A mostra “COMO ARRUMAR FLORES NUM JARRO II” conta com 06 obras inéditas da artista plástica Maíse Couto, em exposição de 24/10/2017 a 25/11/2017, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, localizada na Praça da Liberdade, 21, bairro dos Funcionários, Belo Horizonte, MG.
A série de obras reunidas para sua segunda mostra individual, é resultado de uma pesquisa ocorrida nos anos de 2016/2017, fruto da imersão da artista em suas questões pessoais e do enfrentamento da rotina solitária e silenciosa do ateliê.
“Como Arrumar Flores num Jarro II” de Maíse Couto é uma mostra que tem como ponto de partida conceitual a epígrafe de Clarice Lispector:
“[…]A vida oblíqua é muito íntima…vivo a riqueza da terra…Sim. A vida é muito oriental. Só algumas pessoas escolhidas pela fatalidade do acaso provaram da liberdade esquiva e delicada da vida. É como saber arrumar flores num jarro: uma sabedoria inútil. Essa liberdade fugitiva de vida não deve ser jamais esquecida: deve estar presente como um eflúvio…viver essa vida é mais um lembrar-se indireto dela do que um viver direto…Só para iniciados a vida então se torna fragilmente verdadeira[…]”
LISPECTOR, Clarice. (1973). Água Viva, RJ: Ed. Rocco, 1998.p.69
Sua série de Pinturas delineiam um universo pictórico elaborado a partir da experimentação de um espaço que não se submete à linearidade de nenhuma perspectiva conhecida, mas a uma paisagem só experimentada no território livre da poesia e da pintura.
O processo criativo da artista se dá a partir do problema da tela em branco e no decorrente jogo de seleção e deleção instaurado na busca de equilíbrio plástico de elementos que atravessam as fronteiras entre a figuração e a abstração.
As paisagens imaginadas, são normalmente habitadas poruma criança inspirada nos retratos de sua filha. O símbolo, personifica sua própria imagem infantil em espaços indefinidos, em situações e ações que revela resquícios mesclados de lembranças e de imaginação absolutamente inconscientes, refazendo no plano suas “lembranças indiretas”.
Imagens de fragmentos de memória que na fatura da pintura se mesclam aleatoriamente com impulsos gestuais plasmados em cores e formas diversas.
BIOS
Maíse Couto (Belo Horizonte, MG, Brasil, 1970)
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Maíse Couto vive e trabalha em Belo Horizonte. Graduada em Artes Plásticas com habilitação em desenho e pintura pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais. Realizou ainda pós-graduação em Desenvolvimento e Gestão Cultural.
Frequentou os ateliers de desenho, sob a orientação de Marcelino Peixoto, de pintura, sob a orientação de Fátima Pena. Atualmente frequenta o atelier de pintura e processos, sob a orientação de Alan Fontes.
Apresentou Exposições Individuais como, “Indizível”, desenhos, fotografia e instalação, na Galeria Alberto da Veiga Guignard, da Escola Guignard, Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG, Belo Horizonte, em 2015. “Como Arrumar Flores num Jarro I”, pinturas. Na Galeria Nello Nuno, da Fundação de Arte de Ouro Preto – FAOP, Ouro Preto, em 2017. Foi selecionada no 2o Programa de Seleção para ocupação da PiccolaGalleria, da Casa Fiat de Cultura, Belo Horizonte, Brasil.
Dentre suas principais exposições coletivas participou em 2017 na mostra dos premiados no VII Salão de Arte de Itabirito Regional, na Casa de Cultura Maestro Dungas, Itabirito, na Galeria Nello Nuno, da Fundação de Arte de Ouro Preto – FAOP, Ouro Preto e na MM Gerdau, Museu das Minas e do Metal, Belo Horizonte, Brasil.
Recebeu em 2017, a Menção Honrosa do VII Salão de Arte de Itabirito Regional, de Itabirito, sendo no mesmo ano finalista do 45 Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, de Santo André, São Paulo, Brasil.
Participa da 1a FLAC – Feira Livre de Arte Contemporânea, em Belo Horizonte, MG.