Renascimento por Rosângela Vig

Anúncio

Você também pode ouvir esse artigo na voz da própria Artista Plástica Rosângela Vig:

Rosangela_Vig_Perfil_2
Rosângela Vig é Artista Plástica e Professora de História da Arte.

As armas e os barões assinalados
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Trapobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram.
(CAMÕES, 1980, p.76)

Considerado uma verdadeira obra de Arte, pela regularidade da forma, o poema épico Os Lusíadas, de Luís de Camões (1524-1580), de 1572, expressa os atos de heroísmo e de bravura do povo português, em busca de expansão do império, na época das grandes navegações. Esse período em que a curiosidade promoveu grandes mudanças, deixou evidente que é da alma humana o descontentamento, a insatisfação e a eterna busca por aprimoramento. A Cultura acompanhou esse evoluir que nunca termina e com ela, o aperfeiçoamento do caráter, a partir de um refinamento, pelo gosto. E a Arte está inserida na Cultura, pois “nenhuma forma cognitiva é mais apta em mapear as complexidades do coração do que a cultura artística” (EAGLETON, 2005, p.76). Embora haja ainda o que se mudar, para que a humanidade alcance a perfeição, foi na Renascença que o ser humano, movido por esse ímpeto, empreendeu grandes transformações, principalmente na área da Cultura, talvez até mesmo como uma reação às dificuldades que acompanharam a Idade Média.

Compreende-se o Renascimento, o período entre o século XIV e a primeira metade do século XVII, embora não haja um consenso, pois alguns traços de mudanças já despontavam no final da Idade Média. Para a História, esse período ficou marcado como o final da Era Medieval e o início da Idade Moderna. Alguns estudiosos ainda o subdividem em Trecento (século XIV), fase de transição; Quatrocento (século XV), o apogeu do Renascimento; e Cinquecento (século XVI), quando o Maneirismo e o Barroco já começavam a despontar. A cidade de Florença, na Itália, foi o berço desse movimento que depois se dissipou por Gênova, Veneza, Milão, Roma e por outros países da Europa.

Anúncio
Fig. 1 – Igreja de Santa Maria del Fiori, Florença, Itália. Imagem ao anoitecer. Foto de StevanZZ.

A História

As mazelas que deixaram marcas no homem da Idade Média acabaram por moldar o homem da Renascença com um sentido inovador. O pensamento humanista aflorava, como uma forma de oposição ao teocentrismo 1 da Idade Média. A religião passou a ceder lugar para a razão e para o pensamento científico. A cultura clássica e os ideais greco-romanos que nunca haviam sido abandonados por completo, foram retomados agora, com grande força. Filósofos gregos e autores latinos passaram a ser traduzidos e estudados. O Renascimento ainda foi o período das grandes navegações e dos descobrimentos, o que modificou o conhecimento do homem sobre o próprio planeta. E não há dúvida de que a invenção da imprensa, em 1455, pelo inventor alemão Johannes Gutemberg (1398-1468), foi de fundamental importância para a difusão do conhecimento, embora o índice de analfabetismo ainda era alto, no período.

