LONA Galeria || Coletivas sequenciais em formato digital

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Metodologia criativa agrupa artistas por sua similitude

A LONA Galeria exibe, em seus canais digitais, duas exposições coletivas sequenciais: Processos e Apropriações. Doze artistas convidados pela galeria – André Felipe Cardoso, Catarina Sabino, Gustavo Aragoni, Liliana Alves, Sueli Spicalquis, Daniel Mello e Fernando Soares, Gabriel Almeida, Lucas Quintas, Neiliane Araujo, Roberta Fortunato, Rodrigo Selles – exibem, aproximadamente, 36 trabalhos entre desenhos, pinturas e esculturas. As mostras, em formato digital, estarão montadas na galeria para visitas com agendamento prévio.

Em Processos, “o ato de produzir em si já é um processo. Mesmo sem um planejamento o rabiscar vai abrindo caminho para um trabalho que estava camuflado esperando ser descoberto. Através de improvisos, tentativas com erros e acertos, a intuição artística vai elaborando um plano que, à primeira vista parece caótico, mas ao contemplar o todo, se revela elaborado através de sentidos sutis” define Duílio Ferronato.

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André Felipe Cardoso desenvolve um trabalho a partir de apropriações, acúmulos contínuos e colecionismos tanto de materiais quanto de histórias. Costuma partir da sobreposição de papéis e outros materiais no processo de criação dos trabalhos. Catarina Sabino inicia com o desenho e todo seu processo ocorre quando da percepção da potência gráfica do que vive, vê e produz. Em tempos recentes, a imagem do corpo humano tem sido uma grande fonte de inspiração. Gustavo Aragoni não tem como fim a representação de “coisas” e sim de uma “experiencia”. É uma ação/criação imediata que se dá em função dos materiais utilizados. O resultado é consequência de experimentação onde o caos e improviso ganham lugar. Liliana Alves busca a surpresa o inusitado que a induzam a perceber possibilidades de expressão emanadas da própria pintura. O afeto, a melancolia nascem do ato criativo. Sueli Spicalquis cria uma espécie de topologia de composições e planos sobrepostos com conteúdo pictórico, ora ameno ora vigoroso, de ruídos desestabilizadores e contínuos. Daniel Mello, com o gestual do traço e diferentes vetores de direção, cria contornos que se anulam entre si utilizando principalmente o contraste entre cores e formas onde a pintura acontece em camadas e funciona como um jogo de construir e desconstruir.

Já em “Apropriações”, na definição de Duílio Ferronato, “tem a ver com colecionismo; os artistas têm em comum o hábito de coletar e colecionar coisas, imagens, ideias, montando assim um acervo onde buscam o princípio de cada trabalho. No próprio ato de coletar já pressupõe uma noção de percurso que só se revela quando colocado ao lado de outra peça da coleção. Um conjunto de peças de origens diversas aponta uma originalidade da edição. Com isso a apropriação se torna criação”.

Fernando Soares discute a natureza pictórica da matéria em si, através de pinturas/objetos, colagens e instalações. A pesquisa parte das propriedades e/ou ambiguidades dos materiais que utiliza e fatores como ação e reação dos mesmos no espaço. Gabriel Almeida busca, através da pintura, resgatar o potencial imagético de conteúdos triviais e desgastados pela massificação: ora através da construção de cenários que recombinam múltiplas imagens de origens ora na reprodução fiel de um frame específico de algum “vídeo viral”. Lucas Quintas, com linhas coloridas de diferentes espessuras e tons, constrói um desenho quase matemático, onde o pictorialismo atua, colocando sua força e ditando resultados conceituais e métricos na produção. Neiliane Araujo cria em torno de fragmentos como um universo formal escolhido para falar sobre coisas complexas. Fragmento é uma unidade que permite recombinação e ressignificação dos cacos que restam onde a única constante é a mudança. Roberta Fortunato pesquisa sobre deuses e mitos, em uma série que aborda questões relativas ao sagrado, ao humano e a arte. Tendo como referência os grandes mestres, revisitados com outras técnicas, suportes e materiais, as obras instigam sentidos e sinapses no público. Rodrigo Selles expõe pinturas que se baseiam em motivos sociais e emocionais para criar um lugar fantástico onde narrativas quase absurdas aludem a problemas comuns, pensamentos e dores, e fazem questionar a origem do sofrimento.

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SERVIÇO
Exposição: Processos
Artistas: André Felipe Cardoso, Catarina Sabino, Gustavo Aragoni, Liliana Alves, Sueli Spicalquis, Daniel Mello
Data: de 30 de setembro a 25 de outubro de 2020
Exposição: Apropriações
Artistas: Fernando Soares, Gabriel Almeida, Lucas Quintas, Neiliane Araujo, Roberta Fortunato, Rodrigo Selles
Data: de 30 de outubro a 25 de novembro de 2020
Agendamento prévio: e-mail: lonagaleria@gmail.com; WhatsApp (11) 99403-0023
Local: Lona Galeria www.lonagaleria.com
Endereço: R. Brigadeiro Galvão,990 Barra Funda 01151-000 São Paulo – Brasil
Número de obras: 36
Técnicas: desenhos, pinturas e esculturas
Dimensões: variadas
Preço: sob consulta
Instagram: www.instagram.com/lonagaleria
Facebook: www.facebook.com/lonagaleria

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Lona Galeria

Com a entrada na era da participação e do compartilhamento um grupo de artistas e um curador tomaram a decisão de criar um projeto em que a multiplicidade, a diversidade e as experiências fossem os motes.

A Lona Galeria de Arte, que abriu suas portas na Barra Funda em março de 2019, é uma parceria entre o curador Duílio Ferronato e o artista Higo Joseph, e pretende ir muito além do conceito binário e das polarizações estanques. Na Lona Galeria os artistas estão vivos, são parceiros e vão participar tanto do processo criativo quanto das questões administrativas.

‘O processo de criação e seus caminhos interessam tanto quanto o produto final’, diz Higo.

“A convivência entre curadores e artistas, apesar de muitas vezes ser penosa e com ganas de estrangulamento, é profícua e até divertida; porque afinal uma das facetas mais evidentes da arte é justamente produzir fora da norma e com humor. Somos desajustados e produzimos sem definições precisas, mas com as certezas de que estamos em consonância com o que acreditamos”, explica Duílio.

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