MAR inaugura a exposição “Rio Setecentista, quando o Rio virou capital”

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Rio Setecentista, quando o Rio virou capital

De 7 de julho de 2015 a 8 de maio de 2016
3º andar do Pavilhão de Exposições
Conversa de Galeria: 7 de julho, às 11h

Obra em exposição. Foto: Divulgação.
Obra em exposição. Foto: Divulgação.

São cerca de 700 peças – incluindo vasta documentação, objetos da época, ilustrações, pinturas, artefatos religiosos e obras de arte contemporânea – de artistas anônimos e aclamados como Mestre Valentim, Adriana Varejão, Guignard, Augusto Malta, Vasco Araújo, Pierre Verger, Carlos Julião, Rugendas e Debret, entre outros. A mostra aborda aspectos civis e religiosos da época, conduzindo o visitante por um percurso que tem início logo após o descobrimento e segue até a chegada da família real portuguesa, em 1808, em uma história marcada por sonhos e guerras desde seu nascimento.

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Pela primeira vez, o MAR apresenta de forma ampla sua coleção de arte sacra e, junto a artefatos vindos de diversas igrejas da cidade e itens de acervos particulares, o conjunto ressalta o valor artístico e cultural desse patrimônio. Um dos grandes nomes do período, Mestre Valentim – responsável por esculturas e talhas religiosas, bem como diversos monumentos civis espalhados pelo Rio – será representado por meio de obras originais e reproduções. O visitante também terá acesso a peças grandes do barroco e do rococó brasileiro. Os dois estilos, conhecidos por suas semelhanças, terão suas diferenças apresentadas numa multiprojeção criada especialmente para a exposição. O núcleo abordará ainda as religiões afro-brasileira e judaica.

Ao final do século 17, com a descoberta de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, a cidade passa a ser vista como um importante ponto de escoamento do minério. A partir de então tem início o processo de urbanização e embelezamento do Rio, com aterramentos, calçamento de ruas, desenvolvimento dos transportes e a construção de parques e chafarizes. Multiplica-se a população da cidade e cria-se um novo perfil étnico e cultural. Portugueses de Goa e Macau introduzem novas tintas às cores locais e cruzam com uma nova leva de colonos oriundos das diversas regiões da metrópole e com todo tipo de “forasteiros”. Ao mesmo tempo, cresce exponencialmente o comércio de escravos, vindos de todas as partes da África. As tensões raciais ainda latentes e o desenvolvimento cíclico da cidade são trazidos para o contexto da atualidade por meio de obras de arte contemporânea que trazem à tona o debate.

Já em meados do século 18, as ideias do Iluminismo começam a chegar à colônia – trazidas por jovens da elite enviados para estudar em Portugal. Aqui a cultura jesuítica começa dar lugar ao Neoclassicismo e o Rio se torna um centro de relevância política, econômica, social e cultural. Uma das grandes influências no Brasil é o início das tentativas de independência e, por isso, a mostra terá uma parte dedicada a Tiradentes. Julgado no Rio de Janeiro, Joaquim da Silva Xavier foi um dos líderes da Inconfidência Mineira, movimento de emancipação que abriu precedentes para outras revoluções. O visitante poderá ver, pela primeira vez, o machado que esquartejou Tiradentes – segundo relatos –, além de diversos objetos e documentos.

A mostra ocupará integralmente o terceiro andar do Pavilhão de Exposições, espaço dedicado ao debate de questões relativas à cidade do Rio de Janeiro. Para marcar a abertura, no dia 7 de julho, às 11h, acontece uma Conversa de Galeria aberta ao público, com a participação dos curadores da mostra. Rio Setecentista, quando o Rio virou capital fica em cartaz 8 de maio de 2016.

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O Museu de Arte do Rio

O MAR é um espaço dedicado à arte e à cultura visual. Instalado na Praça Mauá, ocupa dois prédios vizinhos: um mais antigo, tombado e de estilo eclético, que abriga o Pavilhão de Exposições; outro mais novo, de estilo modernista, onde funciona a Escola do Olhar. O projeto arquitetônico une as duas construções com uma cobertura fluida de concreto, que remete a uma onda – marca registrada do museu –, e uma rampa, por onde os visitantes chegam aos espaços expositivos.

O MAR, uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição.

O museu tem o Grupo Globo como mantenedor, a BG Brasil como patrocinadora e o copatrocínio do Itaú, além do apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e a realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A gestão fica a cargo do Instituto Odeon, uma associação privada, sem fins lucrativos, que tem a missão de promover a cidadania e o desenvolvimento socioeducacional por meio da realização de projetos culturais.

Serviço MAR – Museu de Arte do Rio

Ingresso: R$ 8 I R$ 4 (meia-entrada) – pessoas com até 21 anos, estudantes de escolas particulares, universitários, pessoas com deficiência e servidores públicos da cidade do Rio de Janeiro. Pagamento em dinheiro ou cartão (Visa ou Mastercard).

Política de gratuidade: Não pagam entrada – mediante a apresentação de documentação comprovatória – alunos da rede pública (ensinos fundamental e médio), crianças com até cinco anos ou pessoas a partir de 60, professores da rede pública, funcionários de museus, grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa, Vizinhos do MAR e guias de turismo. Às terças-feiras a entrada é gratuita para o público geral. Aos domingos a entrada é gratuita para portadores do Passaporte de Museus Cariocas que ainda não tiverem o carimbo do MAR. No último domingo do mês o museu tem entrada grátis para todos por meio do projeto Domingo no MAR.

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De terça a domingo, das 10h às 17h. Às segundas o museu fecha ao público. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (55 21) 3031-2741 ou acesse o site www.museudeartedorio.org.br.

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Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro. Confira como chegar:
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