As cidades da Europa, que já no século XII, despontavam como grandes centros, tiveram um desenvolvimento ainda maior, uma vez que as dívidas dos senhores feudais levaram muitos trabalhadores rurais, do campo para as regiões urbanas. O crescimento desses centros estimulou até mesmo a vinda de camponeses mais ricos. Com isso, a estrutura social se alterava para as novas classes que surgiam, como os comerciantes, os artesãos e os proprietários de estabelecimentos. Em essência, havia na Europa, as cidades comerciais, como Gênova e Veneza, que abrigavam portos e eram responsáveis pelo comércio; as cidades de artesãos e de indústrias de tecidos, como Milão e Florença; e as cidades como Roma e Nápoles, centralizadas no poder judiciário, nos serviços bancários e na cobrança de impostos. A Itália prosperava como um dos maiores centros urbanos. O crescimento das cidades e da população fomentou a produção de bens em larga escala, a necessidade de mão de obra e as novas formas de moradia. O panorama cultural se modificava e surgia a figura dos mecenas, ou seja, os ricos senhores, os comerciantes, os nobres e os burgueses que, em busca de prestígio, interessavam-se pelo investimento na Arte, na Cultura e na Ciência, o que antes era feito pela Igreja. Os artistas, poetas e filósofos eram abrigados nas residências desses mecenas, que os protegiam, dando-lhes alimento e vestimentas. Como vantagem, recebiam o pagamento correto do trabalho e não tinham a necessidade de um ateliê; por outro lado, como desvantagem, perdiam a liberdade e só podiam aceitar encomendas de fora, sob autorização de seu protetor.

Fig. 2 – Igreja de Santa Maria del Fiori, Florença, Itália. Foto de Ivantagan.

A Arquitetura

O pensamento científico e racional que acompanhou o homem renascentista ficou nítido em sua Arte. A Arquitetura, ligada ainda ao Cristianismo, buscou elementos Clássicos da Grécia e de Roma antigas, superando a verticalidade gótica. O domínio da Matemática e da Geometria favoreceu ao artista se embrenhar pela proporcionalidade, como pode ser visto na igreja Santa Maria Del Fiori (Figuras 1 à 5), em Florença, na Itália. A Basílica, construída entre 1296 e 1369, teve o projeto inicial do escultor e arquiteto Arnolfo di Cambio (possivelmente 1232-1310). Em 1420, o arquiteto Filippo Brunelleschi (1377-1446), com base na estrutura do Panteão e das abóbadas romanas, projetou seu domo 2, considerado o maior do mundo e um desafio arquitetônico, para a época. Entre suas duas cúpulas interna e externa, há uma escadaria curva, usada para inspeção e reparos que atualmente é aberta para visitação. Os arcos tem 23 metros de altura e a estrutura, sem suporte de madeira ou de ferro, foi feita por um sistema de anéis concêntricos assentados na base octogonal. Sua fachada, finalizada somente no século XIX, foi harmoniosamente decorada com mármores coloridos e esculturas, em estilo neogótico.

Fig. 3 – Interior da Igreja de Santa Maria del Fiori, Florença, Itália. Foto de Ivantagan.

A Escultura

A Escultura teve como seus maiores representantes Donatello (1386-1466), Andrea Del Verrocchio (1435-1488) e Michelangelo 3 (1475-1564). Davi, o personagem bíblico que derrotou Golias, foi retratado pelos três escultores, mas o de Michelangelo (Fig. 6), pela riqueza de detalhes, foi considerado o mais perfeito. Sua estrutura de mais de quatro metros, representa um jovem adulto e robusto, com olhar confiante e determinado. A obra Pietá (Fig. 7), também de Michelangelo foi esculpida quando o artista ainda tinha 23 anos e representa a mãe de Jesus ainda jovem, segurando o filho morto, nos braços. Além da riqueza de detalhes, nas dobras e no caimento dos tecidos, chama a atenção, a expressão serena do semblante de Maria, a despeito de tamanha dor. A aproximação com a realidade desafia o olhar para a sensação de movimento, uma vez que a Virgem está levemente arqueada, como se não suportasse o peso em seus braços, e o corpo ameaçasse despencar de seu colo.

Fig. 4 – Vista interna do domo da igreja de Santa Maria del Fiori, Florença, Itália. Foto de Kirilart.

