O poema infinito de Wlademir Dias-Pino

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De 1º de março a 5 de junho de 2016
2º andar do pavilhão de exposições
Conversa de galeria: 1º de março, às 16h

Wlademir Dias-Pino. A liberdade é sempre experimental, sd. impressão sobre papel. Foto: Divulgação.
Wlademir Dias-Pino. A liberdade é sempre experimental, sd. impressão sobre papel. Foto: Divulgação.

O Museu de Arte do Rio – MAR, sob a gestão do Instituto Odeon, apresenta O poema infinito de Wlademir Dias-Pino, que traz ao conhecimento do público a obra de um dos mais significantes artistas do Brasil. Com curadoria de Evandro Salles, a mostra reúne mais de 800 peças entre livros, cartazes, objetos, fotografias, desenhos, vídeos e instalações para contar a história de quase 90 anos de vida do artista – seus diversos focos de trabalho, a atuação política na fundação da Universidade da Selva (hoje Universidade Federal do Mato Grosso) e a intensa atividade como teórico do design e programador visual.

Nascido no Rio de Janeiro, Dias-Pino migra ainda criança para o Mato Grosso e retorna à capital fluminense para se tornar um dos precursores da poesia concreta e uma relevante referência para os preceitos neoconcretos. Nesse contexto, passa a compreender que seu interesse é menos pelo sentido ou pela forma final da poesia, mas sobretudo pelos modos de estruturar o poema – de sua materialidade ao caráter participativo do leitor –, o que o estimula a criar o poema/processo (1967-1972). Paralelamente aos dois movimentos que dominavam o eixo Rio-São Paulo nas décadas de 50 e 60, Dias-Pino, junto a Álvaro de Sá e outros artistas do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Mato Grosso, desenvolve esse método de vanguarda que repensa o poema para além de sua dimensão de signo linguístico, transformando o livro ou qualquer outro suporte em poemas, manipuláveis simbólica, estrutural e fisicamente pelo leitor.

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A exposição toma como eixo central quatro obras: O dia da cidade, Ave, Solida e Numéricos. No primeiro, o artista conecta os versos a linhas, descreve pontos de Cuiabá – centro geodésico da América do Sul – e forma um grande mapa, já trazendo para a arte questões relacionadas à cartografia. No segundo, páginas transparentes e palavras soltas apresentam diversas possibilidades de leituras, enquanto o terceiro, Solida, se apropria da ambiguidade entre as palavras solidão e sólida para convidar o leitor a dar corpo ao poema através da manipulação das páginas do livro. Já o último é uma brincadeira que associa palavras a números, gerando poesia a partir de formulações aritméticas, numa crítica à toda ideia de inspiração do artista.

Na exposição, para ampliar a experiência sensorial dos trabalhos, tais livros-poemas foram transformados em grandes instalações magnéticas, nas quais os elementos serão construídos e rearranjados pelo visitante. Outro destaque é a Enciclopédia Visual Brasileira, na qual o artista vem trabalhando nos últimos 20 anos. Composto por 1001 volumes, o trabalho pretende apresentar, por meio de pranchas resultantes da montagem alegórica de referências culturais diversas, a história da construção da imagem no mundo.

A obra de Wlademir Dias-Pino, sua biografia, suas principais interlocuções, os marcos históricos de sua trajetória, suas referências e suas principais propostas estarão reunidas e articuladas, na exposição, na mais completa cronologia já elaborada sobre o artista. Fartamente ilustrada, e apresentando também os documentos relativos a cada ponto dessa linha do tempo, a mostra oferece uma oportunidade ímpar de contextualizar a obra de Dias-Pino e perceber, em perspectiva, sua crucial relevância para o panorama nacional e internacional da arte, da poesia e da programação visual.

O Museu de Arte do Rio

O MAR é um espaço dedicado à arte e à cultura visual. Instalado na Praça Mauá, ocupa dois prédios vizinhos: um mais antigo, tombado e de estilo eclético, que abriga o Pavilhão de Exposições; outro mais novo, de estilo modernista, onde funciona a Escola do Olhar. O projeto arquitetônico une as duas construções com uma cobertura fluida de concreto, que remete a uma onda – marca registrada do museu –, e uma rampa, por onde os visitantes chegam aos espaços expositivos.

O MAR, uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição.

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O museu tem o Grupo Globo como mantenedor, o BNDES como apoiador de exposições, a Dow e o Banco Votorantim como apoiadores da Escola do Olhar e o Grupo Libra como apoiador das visitas educativas. Conta ainda com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, e realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A gestão fica a cargo do Instituto Odeon.

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Serviço MAR – Museu de Arte do Rio

Ingresso: R$ 10 I R$ 5 (meia-entrada) – pessoas com até 21 anos, estudantes de escolas particulares, universitários, pessoas com deficiência e servidores públicos da cidade do Rio de Janeiro. O MAR faz parte do Programa Carioca Paga Meia, que oferece meia-entrada aos cariocas e aos moradores da cidade do Rio de Janeiro em todas as instituições culturais vinculadas à Prefeitura. Apresente um documento comprobatório (identidade, comprovante de residência, contas de água, luz, telefone pagas com, no máximo, três meses de emissão) e retire o seu ingresso na bilheteria. Pagamento em dinheiro ou cartão (Visa ou Mastercard).

Bilhete Único: R$ 16 – R$ 8 (meia-entrada) cariocas e residentes no Rio de Janeiro, mediante apresentação de documentação ou comprovante de residência comprobatórios. Serão considerados documentos comprobatórios aqueles que contenham o local de nascimento, tais como RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, passaporte etc. Serão considerados comprovantes de residência os títulos de cobrança com no máximo 3 (três) meses de emissão, como serviços de água, luz, telefone fixo ou gás natural, devidamente acompanhado de documento oficial de identificação com foto (RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, passaporte etc.) do usuário.

Política de gratuidade: Não pagam entrada – mediante a apresentação de documentação comprobatória – alunos da rede pública (ensinos fundamental e médio), crianças com até cinco anos ou pessoas a partir de 60, professores da rede pública, funcionários de museus, grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa, Vizinhos do MAR e guias de turismo. Às terças-feiras a entrada é gratuita para o público geral. Aos domingos a entrada é gratuita para portadores do Passaporte de Museus Cariocas que ainda não tiverem o carimbo do MAR. No último domingo do mês o museu tem entrada grátis para todos por meio do projeto Domingo no MAR.

Horário especial de verão: Terça a domingo, das 10h às 17h. Às segundas o museu fecha ao público. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (55 21) 3031-2741 ou acesse o site www.museudeartedorio.org.br.

Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro.

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