Sergio Grecu – Arte Surrealista por Edmundo Cavalcanti

Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.

Sem arte e sou um cara que morreu e esqueceu-se de deitar… Pergunto a você: O que é a música para Beethoven diante da sua surdez? – Sergio Grecu

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Nascido em São Caetano do Sul, São Paulo, Sergio Grecu iniciou cedo sua carreira como artista. Aos 12 anos começou a trabalhar como auxiliar administrativo em uma indústria onde seu pai, de origem romena, já havia trabalhado, e depois de dois anos nessa função fora designado para ser desenhista modelador de fundição, tarefa que exigia conhecimentos de sombreamento, profundidade, volume, perspectiva e tridimensionalidade pois lidava com desenho de peças. Esse foi o marco zero da carreira de Sergio na arte.

Com 17 anos foi promovido para trabalhar no departamento de arte da empresa, de onde sairia cinco anos mais tarde para entregar-se a uma carreira autônoma na área de ilustração. Sua criatividade e técnicas foram amadurecendo durante todo esse processo e Sergio acabou recebendo um convite para montar o departamento de arte da Gravadora Continental, onde desenvolveria trabalhos de publicidade mas principalmente projetaria e criaria capas de discos de grandes nomes da época.

Sergio Grecu é Artista Plástico.
Sergio Grecu é Artista Plástico.

Autodidata por natureza e já iniciado no campo das artes, em 1967 passou a expor seus quadros na Praça da República, que na ocasião era um grande e movimentado reduto para o mercado das artes, sendo a alavanca de sucesso de muitos artistas.

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Inspirado por nomes como Jenner Augusto, Sergio passou a pintar temas pitorescos do nosso Brasil; Suas igrejas, as favelas, as palafitas, a capoeira, as belezas do norte e nordeste, enfatizando o nascer e o por do sol. Foi nesse período de sua vida que juntamente com mais 12 artistas, foi formado o “Grupo dos 13”, com quem Sergio realizou inúmeras exposições coletivas.

Sergio Grecu conquistou época a condição de ser membro da AIAP – Associação Internacional de Artes Plásticas e já foi parte de grandes eventos, como pré-bienais, salões de arte e exposições coletivas, tendo destaques entre estes: III e IV Encontro de Artes Plásticas de Atibáia, XIV Salão de Artes Plásticas de São Bernardo do Campo, II e III Salão de Artes da Volkswagen do Brasil – onde recebeu medalha de ouro, XVII e XVIII Mostra de Arte da Granja Vianna, Exposições no Centro Britânico-Brasileiro e na Chapel School. Sergio participou juntamente com importantes nomes da arte brasileira, a convite do Sr. Paulo Bomfim, na época Secretário do Turismo de São Paulo, da mostra e doação de obras para o Museu de Skopje na Iugoslávia. O artista possui obras em várias coleções do Brasil e do Exterior, notadamente na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Durante anos Sergio trilhou um caminho de pesquisas em novas formas, texturas e técnicas para enriquecer seu trabalho. Após passar pelo impressionismo, pelo abstrato e a pop-art, Sergio encontra-se atualmente nos caminhos do surrealismo. Nessa mostra, <<Expressões do Inconsciente>>, o artista usa em seus quadros personagens de grandes mestres da pintura, pelos quais ele nutre profundo respeito e admiração: Michelangelo, Caravaggio, William Bouguereau, Dalí, Da Vinci, entre outros.

Guilherme Moreira Grecu

A cada um segundo suas obras

Entrevista

Onde você nasceu e qual sua formação acadêmica?

São Caetano do Sul-SP. Escola da vida…

Como e quando se dá seu primeiro contato com as Artes?

Desenhava o que via em revistas desde os 10 anos…

Fé, Crença e o Pão Nosso de cada diaComo surgiu ou você descobriu este dom?

Não sei dizer sempre tentei observar ilustrações e copiá-las…

Quais são suas principais influências?

São as minhas primeiras paixões, o perfeccionismo de Da Vinci e Michelangelo.

Quais os materiais que você utiliza em suas obras?

Óleo, Acrílica e em caso de relevos ou efeitos massa acrílica.

Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?

As coisas vêm como intuição, muitas vezes nas muitas pesquisas que faço em obras de outros artistas acho algo que me impulsiona para criar uma obra…

Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?

Eu trabalhei como criador de trabalhos promocionais gráficos e comecei com 14 anos em um depto. de arte em uma indústria, depois montei o depto. onde fui diretor de arte da Continental Discos em 68, em 69 fui um dos iniciantes da feira de arte da Praça da Republica onde comecei a me atrever a pintar.

O triste lamento de um pássaroA arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na historia da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?

Tem muitos que me entusiasmam atualmente, mas os grandes e verdadeiros mestres me impulsionam a me superar tais como Da Vinci, Michelangelo, Caravaggio, Willian Bouguereau, Dalí, em muitos outros…

O que a arte representa para você? Se você fosse resumir em poucas palavras o significado das Artes na sua vida…

Sem arte e sou um cara que morreu e esqueceu-se de deitar… Pergunto a você: O que é a música para Beethoven diante da sua surdez?

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Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte).

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Se eu tivesse espaço eu me envolvia com várias artes, fico restrito a pintura com dimensões que meu espaço permite fazer… pintura e arte em geral pra mim é algo espiritual…

Releitura de São Mateus e o Anjo de CaravaggioTodo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou, que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?

Meus mentores espirituais são os nomes de mestres da pintura que citei acima e os grandes mestres da música clássica os quais me empolgam com as maravilhas de obras que ficaram e permanecerão pela eternidade…

Você tem outra atividade além da arte? Você dá aulas, palestras, etc.?

Já dei aula uma vez para uma aluna… não tive oportunidade de dar aulas pra outras pessoas, mas se aparecesse um grupo para tal eu faria com muito prazer… palestras nunca fiz, talvez minha caminhada seja só pesquisar e pintar…

A vitrineSuas principais exposições nacionais e internacionais e suas premiações?

A arte nos anos 70 era muito mais prestigiada, os salões eram exigentes, mas consegui prêmios que me levaram a ser membro da AIAP que era muito difícil de entrar, pois tinha que ser premiado em algum salão que grande relevância. Mas tenho muitos quadros que foram vendidos para turistas de vários países que visitavam a Praça da República aos domingos… aquela época vendia-se muito mesmo… Nunca tive uma exposição internacional e nacional, tive várias coletivas e só me interessei fazer uma individual há pouco tempo atrás que me deu um bom resultado de venda… sou sempre convidado a expor individualmente mas todos galeristas querem cobrar valores impossíveis sem garantia de venda, então não entro…

O observador da transformação de Adão e Eva

Seus planos para o futuro.

Tenho 73 anos, meu futuro é hoje, amanhã quem sabe?

Facebook: www.facebook.com/sergio.grecu

O portal do amor

Releitura de Monalisa

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EDMUNDO CAVALCANTI
São Paulo – Brasil
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Colunista no Site Obras de Arte
E-mail: cavalcanti.edmundo@gmail.com

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