A Pintura

A pintura, à semelhança da escultura, apresentou interpretação científica do mundo, senso de geometria, de perspectiva e de matemática. Uma importante característica do Renascimento foi o uso de claro e de escuro, contraste que trouxe às obras a sensação de volume e a aproximação com a realidade. Como os artistas passaram a trabalhar mais livres do rigor da forma e de maneira independente, sua habilidade criativa aflorava, permitindo que cada um desenvolvesse um estilo pessoal. Ainda no Trecento, Giotto di Bondone (1266-1337) ousou e criou um elo entre o estilo Gótico e o Renascimento. Em seus afrescos, a figura humana recebia destaque e, aos santos, era atribuída a aparência de pessoas comuns. Mas foi no florescer da Renascença, no Quatrocento, que os artistas romperam com os padrões da Idade Média e que retomaram elementos da Cultura clássica Greco-Romana, da Mitologia e passaram a buscar a perfeição estética, por meio da perspectiva e da anatomia. O Moderno se associou ao Clássico. Essa fase trouxe para a História da Arte indiscutíveis e eternos talentos, entre os quais, Sandro Botticelli 4 (1445-1510), Leonardo da Vinci 5 (1452-1519) e Piero della Francesca (1415-1492). E entre as pinturas mais representativas da Renascença, estão a Gioconda de Leonardo da Vinci (1503-1506); e as obras O Nascimento de Vênus 6 (1485), A Primavera (1473) de Botticelli, encomendadas pela influente família Médici, de Florença (QUEIROZ, 1995, p. 95).

Repleta de elementos mitológicos, a cena da figura 8, obra de Ticiano, exibe a Deusa da beleza, Vênus, em seu banho, com Cupido. Aos moldes renascentistas, a imagem revive o modelo clássico, tomando como exemplo a estátua romana da Deusa, que pertenceu à família Médici. Graciosamente, Vênus parece permitir que seu corpo seja revelado e olha fixamente para o espelho, contemplando-se. Quanto aos traços renascentistas, estão presentes a riqueza de detalhes, a perspectiva, o jogo de luz e de sombra e a forma realista com que o artista retrata o corpo humano, revelando seu profundo conhecimento de Pintura.

Fig. 5 – Detalhe do domo da igreja de Santa Maria del Fiori, afrescos de Giorgio Vasari (1511-1574) e Frederico Zuccari (1542-1609). Florença, Itália. Foto de Nick_Nick.

A expansão do Renascimento para outros países da Europa, no Cinquecento, foi o apogeu do período, quando o espírito humanista na Arte se fortaleceu, deixando em evidência grandes artistas, como Michelangelo (1475-1564) e Rafael Sanzio 7 (1483-1520). Nesse período, os grandes Mestres da Pintura não eram mais protegidos por seus patronos, já haviam se tornado ricos senhores e suas obras tinham valor de mercado. O que tornava o pintor reconhecido era seu espírito criativo e sua destreza em aproximar as obras, da realidade. O belo passou a ser retratado com uma certa solenidade e as figuras humanas, pintadas em poses complexas, muitas vezes com o corpo torcido, lembravam as esculturas gregas. No final desse período, o Renascimento foi perdendo força na Itália, alguns artistas já começavam a demonstrar um afastamento da Antiguidade Clássica e despontava o Maneirismo. O exagero e o negativismo que se firmariam a seguir já eram tendências na obra de Federico Zuccari (1542-1609), Ticiano (1485-1576) e no Juízo Final (1537-1541), de Michelangelo.

O Renascimento Italiano ainda inspirou o Norte Europeu, de onde surgiu a bela Arte Flamenga. O estilo, que será estudado em outro texto, trouxe para a História da Arte, grandes nomes como Dürer, Holbein, Bruegel e Bosch. Em seus trabalhos se percebe uma forte tendência ao realismo, uma grande riqueza de detalhes e aspectos da vida cotidiana.

Uma importante característica do Renascimento foi a versatilidade dos artistas, que atuavam em diversas áreas, a exemplo de Bruneleschi, Michelangelo, Leon Battista Alberti (1404-1472) e Giorgio Vasari (1511-1574). E a genialidade humana ficou muito bem representada por Leonardo da Vinci que, além de inventor, passou pelos campos da Pintura, da Escultura, da Arquitetura, da Engenharia, da Matemática, da Anatomia, da Astronomia, da Botânica, da Música, da Poesia e da Ciência.

