Saiba como a psicologia das cores interfere na impressão sobre um ambiente

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Um dos segmentos que mais crescem atualmente no Brasil é o de arquitetura e decoração, mesmo em tempos de crise. Porém, pouca gente sabe como a psicologia das cores pode, e deve, ajudar na hora de melhorar um ambiente.

Quem comprova o crescimento dessa área é uma pesquisa da própria CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil), apontando que no último período os projetos arquitetônicos cresceram mais de 12%.

Lembrando que o setor pode ir desde o nicho de casa, construção e urbanismo até o de design de interiores, como quando uma agência ou loja é contratada para fazer o planejamento da instalação de um papel de parede oriental decoração.

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É justamente aí que entra a questão da melhoria de ambientes, sejam eles internos ou externos. Afinal, as cores podem influenciar incrivelmente um dormitório, inclusive ganhando um sentido terapêutico, tanto quanto a fachada de uma loja.

O que já mostra outro ponto interessante: essa estratégia decorativa pode ser voltada não apenas para finalidades pessoais, mas também comerciais. Por isso, é que o assunto é tão estudado pela arquitetura, pelo design e até pelo marketing.

De fato, hoje em dia nós costumamos ser envolvidos por mais estratégias de venda do que imaginamos, sobretudo nas grandes cidades. Por exemplo, uma loja de carpete em placas pode chamar a atenção da clientela de muitas formas.

Uma bem conhecida em avenidas e pontos de venda é instalar uma luz vermelha piscante (famoso strobo rítmico) logo na fachada da loja. Assim, o recurso faz com que o transeunte preste mais atenção naquele estabelecimento do que nos demais.

Esse é apenas um exemplo de como a psicologia das cores pode estar envolvida no nosso dia a dia. Por isso, decidimos escrever este artigo, trazendo aqui conceitos e até conselhos práticos sobre como ela interfere na impressão que temos de um ambiente.

Além de informações e dicas, também mostramos como esse campo de pesquisa tem sido voltado para tornar um ambiente mais ao gosto do cliente, gerando maior aceitação. Isso inclui explicar o significado das principais cores aplicadas hoje.

O mais bacana é que esse universo tem evoluído tanto, que hoje a psicologia das cores realmente pode ser aplicada de mil e uma maneiras diferentes, seja no quarto do bebê ou na pintura poliuretano que uma fábrica faz em sua área externa.

Então, se você quer entender de uma vez por todas como esses fatores podem impactar na percepção que o ser humano faz de um ambiente, basta seguir adiante na leitura.

Qual o significado das cores?

A psicologia das cores nada mais é do que o modo como a coloração e suas tonalidades impactam nossa percepção racional e emocional de determinado elemento físico.

Ou seja, o fato de que os objetos e elementos do mundo físico tenham determinada cor é algo que não passa despercebido pelo nosso cérebro, mas muda nossa percepção do todo.

Assim, nem é preciso dizer a importância que esse assunto ganha quando falamos em um projeto de pintura de fachadas, ou para controlar a impressão que teremos sobre um ambiente em nossa casa ou escritório.

Basicamente, as cores podem ser quentes, frias ou neutras. Hoje em dia, as mais aplicadas são as seguintes, segundo seus significados:

  • Vermelho: cor quente, representa o princípio da vida;
  • Laranja: cor quente, representa a energia;
  • Amarelo: cor quente, pode elevar os ânimos;
  • Azul: cor fria, sugere repouso e dá profundidade;
  • Marrom: cor fria, comum em residência, evoca a natureza;
  • Verde: cor fria, símbolo de juventude e saúde;
  • Violeta: cor fria, sugere espiritualidade e calmaria;
  • Branco: cor neutra, representa paz e limpeza;
  • Preto: cor neutra, representa seriedade ao ambiente;
  • Cinza: cor neutra, serve mais para ressaltar outras cores.

Também é importante salientar que as cores nunca estão sozinhas, já que elas não existem como um fenômeno destacado do mundo real.

Portanto, outros fatores arquitetônicos podem influenciar no impacto geral. Contudo, isso não muda o fato de que o efeito predominante das cores listadas acima é descrito, segundo a psicologia das cores, no seu sentido mais universal.

Domine a lógica das cores

Quando o assunto é aplicação e boas práticas de uso da psicologia das cores em ambientes, antes de tudo é preciso entender a fundo a lógica por trás desse recurso.

Como vimos, nosso cérebro não ignora o fato de que as coisas do mundo físico têm cores, tons, matizes e daí em diante. Para isso é que existe uma lista como a que colocamos acima, do impacto que cada cor pode causar.

