Aqui jaz o sol
Que criou a aurora
E deu luz ao dia
E apascentou a tarde.
O mágico pastor
De mãos luminosas
Que fecundou as rosas
E as despetalou.
Aqui jaz o sol
O andrógino meigo
E violento que
Possui a forma
De todas as mulheres
E morreu no mar.
(MATHEW, 2009, p.154)
Pintar uma obra é como pastorear cores, direcionando-as ao longo do papel ou da tela alva; levando-as ao êxtase das misturas; iluminando cenas e pessoas; dando-lhes vida e eternizando poeticamente cada pequeno pedaço do mundo. As cores seguem o pincel que desliza pela tela, que rodopia e que se esquece de que ele mesmo não faz parte da cena. Esse também pode ser o pensamento do artista que muitas vezes está na cena, em algum canto, escondido, parecendo que de repente emergirá da obras. É possível perceber tal sensação ao apreciar a obra do artista Cândido Oliveira. Em cada um de seus trabalhos, por meio de suas mãos habilidosas, sua presença é inevitável e seu traço é inconfundível.
Nascido em Pernambuco em 1961, o artista já demonstrava interesse pelo desenho desde pequeno. À partir de 1975, morando em São Paulo, Cândido teve contato com os museus da cidade e pôde observar de perto as obras que trariam inspiração para seu trabalho. En 1992, estudou com o grande mestre Gilberto Geraldo com quem teve a oportunidade de aprimorar técnicas e, à partir de 1995 passou a trabalhar exclusivamente com a Arte.
Seu estilo clássico e realista apresenta temas diversificados que vão desde lugares a pessoas; países para onde o artista viaja por meio da arte e cenários de tempos antigos. Dans toutes les œuvres, o realismo está presente, tornando sua Arte única. Em seu currículo é possível perceber que não há espaço para o amadorismo. À partir de 1992 participando de exposições, recebendo prêmios em diversos salões em várias localidades diferentes, Cândido está deixando sua marca na História da Arte brasileira.
Como uma viagem, sua obra passeou pela Toscana italiana (Figue. 2) e nos leva junto com ela ao observar os montes e vales ao fundo, as árvores imponentes e as vinícolas, com as casas majestosas. As cores da natureza contrastam com os tons da construção. As sombras e a iluminação natural tornam todo o conjunto belo e agradável ao olhar. Ans, observadores, parece que estamos na cena, correndo pelos campos, sentindo a brisa e o cheiro do mato.
E pode ser que o artista tenha, ele mesmo viajado pelas ruas de uma Paris antiga (Figue. 3) iluminada pelo céu num cair de tarde, nos tons de amarelos e azuis. Dentro das casas, as luzes acesas atestam a vida, que está também pelas ruas, com as damas em seus vestidos longos e as carruagens.
O interior do Brasil também é retratado pelo artista (Figue. 5). As galinhas caminham e se alimentam em uma cena comum de sitio. A fundo a natureza e uma casinha antiga, com a parede descascando completam o cenário. O calor do meio do dia é nítido no chão, com as sombras dos animais. A perfeição e os detalhes tornam a cena uma imagem fotográfica de um lugar simples típico do Brasil.
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Se o poeta falar num gato, numa flor,
Num vento que anda por descampados e desvios
E nunca chegou à cidade…
Se falar numa esquina mal e mal iluminada…
Numa casa antiga sacada… num jogo de dominó…
(QUINTANA, 2007, p. 105)
E a Poesia caminha lado a lado com a Arte, uma faz companhia à outra; uma é parte integrante da outra. O poeta inventa cenas que o artista desenha; a Arte recria lugares pelos quais o poeta se encanta. A Arte brasileira segue recriando sua Arte da forma mais bela, observando o Belo do mundo que tanto encanta olhares.
Galerie Brésil:
bg1.com.br/loja/categoria-produto/artistas/candido-oliveira
Références
- MATHEW, Vinícius de. Anthologie poétique. Sao Paulo: Editora Schwarcz Ltda., 2009.
- QUINTANA, Mario. Quintana de poche. Porto Alegre: L&PM, 2007.
Rosangela VIG
Sorocaba - Sao Paulo
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E-mail: rosangelavig@hotmail.com