A poesia de Adélia Prado
bateu em mim como um gongo,
como um gozo.
Alegrias dando voltas num pé de vento,
asperezas e epifanias lado a lado,
se apresentando com um fervor devoto.
Juntar retalhos em cores e texturas
e, com agulhas,
dar caminho às linhas do poema
foi o que consegui fazer para, finalmente,
oferecer o meu ex-voto.”
Dinorá Bohrer Silva
Exposição de tapeçarias de recorte, desenvolvidas nos últimos 15 anos, a partir da relação da artista Dinorá Bohrer Silva com a obra poética de Adélia Prado.
Inauguração: 29 de fevereiro, segunda-feira, às 19h
Visitação: 1 de março e 2 de abril de 2016
Sala O Arquipélago | Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
Rua dos Andradas, 1223 | Centro Histórico | Porto Alegre, RS
55 51 3226 7974 | www.cccev.com.br
Coordenação | MARIA RITA WEBSTER
Curadoria | PAULA RAMOS
Assistência de curadoria | JOANA BOSAK
Crédito das imagens | ANDRÉ CAVALHEIRO
Promoção | CENTRO CULTURAL CEEE ERICO VERISSIMO | MARIA RITA CAMINHOS CULTURAIS
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Catálogo | O catálogo da exposição reproduz 15 das 16 obras expostas, com os poemas que as motivaram. As fotografias são de André Cavalheiro, e os textos são assinados pelo jornalista e humorista Fraga, acerca da tapeçaria de recorte, e pelas professoras-pesquisadoras do Instituto de Artes da UFRGS Paula Ramos, que escreve sobre o encontro entre Dinorá Bohrer Silva e Adélia Prado, e Joana Bosak, sobre a trajetória e obra poética dessa última.
Dinorá Bohrer Silva | Nascida em 1947, em Novo Hamburgo/RS, onde viveu até os 20 anos. Mudou-se para Porto Alegre e diplomou-se em Biblioteconomia e Documentação, trabalhando nessa área até aposentar-se. Iniciou, então, seu aprendizado na área têxtil junto ao ateliê Maria Rita Caminhos Culturais, onde foi aluna de Francisca Duarte Dallabona na técnica de Tapeçaria de Recorte e, posteriormente, também professora. Cursou a Oficina Fibra e Têxtil no Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e aulas de Papel Machê e Bonecos no Maria Rita Caminhos Culturais. Bibliotecária por formação, seu trabalho como artista sempre foi fortemente influenciado pela literatura.
Adélia Prado | O cotidiano, o feminino e a fé. A importante poetisa mineira completou 80 anos em 2015 e, há décadas, encanta os amantes da poesia, com seu texto lírico, por vezes áspero, mas sempre potente. Entre os prêmios, destaque para o Prêmio Jabuti (1978), na categoria poesia, por O Coração Disparado (1978), e o Griffin Poetry Prize (2014), o maior prêmio de poesia no Canadá e e um dos mais importantes do mundo.