‘Quanto tempo o tempo tem’ será exibido pela primeira vez no Brasil durante o Festival do Rio

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Diretora Adriana L. Dutra aborda o tempo – e a falta dele – em documentário com depoimentos de pensadores, cientistas e escritores como André Comte-Sponville, Domenico De Masi, Nélida Piñon e Marcelo Gleiser

“Um filme para quem tem tempo, não tem tempo ou não sabe o que fazer com o tempo”, diz Adriana L. Dutra sobre seu documentário Quanto tempo o tempo tem, que terá a sua primeira exibição no Brasil no Festival do Rio, no dia 4 de outubro, com sessão especial para convidados no Cinépolis Lagoon, às 19h15. A obra, que dá continuidade à trilogia de documentários de tons autorais iniciada com Fumando espero (2008), faz parte da tradicional mostra Expectativa – que reúne diretores revelações e novas apostas do cinema mundial –, com exibições para o público no Cine Joia (6/10), no Centro Cultural Justiça Federal (10/10) e no Ponto Cine (11/10).

No longa, Adriana investiga as principais linhas de nossa consciência sobre o tempo ouvindo filósofos, físicos, arquitetos, neurocientistas, transumanistas e até uma monja budista para realizar uma profunda reflexão sobre a civilização e o futuro do tempo da existência humana. A diretora já iniciou as pesquisas para a última produção da trilogia que abordará o medo.

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Quanto tempo o tempo tem parte de um conflito interno da diretora sobre o tema. “Todos vivem correndo contra o tempo, com uma rotina intensa de compromissos. Vivemos um tempo diferente. Corremos sempre, corremos sem motivo, corremos por nada. É como se o tempo tivesse ficado mais rápido. Tudo sugere velocidade, urgência, nossas vidas estão sempre atadas ao dever de alguma tarefa. Mas, afinal de contas, por que o tempo parece tão curto?”, questiona Adriana. Assim, por meio de personagens riquíssimos – entre os entrevistados estão André Comte-Sponville, Domenico De Masi, Nélida Piñon e Marcelo Gleiser, entre muitos outros –, Adriana encontra uma forma de tentar explicar as diversas relações do ser humano com o tempo.

O documentário aborda ainda as relações com as novas tecnologias e a globalização – que acontecem com um aumento da produção constante, crescente e simultânea de conteúdo e de informação. O compartilhamento da privacidade por meio de redes sociais também é analisado: atualmente, via celulares, computadores, facebook, twitter e conference calls, a identidade se multiplica e se faz presente em todos os lugares ao mesmo tempo. O simples ato de contemplar perdeu-se diante da imensa quantidade de estímulos oferecidos.

Quanto tempo o tempo tem conta com a codireção e direção de fotografia de Walter Carvalho e a distribuição para cinema pela EH Filmes. O documentário está licenciado para exibição em TV pelo Canal Curta! e conta com a distribuição internacional pela Synapse. Recentemente foi convidado para apreciação da seleção oficial do Festival de Berlim, além de ter sido selecionado para o 17ème Festival du Cinéma Brésilien de Paris.

SOBRE ADRIANA L. DUTRA

É diretora executiva e fundadora da Inffinito, responsável pela idealização e produção do Circuito Inffinito de Festivais, composto por festivais de cinema brasileiro em diversas cidades do mundo: Miami, Nova Iorque, Londres, Barcelona, Madri, Roma, Buenos Aires, Vancouver, Montevidéu e Canudos. Idealizou a plataforma online de relacionamento e captação de recursos para o audiovisual, o MediaFundMarket.com. Idealiza e produz eventos culturais, como o Verão do Rio, e socioculturais, como o Cinema da Gente e o B-A-Bá do Cinema Nacional.

Adriana escreveu, dirigiu e produziu o longa-metragem Fumando Espero, documentário de linguagem autoral, que participou de diversos festivais nacionais e internacionais e conquistou grande êxito, permanecendo sete semanas em circuito comercial brasileiro, além de ter sido transformado em minissérie exibida em TV no Brasil.

Seu mais recente documentário, também foi selecionado em três editais, sendo eles: RioFilme/SEC 2011 de desenvolvimento de projeto; SAV/MINC de produção de longa-metragem (B.O) e RioFilme 2013 de produção de longa-metragem. Antes da seleção pelos editais citados, o projeto foi selecionado pelo LabTransmídia do RioContentMarket (2011), onde foi aprimorado seu caráter transmídia.

FESTIVAL DO RIO

Quanto tempo o tempo tem – Mostra Expectativa 2015

04/10: Cinépolis Lagoon, 19h15 (somente convidados)

End.: Av. Borges de Medeiros, 1424 – Leblon

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06/10: Cine Joia, 16h

End.: Av. Nossa Sra. de Copacabana, 680 – Copacabana

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10/10: Centro Cultural Justiça Federal 2, 17h

End.: Av. Rio Branco, 241 – Centro

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11/10: Ponto Cine, 16h

End.: Estrada de Camboatá 2300 – Guadalupe Shopping – Guadalupe

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FICHA TÉCNICA

Direção: Adriana L. Dutra

Roteiro: Adriana L. Dutra e Flávia Guimarães

Codireção: Walter Carvalho

Direção de Fotografia: Walter Carvalho e Bacco Andrade

Produção Executiva: Cláudia Dutra e Viviane Spinelli

Direção de Produção: Flávia Guimarães

Produção Geral: Alessandra Alli

Produção Brasil: Thiago Guimarães

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Produção EUA: Eloisa Lopez

Produção França: Paula Junqueira

Produção Reino Unido: Fernanda Franco

Edição de Som: Lulu Farah

Som direto: Marcel Costa

Animação: Marcello Rosauro

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Trilha Sonora: Luca Ariel e Pedro Silveira

Edição: Renato Martins

Fibnalização: Juca Diaz

Produção: Inffinito

Distribuição: EH Filmes e Synapse

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Entrevistados em ordem de aparição no filme:

André Comte-Sponville – filósofo e escritor

Marcelo Gleiser – físico, escritor e professor

Thierry Paquot – arquiteto e urbanista

Arnaldo Jabor – jornalista e cineasta

Francis Wolff – filósofo

Luiz Alberto Oliveira – físico e PhD em cosmologia

Raymond Kurzweil – cientista futurista

Erick Felinto – professor, especialista em CiberCultura

Stevens Rehen – neurocientista

Domenico De Masi – sociólogo

Arthur Dapieve – jornalista

Alexandre Kalache – geriatra

Monja Coen Sensei – monja budista

Tom Chatfield – escritor e teorista da tecnologia

Analice Gigliotti – psiquiatra

Nélida Piñon – escritora e poeta

Max More – Fundador do Transumanismo

Natasha Vita-More – transumanismo

Nilton Bonder – rabino e escritor

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