O universo artesanal sob o olhar e a produção de artistas papeleiros do Brasil e do exterior
Evento virtual promove, de 20 a 30 de setembro, encontros com 11 artistas de destaque no universo dos papéis artesanais. Nestes encontros, abertos a todos e todas, artistas, de diferentes nacionalidades, irão apresentar vivências e técnicas manuais de produção e suas relações afetivas com o material.
Meu Papel no Mundo conta com os apoios da UNIPAZ – Universidade Internacional da Paz, do Museu Vivo da Memória Candanga e da Secec-DF – Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
A pandemia de Covid-19 mudou os hábitos de muita gente globalmente, entre eles o ritmo acelerado da rotina diária. E, com o confinamento, muitas pessoas encontraram no artesanato uma nova atividade bem como um caminho terapêutico de encontro consigo mesmas.
O que para alguns é novidade, para muitos esta atividade se faz presente no dia-a-dia há bastante tempo. Em Meu Papel no Mundo, a experiência vai de encontro com os que estão iniciando. Nas apresentações dos artistas, oportunidades de aprofundar o encanto pelo fazer manual de papéis.
Para a organizadora do evento, Gizelma Fernandes, “a convivência com as fibras vegetais, com as quais produzimos papéis, desperta encantamento através do toque das muitas texturas, da diversidade de cores possíveis e diante da surpresa dos resultados”.
Das matérias primas utilizadas estão fibras de troncos, cipós e folhas, pétalas de flores e cascas. Por se tratar de uma produção em sintonia com os movimentos da natureza, “só colhemos as fibras da bananeira, depois que ela já produziu o cacho”, exemplifica a organizadora. Todo o processo é artesanal, do corte à lavagem das fibras, passando pelo cozimento dos insumos.
Gizelma, que atua na criação e produção de papel artesanal há mais de 15 anos, descreve sua experiência como espiritual, “é algo que me preenche e me esvazia, me realiza e me transborda”. Acerca das lições que ficam, “um aprendizado sobre a humildade, a impermanência e a falta de controle sobre as coisas”, ressalta.
A programação tem início no Dia do Papeleiro (20/09), com a fala de Gizelma sobre “O Sagrado na Arte do Papel”. Nas palestras dos artistas, serão abordados, inclusive, aspectos socioambientais da produção artesanal do papel e da importância do papel em suas vidas. Participam do evento papeleiros de Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e também da Espanha e Equador.
Serviço: |
II Meu Papel no Mundo |
De 20 de setembro, Dia do Papeleiro, ao 30 do mesmo mês |
Os 11 vídeos serão postados diariamente, sempre às 11hAM, no Instagram e no canal do YouTube da Flor de Bananeira. |
O evento conta com os apoios da UNIPAZ, do Museu Vivo da Memória Candanga e da Secec-DF – Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. |
Informações: (61) 9.9901-9096 ou flordebananeiraarte@gmail.com |
PROGRAMAÇÃO (sujeita a alterações)
Dia 20– Dia do Papeleiro – Gizelma Fernandes (Brasília) – O Sagrado na Arte do Papel
Dia 21– Dia Internacional da Paz – Roberto Crema (Brasília) – Vocação e Paz
Dia 22– Dia da Primavera – Regina Fittipaldi (Brasília) – Papel e Papeleiros: artífices da sustentabilidade na arte de transformar.
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Dia 23– Erica Campos (São Paulo) – Mãos Que Fazem
Dia 24– Camola Valarezo (Equador) – Tear Manual com Recicláveis Iniciado na África
Dia 25– Pilar Sala (Espanha) – Texturas Vegetales
Dia 26– Marcia Valarezo (Equador) – Uma Historinha sobre Reciclagem
Dia 27– Georgia do Alecrim Papel (Rio de Janeiro) – A Reciclagem de Papel Como Lugar de Cura
Dia 28– Leonardo Gomes do Papel Ecos (São Paulo) – Papel Artesanal e Artes Gráficas: entre plantas e clichês.
Dia 29– Monica Almeida (Brasília) – Papel e Pintura: Epifania
Dia 30– Nayla Reis (Brasília) – Con-tato Social e com Alegria: Meu Papel no Mundo