Fig. 6 – Davi de Michelangelo, construída entre 1501 e 1504, Academia de Belas Artes, Florença, Itália. Foto de Leon1234.

Considerações finais

A Renascença marcou o florescer do conhecimento, e trouxe nomes como Nicolau Copérnico (1473-1543), Kepler (1571-1630), Galileu Galilei (1564-1642), Isaac Newton (1643-1727) e René Descartes (1596-1650). O período coincidiu ainda com a Era Elizabetana, na Inglaterra; com Shakespeare (1564-1616) e suas tragédias, seus dramas e suas poesias. Também foi essa uma época de grandes representantes da Literatura Portuguesa, como Gil Vicente (1465-1537) (Auto da Barca do Inferno) e Luís de Camões, (Os Lusíadas). E alguns dos grandes exemplos do pensamento filosófico como Maquiavel (1469-1527), Francis Bacon (1561-1626) e Thomas More (1478-1535) enriqueceram o período com seu conhecimento.

Muitos dos valores e questionamentos levantados na Renascença, seguiram ao longo da História Ocidental e vigoraram em diversos campos como a Ciência, a Cultura e a Arte. Os valores clássicos foram aplicados à realidade renascentista e serviram de padrão para a Arte e para outras áreas. Mas talvez as maiores heranças do Renascimento, tenham sido a percepção racional e questionadora que o ser humano passou a ter sobre o mundo, o que o levou a observar e a investigar; e a visão humanista que a partir daí se desenvolveu, levando o homem a atuar de forma ativa sobre a vida, como um ser pensante. E é de Thomas More a frase que fecha esse texto:

Os prazeres da alma estão no desenvolvimento da inteligência e nas puras delícias que acompanham a contemplação da verdade. (MORE, 2010, p.69)

Fig. 7 – Pietá, Michelangelo, 1498-1499, Basílica São Pedro, Vaticano, Roma, Itália. Foto de Savcoco.

Galeria Degli Uffizi

A Galeria Degli Uffizi, em Florença, na Itália, é o berço de obras Renascentistas. Entre as mais importantes do período, estão o Nascimento de Vênus e a Primavera, de Sandro Botticelli. É um dos mais importantes museus do mundo e uma das maiores atrações turísticas de Florença. Distribuídas entre suas cinquenta salas, estão obras de grandes nomes como Giotto, Rafael Sanzio, Piero della Francesca, Ticiano, Caravaggio, Dürer e Goya. Embora o museu abrigue uma grande coleção do Renascimento, há obras de vários períodos, réplicas romanas de esculturas gregas clássicas e obras Modernas.

O edifício foi construído em 1560, por Giorgio Vasari, a pedido da família Médici, e seria um gabinete administrativo. Anos depois, foi acrescentado um corredor que o ligaria à residência da família. Em 1574 Francesco de Médici transformou o terraço em uma galeria pessoal, onde colocou sua coleção de raridades, objetos e obras de Arte. A partir de então, a galeria passou a ser ampliada e enriquecida. Vale a pena ainda entrar no site e fazer um passeio virtual pelas salas.

Link para a galeria Uffizi: www.uffizi.com

Fig. 8 – Vênus com um espelho, Ticiano, 1555, Óleo sobre tela, National Gallery of Art, Washington, EUA. Andrew W. Mellon Collection.

O Gosto promove não apenas nossa felicidade, como também nos civiliza e cultiva. O homem não pode fruir inteiramente sozinho, e sim tem também de estar deliberado a comunicar sua satisfação. (SCHILLER, 2004, p.34)

Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las …
Que tristes os caminhos se não fora
A presença distante das estrelas!
(QUINTANA,2004, p.36)

Receba Notícias de Exposições e Eventos em geral em nosso grupo no Whatsapp!
*Só nós postamos no grupo, então não há spam! Pode vir tranquilo.

