Com perspectivas diferentes sobre o suicidío e sua prevenção, cada livro dessa lista apresenta uma proposta singular
A campanha da prevenção ao suicídio, o Setembro Amarelo, prossegue no Brasil lutando e discutindo sobre a realidade dos casos suicidas no país. Mundialmente, a taxa de mortes por suicídio vem caindo, mas nas Américas as porcentagens subiram, e visando mudar essa realidade, muitos autores levam o assunto para seus livros como forma de ajudar, auxiliar e prevenir a vida do próximo.
Entre as diversas narrativas que envolvem pensamentos e atitudes suicidas, ou até mortes por suicidío, elencamos três livros nacionais que conversam de formas diferentes sobre o assunto.
Uma namorada para Taehyung
Rumo à Coreia, Joy deixa o Brasil em busca de realizar o sonho de se tornar uma estrela mundial. Apesar de seus inúmeros talentos, a vida adulta cheia de responsabilidades faz com que ela busque por um emprego que pague suas contas, deixando seu sonho em segundo plano. Como responsável pela limpeza de um prédio de entretenimento, ela passa a conviver com os integrantes de diversos grupos de k-pop, mas apenas um jovem chama sua atenção, e não é apenas por sua beleza encantadora. Jeong Taehyung é o membro mais bagunceiro do grupo DK’S, um rapaz conhecido por levar tudo na brincadeira. Seus alvos principais são os funcionários do prédio, e todos percebem seu favoritismo evidente por Joy. Quando uma travessura desastrosa ameaça o emprego da brasileira, Taehyung terá de mudar seu comportamento para protegê-la. E é essa aproximação que faz com que o astro coreano entenda por que Joy é a única capaz de fazer seu coração bater mais rápido.
No livro, Lilly Belmount traz algumas mensagens sobre a depressão e a importância do apoio da família, amigos e profissionais da saúde mental para evitar que pensamentos e atitudes suicidas sejam frequentes na vida da pessoa.
Entrevista com a Morte
Guy Standing é um renomado apresentador, mas se manteve afastado das telas após o suicídio de seu filho. Depois de meses sem aparecer em público, ele volta ao seu antigo estúdio, motivado pelo seu agente, Nate, para preparar a entrevista do século. Juntamente com uma equipe de filósofos, sociólogos e teólogos, o apresentador enfrentará um dos maiores desafios de sua existência, já que terá de encarar seus próprios fantasmas, pois a pessoa a quem entrevistará é a personificação da Morte.
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Diferente das outras obras presentes nessa lista, a história escrita por Julia Giarola apresenta uma proposta envolvendo os processos do luto e a visão da vida sobre a morte, assim, trazendo reflexões sobre quem fica e os cuidados que essas pessoas precisam ter.
Saturno é um Garoto
Em meio a frases curtas e metáforas, o livro narra o cotidiano de um rapaz chamado Saturno. Infelizmente ele vê sua vida perdendo cor conforme os sintomas da depressão se manifestem no seu dia-a-dia, desde a sensação de se sentir só e vazio até a insana dificuldade em sair de casa para realizar tarefas simples e cotidianas.
“Saturno é um garoto” nasceu de uma publicação de Io Bittencourt sobre o Setembro Amarelo, mês da prevenção ao suicídio. Logo seu público se identificou com o material publicado, e assim desenvolveu o livro de autoajuda para trabalhar com o assunto, de fato delicado, na arte da escrita e dos traços.