Com prefácio de Alfredo Sirkis livro apresenta importantes construções do século passado que desapareceram da paisagem carioca e outras preservadas que foram reintegradas a paisagem urbana da cidade em grande estilo
Com apuro gráfico a edição fine art traz imagens de acervos importantes e ilustrações originais, ícones de cada projeto, mapas e gravuras da cidade do Rio de Janeiro criados exclusivamente para a publicação.
Rio de Janeiro Perdido e Recuperado, TIX Editora, 200 páginas, R$ 100,00, apresenta em dois capítulos importantes construções do século passado que desapareceram da paisagem carioca, e outras que, preservadas, foram reintegradas a paisagem urbana da cidade em grande estilo com adaptação de uso e finalidade.
Com prefácio de Alfredo Sirkis, traz mais de 80 imagens de acervos diversos como a Biblioteca Nacional, Museu da Imagem e do Som e Iphan e cerca de 30 ilustrações originais, ícones de cada projeto, mapas e gravuras da cidade do Rio criados exclusivamente para a publicação que recebe capricho gráfico impecável.
“Este livro tangencia a vida e a morte de cidades, mas na escala humana. Naquela das edificações que a mão de obra, arquitetura, engenharia e economia em algum momento entenderam construir e, noutro momento, por força do mercado ou, quase sempre, decisões do poder político, literalmente sumiram do mapa. Foram perdidas para as gerações atuais, enquanto a cidade foi se modificando, crescendo, mudando seus modos de mobilidade, necessidades de moradia e trabalho, distribuição de negócios, formatos e modos do comércio”, escreve Alfredo Sirkis no prefácio. “Existe um Rio Perdido. Ficava naquele lugar, mas não mais. Alguns de seus espectros já não povoam a memória de ninguém vivo. Encontramos suas imagens em branco e preto nos livros de fotos antigas de nossa cidade. Ninguém mais está vivo para se recordar do Convento da Ajuda, dos pavilhões das Exposições de 1908 e de 1922 ou do próprio Morro do Castelo. Outros permanecem na memória da geração dos mais idosos. Outro ainda na nossa, de meia-idade”, complementa a editora Ana Borelli.
O livro trata, portanto, da memória da cidade. A publicação oferece ao leitor a oportunidade de conhecer algumas edificações de riqueza histórica e arquitetônica, que podem desaparecer da memória das futuras gerações, caso não imortalizadas em suportes culturais como livros. Como por exemplo, a Torre Eiffel, uma edificação no etilo Art Noveau construída em 1905 na Rua do Ouvidor, no centro, que abrigou uma loja de roupas masculinas até 1967, quando foi demolida para dar lugar a um prédio comercial, ou o lindíssimo Mercado Central da Praça XV, inaugurado em 1907 e demolido 1962 para passar a Perimetral que também já foi demolida. Ou o pavilhão de regatas botafogo construído em 1903 e demolido em 1928 para dar lugar as vias que ligam ao Aterro a praia da Urca, ou o Pavilhão Mourisco construído em 1905 sob arquitetura eclética que foi demolido em 1952 para dar lugar ao túnel do Pasmado, ou o belo Hotel Avenida, de arquitetura neoclássica e eclética datado de 1910 e demolido em 1957 para ambientar o Edifício Avenida Central, entre muitos outros exemplos que ganham protagonismo nesta edição.
Rio de Janeiro Perdido e Recuperado também coloca holofotes nas construções preservadas que, sobreviventes da cultura do bota abaixo, foram restabelecidas a paisagem urbana da cidade, ratificando o que tem de melhor na prática da preservação e modernidade. “Prédios que sobreviveram até chegar a um tempo em que o antigo “retrofitado” virou bacana. O edifício da Sul América e o Nigri Plaza, no centro; a Villa Aymoré, na Glória, o antigo Hotel Serrador e o antigo prédio da Standard Oil, na saída da Cinelândia, cujos cinemas, aliás, foram quase todos perdidos, com a notável exceção do Odeon”, lembra Sirkis no texto que apresenta a publicação.
