MAR abre mostra de Jonathas de Andrade
por Adriane Constante
Terça-feira (16), às 10h, o Museu de Arte do Rio – MAR abre a exposição Museu do Homem do Nordeste. Projeto do artista plástico Jonathas de Andrade, a mostra questiona o estereótipo de masculinidade do homem nordestino e o papel das instituições na criação dessa imagem. Para marcar a abertura, às 18h, o artista participa de bate-papo com o público.
De 16 de dezembro 2014 à 22 de março de 2015
Primeiro andar do Pavilhão de Exposições
Conversa de Galeria: 16 de novembro, às 18h
O Museu de Arte do Rio – MAR apresenta a exposição Museu do Homem do Nordeste, um duplo da instituição homônima, localizada no Recife e fundada nos anos 70, cujas intenções sociais e antropológicas são saqueadas e reposicionadas pelo artista Jonathas de Andrade. O trabalho, as relações entre classes, a sexualidade, a cidade e a história são alguns dos temas de interesse do museu nordestino, e o projeto ambientado no MAR promove uma leitura analítica acerca do papel das instituições museológicas na produção de subjetividades de seus respectivos contextos.
Nesta exposição, o artista – alagoano radicado no Recife – reúne 18 obras suas (várias delas inéditas, concebidas especialmente para a mostra) e 74 peças da coleção Fundação Joaquim Nabuco (parte dos acervos do Centro de Estudos da História Brasileira – Cehibra e do Museu do Homem do Nordeste), da Fundação Gilberto Freyre e do Instituto Lula Cardoso Ayres. São instalações, vídeos, fotografias, pinturas, grafites, objetos e documentos que, articulados, tensionam os estereótipos de masculinidade e outras ideias pré-concebidas normalmente vinculadas à região que foi berço da colonização portuguesa no Brasil.
“O interesse de Jonathas de Andrade por questões da história e da experiência presente da cidade onde vive, o Recife, da região que geopoliticamente a circunscreve – o Nordeste – e, mais amplamente, pelo Brasil, pode confundir as leituras possíveis de sua obra. A reincidência de certos tópicos sociopolíticos que atravessam esses contextos pode fazer parecer que o artista tem o ‘local’ como tema, enquanto o mais significativo esforço de seu trabalho se dá em torno do ‘método’ – dos modos de relacionar, organizar e estabelecer sentido e valor que são culturalmente construídos e praticados. Mais instigante do que a tematização do lugar, a atenção aos modos que a partir dali se constituem – e, como tal, são recriados – percorre projetos diversos do artista, elaborando problematizações e estratégias singulares.” comenta Clarissa Diniz, que junto de Paulo Herkenhoff assina a curadoria da exposição.
A crítica ao estereótipo fica evidente em obras como a instalação Cartazes para Museu do Homem do Nordeste, que teve início a partir de anúncios publicados semanalmente nos classificados de um jornal popular do Recife, entre 2012 e 2013. A convocação era direcionada a trabalhadores interessados em posar da forma como se imaginavam representando a região. Cada encontro foi documentado em anotações e seis delas fazem parte da obra, composta por 77 cartazes que variam de acordo com a atmosfera de cada conversa – em uma construção da identidade baseada numa relação ambivalente, antropofágica e erotizante.
Para Herkenhoff, Jonathas de Andrade se move com um raro sentido crítico, político e intelectual. “Sua obra agencia a história como processo de emancipação social. Ele simboliza a relação de desconfiança de seus contemporâneos na democracia formal e, no entanto, assume a defesa do valor da igualdade. Jonathas conduz deambulações pelo urbanismo da modernidade e pela arquitetura do desejo, expondo jogos ideológicos entre Estado e interesses hegemônicos do capital”, comenta o curador.
A exposição convida o público a vivenciar uma experiência diferente. O projeto expográfico, desenvolvido para despertar no visitante a sensação de estar vendo um museu dentro de outro, tira as obras da parede e as coloca em um mobiliário especialmente criado para a mostra. Museu do Homem do Nordeste ocupa totalmente o primeiro andar da instituição e fica em cartaz até 22 de março de 2015, integrando o projeto curatorial do MAR que tem como objetivo abrir espaço para artistas que vivem e têm sua produção focada fora do eixo Rio-São Paulo.
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O Museu de Arte do Rio
O MAR é um espaço dedicado à arte e à cultura visual. Instalado na Praça Mauá, ocupa dois prédios vizinhos: um mais antigo, tombado e de estilo eclético, que abriga o pavilhão de exposições; outro mais novo, de estilo modernista, onde funciona a Escola do Olhar. O projeto arquitetônico une as duas construções com uma cobertura fluida de concreto, que remete a uma onda – marca registrada do Museu –, e uma rampa, por onde os visitantes chegam aos espaços expositivos.
O MAR, uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o Museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição.
O Museu tem o Grupo Globo, a Vale e o Itaú como patrocinadores máster e o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A gestão fica a cargo do Instituto Odeon, uma associação privada, sem fins lucrativos, que tem a missão de promover a cidadania e o desenvolvimento socioeducacional por meio da realização de projetos culturais.
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Serviço MAR – Museu de Arte do Rio
Ingresso: R$ 8 | R$ 4 (meia-entrada) – pessoas com até 21 anos, estudantes de escolas particulares, universitários, pessoas com deficiência e servidores públicos da cidade do Rio de Janeiro. Pagamento em dinheiro ou cartão (Visa ou Mastercard).
Política de gratuidade: Não pagam entrada – mediante a apresentação de documentação comprovatória – alunos da rede pública (ensinos fundamental e médio), crianças com até cinco anos ou pessoas a partir de 60, professores da rede pública, funcionários de museus, grupos em situação de vulnerabilidade social em visita educativa, vizinhos do MAR e guias de turismo. Às terças-feiras a entrada é gratuita para o público geral. Até dezembro de 2014 também têm gratuidade profissionais do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Guarda Municipal (GM/Rio) e da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP).
Horário especial de visitação no verão: Terças, das 10h às 19h. De quarta a domingo, das 10h às 17h. Às segundas o museu fecha ao público. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (55 21) 3031-2741 ou acesse o site www.museudeartedorio.org.br.
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Endereço: Praça Mauá, 5 – Centro. Confira o mapa:
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