Paulo Vitor Carneiro – “Arte, a união do concreto ao abstrato”, por Edmundo Cavalcanti

Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
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1- Onde você nasceu? E qual sua formação acadêmica?

Nasci no Rio de Janeiro/RJ. Sou Engenheiro Civil formado pela Pontifícia Universidade Católica/RJ.

2- Como e quando se dá o seu primeiro contato com as Artes?

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Sempre gostei de desenhar e eventualmente, dava umas “espatuladas”… Em 2014, uma arritmia cardíaca me obrigou a reduzir minhas atividades técnicas. Busquei então ajuda com um professor de pintura, mas, logo conclui que pincéis, paisagens, casarios etc., não me preenchiam. Sem a menor dúvida o abstracionismo era o caminho.

Paulo Vitor Carneiro é Artista Plástico.
Paulo Vitor Carneiro é Artista Plástico.

3- Como surgiu ou você descobriu este dom?

Foi quando resolvi ser autodidata e buscar por insistência e experimento me dedicar à arte abstrata. Através da internet tomei contato com inúmeros trabalhos e técnicas que me despertaram.

4- Quais são suas principais influências?

Não recebo influências significativas no meu trabalho visto que busco a liberdade e o descompromisso que a arte abstrata me proporciona. Obras de não famosos, por vezes passam as ideias que encacham.

5- Quais os materiais que você utiliza em suas obras?

Trabalho com acrílico em gel, tintas, betume, pastas e massas sobre painéis e telas. Minhas obras são comercializadas, já emolduradas.

6- Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?

Da intuição nasce a vontade de criar e viver a arte, sendo a versatilidade uma de minhas características. Tenho foco predominante em texturas e relevos e é como inicio minhas obras. Só a partir destes, vou pensar na paleta de cores. O processo avança, algumas vezes recua e volta a avançar em sintonia com a liberdade inerente. Algumas vezes o que hoje é verde, pode amanhã se tornar azul… É a tal liberdade… Meus quadros vivem no “gerúndio”, até o momento da venda.

7- Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?

Posso considerar 2015. Nesta época usei minha casa de veraneio como cobaia. Fiz pequenos e médios formatos adaptados aos espaços disponíveis a ponto de conter em torno de 60 quadros. Acredito que não faça vergonha, pois a família toda aprova…

No início de 2019 surgiram os primeiros clientes, quando passei aos formatos maiores, que me dão muito mais prazer.

8- A arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na historia da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?

Na realidade há 50 anos continuo trabalhando em engenharia. Ainda hoje trabalho na construção civil. Tenho uma postura eminentemente técnica matemática, longe de “histórias”, sejam ou não da arte. Também por buscar liberdade, não me prendo a influências. Gosto mais de apreciar obras de artistas muitas vezes iniciantes e desconhecidos que, mesmo sem explicação realmente me façam a cabeça.

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9- O que a arte representa para você?

Aos 73, um belo complemento. Enquanto conseguir, vou unir o “concreto” ao “abstrato”.

10- Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte).

Tenho na pintura abstrata, a expressão das minhas verdades neste mundo, cada vez mais abstrato.

11- Todo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?

Tenho algumas pessoas, muito queridas que sempre me incentivaram. A família reina sob todos os aspectos; tem ainda minha irmã e uma grande amiga. Meus filhos têm, acredito entre 15 e 20 quadros meus em suas casas;

12- Você tem outra atividade além da arte? Você ministra aulas, palestras etc.?

Sim, temos uma pequena empresa familiar dos ramos de engenharia e administração patrimonial.

13- Suas principais exposições nacionais e internacionais e suas premiações?

Como disse, há poucos anos transito pela atividade artística. A mais importante exposição que participei foi a “Catavento” do grupo Artrilha. Venho participando de diversas exposições virtuais da Raphael Art Gallery direção de Edmundo Cavalcanti e da Binária Arte Contemporânea.

Participo de exposições regionais, notadamente em Campos dos Goytacazes/RJ, onde moro. Há já algum tempo tenho sempre um conjunto obras expostas à venda na Galeria 27 de Búzios/RJ, além de participar de todos os eventos culturais da cidade. A galeria 27 é muito dinâmica, sendo uma das promotoras, a partir de 5 de novembro do 20º Festival Gastronômico de Búzios, no Porto da Barra, com a exposição simultânea de esculturas, fotografias, pinturas e artesanatos; nos diversos restaurantes do Polo;

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14- Seus planos para o futuro?

Muito importante é a real consciência da minha condição artística. Penso continuar me aprimorando, buscando materialidade e maturidade nos meus trabalhos, focado na minha identidade.

15- Em sua opinião qual é o futuro da arte brasileira e dos seus artistas? (no contexto geral) e porque tantos artistas estão dando preferência em mostrar seus trabalhos em exposições internacionais apesar dos altos custos?

O brasileiro é extremamente criativo e capaz de se reinventar sempre. A evolução da arte é, portanto tácita, principalmente com a conectividade ao mundo cada vez mais presente nos nossos passos. Não há limites. Acredito que a participação internacional agregue valor às carreiras, justificando o investimento.

Redes Sociais:

Site: www.paulovitorcarneiro.com.br

Facebook: facebook.com/pvcarneiro

Instagram: paulovitor.arte

A apreensão da fluidez nas pinturas de Paulo Vitor por Ana Mondini

Ana Mondini é Crítica de Arte, Doutora em Filosofia, Artista Plástica, formada pela Escola de música e artes do Paraná e Idealizadora da “Galeria Virtual – Filosofia & Arte” e do canal no YouTube “Entrevista com Artistas & Afins”.
Ana Mondini é Crítica de Arte, Doutora em Filosofia, Artista Plástica, formada pela Escola de música e artes do Paraná e Idealizadora da “Galeria Virtual – Filosofia & Arte” e do canal no YouTube “Entrevista com Artistas & Afins”.

Elegância e serenidade pairam nas pinturas do artista Paulo Vitor. Paletas cromáticas de bom-gosto trazem texturas ora concretas, ora esvoaçantes. Chama-nos a atenção a imensa vontade que as cores têm de manterem-se próximas à superfície. Mesmo quando elas se dispõem horizontalmente, não sugerem a ilusão de aprofundamento paisagístico, mas se equilibram gerando a percepção de pouca profundidade. E o uso de cores escuras, que poderiam adentrar na superfície, parece, antes, ser um motivo para evitar que a cor contrastante salte para fora do plano.

Interessante é observar que o pouco distanciamento entre as cores confere um movimento na própria delimitação da superfície do plano. E, em contraste com a sensação de materialidade, as cores, em alguns momentos, se manifestam com uma essência fluida, em movimento semelhante ao da própria nuvem ou fumaça. Ou melhor, ao abdicar-se da ilusão causada pela perspectiva geométrica ou cromática, por assim dizer, o artista realiza em suas pinturas um processo alquímico, que ocorre através da transmutação da materialidade do pigmento em matéria volátil. E, assim, ao capturar e eternizar o volúvel, Paulo Vitor sacia nossa percepção até então acostumada com a observação geralmente fugaz da consistência aeriforme.

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Instagram: @anamondinigaleriavirtual / Facebook: @anamondini.galeriavirtual

Instagram: @anamondiniart / Facebook: @anamondiniart

Youtube: @Ana Mondini – Entrevista com Artistas & Afins

E-mail: mondiniann@hotmail.com

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EDMUNDO CAVALCANTI
São Paulo – Brasil
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Colunista no Site Obras de Arte
E-mail: cavalcanti.edmundo@gmail.com

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