A criação do projeto é da editora Ana Borelli, que também foi responsável pela seleção de projetos, direção de arte e coordenação editorial do projeto que ganhou como bossa uma linha especial de papelaria ligada ao conteúdo da publicação, desenhos, ilustrações e um jogo de cartas que podem ser adquiridos a parte. Como o livro, toda linha de produtos está à disposição do leitor nas principais livrarias do país ou através da editora, (o site está em construção).
Rio de Janeiro Perdido e Recuperado recebeu o patrocínio da CAU-RJ, da Tempore Engenharia e da Lafem Engenharia. O lançamento do livro será no dia 03 de outubro, quinta-feira, a partir das 18:30 na Livraria da Travessa de Ipanema.
TIX Editora
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e o Universo das Artes primeiro!
Criada em 2009 por Ana Borelli em parceria com Alfredo Sirkis, a editora tem como proposta a publicação de livros de arte e arquitetura, memória, cidade e cultura em geral. Os livros são criados em tiragens limitadas, acabamento de luxo e a concepção e edição dos mesmos são desenvolvidos totalmente dentro da empresa. A diretora criativa da editora, a arquiteta Ana Borelli, acredita que livros devem ser tratados como objetos de arte e se mantém a frente de todas as etapas do processo editorial. Em 2017, a TIX ganha um novo braço, a empresa IYA dedicada a criação de desenhos, ilustrações e uma linha especial de papelaria ligada ao conteúdo de cada projeto e começa a trabalhar desenvolvendo identidades visuais, brandings e direção de arte para projetos de terceiros. Na lista dos próximos títulos a serem lançados encontram-se, entre outros Sergio Bernardes – Projetos para a Cidade do Rio de Janeiro e São Cristóvão Bairro Imperial. No catálogo da editora destacam-se importantes títulos que privilegiam a história da cidade, a arquitetura e a arte, tais como Penso Cidade; Jean Nouvel; Indio da Costa; Penso Subúrbio; Ecologia Urbana e Poder Local; Galeria Sul América; Lila; Península; Megalópolis; Mangue Vivo; O Efeito Marina; Indio da Costa – Ar como Arquitetura; Fernando Chacel Tributo; Arquitetura Carioca Hoje; MMM Roberto, entre outros.
Serviço: |
Rio de Janeiro Perdido e Recuperado, TIX Editora, 200 páginas, R$ 100,00 |
edição fine art , capa dura, miolo de papel Eurobulk 100g, formato 15,6 x 22 cm. |
Editora TIX – xx endereço: xxx |
21.2215-3560 | 22101719. |
producao2@anaborelli.com | ana@anaborelli.com |
www.anaborelli.com (em construção), Instagram: @tixedicoesearte e Facebook: www.facebook.com/tixedicoesearte |
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Os capítulos:
Rio de Janeiro Perdido: Mercado Central da Praça XV (demolido para passar a Perimetral); Convento da Ajuda (demolido para construção da Cinelândia);
Palácio Monroe (demolido sem motivo); Elixir de Nogueira (Virzi) na Glória (para fazer um edifício no lugar); Chafariz da Carioca (para implantação do Largo); antigo Pavilhão das Indústrias no Largo da Misericórdia (para fazer uma praça); Pavilhão Mourisco na Praia de Botafogo (dar lugar ao túnel do pasmado); a Casa da América e da China (demolido após o encerramento da loja); o Palacete Martinelli – Virzi, na avenida Oswaldo Cruz (demolido para dar lugar a um prédio residecial).
Rio de Janeiro Recuperado: Villa Aymoré; Edifício Serrador; Edifício Galeria, antiga sede da Sul América Seguros; Edifício da Standart Oil que se transformou na sede carioca do IBMEC;