Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a mostra, dividida em 3 módulos, percorre um panorama conciso do exercício da pintura de paisagem no Brasil, por artistas brasileiros, estrangeiros radicados no Brasil, ou ao menos, aqui ativos desde meados do século XIX até os anos iniciais do século XX.

A partir das décadas de 1920 e 1930, a pintura brasileira enveredaria por novos rumos, poucos favoráveis ao desenvolvimento da paisagem como gênero.

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A exposição “Três momentos da Pintura de Paisagem no Brasil”, em sua grande totalidade, aborda a evolução da prática da paisagem no Brasil, exibindo “paisagens puras”, não sendo selecionadas paisagens urbanas ou marinhas. Algumas obras da mostra não são expostas há décadas e a beleza do conjunto promete impressionar o público.

Na linha do tempo, explica o curador Pedro Xexéo, a criação da Divisão Moderna do Salão Nacional de Belas Artes, em 1940, no Rio de Janeiro, capital cultural do país, contribuiu, em muito, para diminuir a importância da paisagem na tipologia artística, relegando a sua prática, salvo raras exceções, a artistas que continuaram a dedicar-se a uma pintura de caráter mimético, realista, considerada obsoleta pelas correntes modernistas.

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Esta depreciação se acelerou com o aparecimento da pintura não-figurativa, não-representativa ou abstrata, na segunda metade dos anos 1940, na Europa e Estados Unidos, com reflexos no Brasil. Esta última tendência das artes visuais se acentuou, em nosso país, com a criação da Bienal Internacional de São Paulo e o Salão Nacional de Arte Moderna do Rio de Janeiro, eventos acontecidos em 1951.

A Bienal, explica o curador, acelerou a internacionalização da arte brasileira, enquanto o novo Salão colocou em segundo plano, o já ultrapassado Salão Nacional de Belas Artes, de caráter conservador. Assim, a paisagem tradicional foi, aos poucos, sendo abandonada pelos jovens artistas.

Num primeiro momento, a mostra homenageia o pintor holandês Frans Post, cuja obra é de grande relevância, por ter sido o primeiro pintor a dar uma versão ao mesmo tempo, fiel e poética, da terra brasileira.

Exposição: “Três momentos da Pintura de Paisagem no Brasil”
Período: 13 de dezembro de 2018 até 31 de março de 2019.
Local: Sala do Barroco Italiano.
Visitação: Terça a sexta: das 10h às 18h. Sábados, domingos e feriado: das 13h às 18h.
Ingressos: R$ 8,00 inteira, R$ 4,00 meia e ingresso família (para até 4 membros de uma mesma família) a R$ 8,00. Grátis aos domingos.
Museu Nacional de Belas Artes/MNBA
Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia – Tel: (21) 3299-0600
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