Pinceladas do dia-a-dia por Miriam Rylands
.
“A Bienal de 1966 fez parte da minha história”, diz artista Miriam Rylands.
Ela pinta, borda e esculpe. Faz monotipia, xilogravura e cerâmica. Já expôs nos EUA, morou na Inglaterra e participou de um curso de costura cênica na Bahia. Somente esta minibiografia já bastava para a artista Miriam Rylands ser mencionada pela Bienal da Bahia. Mas o principal motivo são as suas lembranças de infância.
Em 1966, Miriam tinha pouca idade para entender de arte, mas sensibilidade suficiente para se apaixonar pela arte. Com 10 anos, morando no Santo Antonio Além do Carmo, no Centro Histórico de Salvador, ela viu de perto todo o ‘burburinho’ da 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, que ganhou o salão principal do Convento do Carmo, vizinho da sua casa.
A chegada até às exposições foi por acaso. Um ano antes da abertura do evento de arte, ela iniciou um curso de corte e costura nas dependências do Convento. A curiosidade sobre aquele novo mundo que se abria diante de seus olhos fez com que Miriam saísse às escondidas da mãe e vasculhasse todas as entradas e saídas do local.
“Uma vez a porta do salão estava fechada e sem acesso. Como eu já conhecia o lugar, consegui entrar e vi muita coisa: aquelas peças grandes, de metal e ferro, onde eu me escondia quando chegava alguém. Foi marcante para mim porque depois, quando eu fui para outras bienais, essa lembrança veio na memória”, relembra ela, que já visitou os eventos de São Paulo, EUA e Inglaterra, entre outros.
Possivelmente, uma das obras que serviram de esconderijo para Miriam era a do artista Hélio Oiticica, denominada “Manifestação Ambiental n. 1”. Composta por tecidos, a obra atraía a curiosidade dos visitantes, que podiam interagir com ela.
Com o passar dos anos, Miriam se tornou pintora, escultora e designer de jóias. E, conforme ela mesma revela, muito das suas escolhas artísticas foi influenciada pelas experiências do passado.
Inscreva-se para receber as Novidades sobre Eventos
e o Universo das Artes primeiro!
.
“Eu não sei se foi meio inconsciente, mas com certeza fez parte da minha história até hoje. Eu sou expressionista, então tudo o que faço é muito livre, e as imagens daquelas obras estão na minha cabeça. Não consigo identificar as peças, mas sinto a presença das imagens, que eram muito fortes”, enfatiza a artista.
.
.
Essa Pincelada foi uma reprodução da matéria – “A Bienal de 1966 fez parte da minha história”, diz artista Miriam Rylands – publicada no Site da Bienal da Bahia em 07/03/2014. Nossos agradecimentos à Diretoria de Comunicação do site.
Miriam Rylands é Artista Plástica.
Facebook Perfil
E-mail: miriaminart@gmail.com
1 comentário em “Pinceladas do Dia-a-Dia por Miriam Rylands”