1 Cabe aqui delinear de forma breve que o pensamento teocêntrico guiou o homem da Idade Média, como uma concepção de que o Deus é o centro de tudo. Opõe-se, pois ao antropocentrismo, quando houve uma valorização do ser humano. A visão antropocentrista não significa entretanto, o abandono da religiosidade, mas uma abertura para a valorização do pensamento e das emoções humanas.

2 Vídeo sobre a construção da cúpula da igreja de Santa Maria Del Fiore, do History Channel:

3 Michelangelo, vida e obras: www.michelangelo-gallery.org/biography.html

4 Sandro Botticelli, vida e obras: www.sandrobotticelli.net

Inscreva-se para receber as Novidades sobre Eventos
e o Universo das Artes primeiro!

5 Leonardo Da Vinci, vida e obras: www.biography.com/people/leonardo-da-vinci-40396

6 Link para a Galeria Uffizi, Itália, onde está a obra O Nascimento de Vênus de Sandro Botticelli: www.uffizi.com

7 Rafael Sanzio, vida e obras: www.raphaelsanzio.org

Gostou? [highlight]Deixa um comentário[/highlight]!

Referências:

  1. BAYER, Raymond. História da Estética. Lisboa: Editorial Estampa, 1993. Tradução de José Saramago.
  2. CAMÕES, Luís Vaz de. Lírica, Épica, Teatro, Cartas. São Paulo: Editora Moderna, 1980.
  3. EAGLETON, Terry. A Idéia de Cultura. São Paulo: Editora UNESP, 2005.
  4. FARTHING, Stephen. Tudo Sobre a Arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011.
  5. GOMBRICH, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.
  6. HAUSER, Arnold. História Social da Arte e da Literatura. Martins Fontes, São Paulo, 2003.
  7. MORE, Thomas. A Utopia. São Paulo: Folha de S.Paulo, 2010.
  8. QUEIROZ, Teresa Aline Pereira de. O Renascimento. São Paulo: Edusp, 1995.
  9. QUINTANA, Mário. Quintana de bolso. Porto Alegre: Ed.L & PM, 2004.
  10. SCHILLER, Friedrich Von. A Educação Estética do homem. 4a. edição. S.Paulo: Ed. Iluminuras, 2002.
  11. SCHILLER, Friedrich Von. Fragmentos das Preleções sobre Estética. Belo Horizonte: Ed. UFMG – Departamento de Filosofia, 2004.

As figuras:

Fig. 1 – Igreja de Santa Maria del Fiori, Florença, Itália. Imagem ao anoitecer. Foto de StevanZZ.

Fig. 2 – Igreja de Santa Maria del Fiori, Florença, Itália. Foto de Ivantagan.

Fig. 3 – Interior da Igreja de Santa Maria del Fiori, Florença, Itália. Foto de Ivantagan.

Fig. 4 – Vista interna do domo da igreja de Santa Maria del Fiori, Florença, Itália. Foto de Kirilart.

Fig. 5 – Detalhe do domo da igreja de Santa Maria del Fiori, afrescos de Giorgio Vasari (1511-1574) e Frederico Zuccari (1542-1609). Florença, Itália. Foto de Nick_Nick.

Fig. 6 – Davi de Michelangelo, construída entre 1501 e 1504, Academia de Belas Artes, Florença, Itália. Foto de Leon1234.

Fig. 7 – Pietá, Michelangelo, 1498-1499, Basílica São Pedro, Vaticano, Roma, Itália. Foto de Savcoco.

Fig. 8 – Vênus com um espelho, Ticiano, 1555, Óleo sobre tela, National Gallery of Art, Washington, EUA. Andrew W. Mellon Collection.

Você poderá gostar também:

14 comentários em “Renascimento por Rosângela Vig”

Deixe um comentário