Pinceladas do Dia-a-Dia por Corina Cristina Carneiro Mendes
Escola de Belas Artes – UFRJ – Aula de Gravura – 2º sem/1974 – Prof.Adir Botelho
Aconteceu comigo, no último período de Artes, na aula de Gravura, estávamos todos desenhando nossos trabalhos e prestando atenção à técnica de Xilogravura, quando chegou uma colega e achou, com todas as letras que eu estava com o canudo dela, e demais trabalhos.
Então, todos da sala, começamos a procurá-los, mas nada, A garota chorava, a cântaros, pois, agora não me vem à lembrança, parece que eram trabalhos para nota.
Mas, o pior era a forma dela se dirigir a mim. Só faltava dizer que peguei os trabalhos dela.
Então, houve um momento de reflexão, o professor Adir, tomou a frente do problema, e falou assim mesmo: – Calma gente, muita calma!
Antes de julgarmos certas situações, vamos procurar os trabalhos. Têm que estar nesta sala. Então, ele começou do quadro, quando o balançou, veio um barulho de canudo, e caiu sobre o chão.
Gente, foi um silêncio GERAL! Ninguém acreditou que os trabalhos apareceram. Enfim, fiquei feliz, pois, para mim, foi uma lição, ninguém pode julgar ninguém.
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E, para a turma, o professor foi um MESTRE! Com a maior calma, tudo foi resolvido. E, a menina, não tinha CARA! Apenas parou de chorar, pelo menos.
Nunca esqueci esta história, pois, foi um barulho…
E, finalizando, eram as gravuras dela, também… e nossos trabalhos, a gente os valoriza!
Rio de Janeiro(RJ), 27 de agosto de 2012.
Corina Cristina Carneiro Mendes
Profª de Desenho e Artes Plásticas – EBA – UFRJ 1975.
Corina Carneiro, Isabel Furini, Edmundo Rafael De Araujo Cavalcanti
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