Outro dado bacana a se levar em conta é que, embora seja um fenômeno psicológico, cerebral e portanto anterior à racionalidade, nem por isso ele deixa de ter elementos culturais.

Isso não quer dizer que as cores sejam 100% subjetivas. Afinal, há uma margem de objetividade em tudo, por exemplo, uma porta de correr de alumínio tem a mesma função em qualquer lugar do mundo onde for instalada.

Contudo, quando falamos em cores, há fatores culturais que passam por cima disso, tanto que indígenas tendem a ter uma percepção maior de tons verdes, assim como esquimós, que vivem no gelo, são mais sensíveis ao azul e ao branco.

Por isso, se a sua escolha estiver voltada para o universo dos artistas gráficos, considere que seu público vai ter uma sensibilidade maior de tons e matizes. Já se esse não for o caso, prefira uma cor mais universal e de paleta menos exigente.

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O que é a regra 60-30-10?

Essa regra ou estratégia é famosa no setor de arquitetura e design de interiores, e tem tudo a ver com a questão da psicologia das cores.

Afinal, para que uma cor possa exercer sua predominância e realmente imprimir seu significado sobre um ambiente, é preciso que ela seja devidamente aplicada.

Por exemplo, um vidro insulado é um modo de uma pessoa garantir que um ambiente traga maior conforto térmico e isolamento acústico. Além disso, as cores têm uma funcionalidade, o que demanda saber aplicar.

No caso, um modo de fazer isso é saber lidar com a paleta de cores, o que pede o uso de uma cor primária ocupando pelo menos 60% do ambiente.

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Isso vai garantir a predominância primária. Depois, você pode pegar uma variação próxima na paleta, e não superar a cobertura de 30% dela no mesmo ambiente.

Por fim, para os 10% de superfície que sobram, é possível escolher uma cor de contraste, que esteja mais longe na paleta, como em almofadas, suportes, metais ou outros elementos, dependendo do ambiente em questão.

Relação de proporcionalidade

Um ponto que alguns deixam passar batido, por pensar apenas na questão da harmonização das cores e das relações que a paleta pode criar, é o da proporção espacial do ambiente.

É preciso pensar muito na dimensão do espaço, levando isso em conta como fator determinante para definir a cor primária do local.

Alguns pensam em questões estruturais, como se o cômodo foi feito com concreto projetado ou não, sem falar no tipo de superfície e acabamento.

Contudo, se o ambiente é pequeno, aplicar uma cor quente é algo que pode tornar nossa percepção dele ainda menor, imprimindo uma sensação de sufocamento.

Por outro lado, cores neutras como branco e cinza podem dar um efeito incrível de amplitude. Já se o espaço é maior, não pense que isso abre a possibilidade de usar qualquer cor.

Se você quiser pensar em termos de psicologia das cores, um lugar amplo demais pode dar sensação de vazio e de falta de personalidade. Então, uma cor quente traz maior conforto e aconchego, mas também a cor fria pode dar sobriedade.

Outros elementos a considerar?

Como bônus, podemos lembrar que há outros elementos arquitetônicos para levar em conta, os quais não estão totalmente desconectados da psicologia da cores, embora não sejam necessariamente feitos de tinta.

Hoje em dia se fala muito em projeto as built, que é a projeção técnica do projeto arquitetônico que inclui desde a planta até os detalhes de acabamento.

Em termos de pintura e design isso remete ao fenômeno da psicologia das cores de modo muito mais abrangente. Os maiores exemplos são o da iluminação e do uso de vidros.

Por exemplo, não é possível falar sobre uma parede usada como base de contraste sem um espelho que fica diametralmente oposto, já que ele vai refletir e multiplicar aquele efeito.

Também assim, a iluminação sobre uma tinta preta pode causar o efeito de dar um destaque para ela, ou ser direcionada para algo mais colorido e diminuir a força do preto.

Considerações finais

A psicologia das cores é um fenômeno universalmente conhecido, como algo que pode afetar diretamente na impressão ou percepção que temos de um ambiente.

Para fazer bom uso disso, as dicas vão desde a regra 60-30-10, passando pela escolha dos locais onde utilizar cores quentes ou frias (e pela aplicação feita com parcimônia), até saber usar contraste e elementos como vidros, espelhos e iluminação.

Com as dicas que demos acima, vai ficar muito mais fácil você assimilar melhor esses conceitos e os melhores conselhos práticos da área.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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