Filósofo e pesquisador chora e lamenta destruição do Museu Nacional

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O filósofo e pesquisador Fabiano de Abreu ficou arrasado com o incêndio que destruiu os mais de 20 milhões de itens nos três andares do Museu Nacional do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista, na noite deste domingo, dia 2.

“Incêndios acontecem acidentalmente ou propositalmente, sendo que qualquer um dos fatores se dá pelo descuido, falta de segurança e de fiscalização.

Temos poucos patrimônios históricos para poder nos orgulharmos e também para atrair o turismo porque o histórico atrai o turismo, isso é fato. Temos poucos patrimônios históricos para contarmos nossa história, para atrairmos pessoas e para atrairmos a atenção pois é estudando e entendendo a história que compreendemos o presente. Deixar isso acontecer é extremamente lamentável, principalmente na crise que estamos passando”, lamenta o carioca que hoje mora em Castelo de Paiva, em Portugal.

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“Nenhuma reconstrução vai conseguir manter algo perdido porque por mais que construam algo semelhante, não será a estrutura daquela época. Ou seja, isso é um dano irreparável. Isso mostra o descuido, o descaso que está acontecendo. Na verdade sempre teve descaso com patrimônios históricos nacionais. É cultural nesse país o descaso. Isso é responsabilidade do governo federal. O governo se mostrou irresponsável. E agora sem dinheiro como vai ser? Isso é tudo resultado dos problemas do governo, culpa dessa desordem e dessa desorganização. Estamos precisando de qualquer coisa para nos orgulharmos. As coisas que se perderam ali são importantíssimas, se perderam bens irreparáveis e não tem dinheiro que pague isso”, completa o filósofo e pesquisador.

Emocionado e aos prantos, Fabiano de Abreu agora teme que isso aconteça na Biblioteca Nacional, onde está seu livro “Viver Pode Não Ser Tão Ruim” desde o ano passado.

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História

O Museu Nacional é a instituição científica mais antiga do Brasil. É um dos museus de ciência de referência no mundo. Foi fundado em 1818.

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Inicialmente instalado no Campo de Santana, o Museu foi posteriormente transferido para o Palácio de São Cristóvão, monumento tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e situado na Quinta da Boa Vista, um dos mais importantes parques urbanos do Rio. Antes de abrigar o Museu Nacional, o Palácio de São Cristóvão foi residência das famílias real portuguesa e imperial brasileira.

Veja o post no Instagram do filósofo e pesquisador Fabiano de Abreu:
www.instagram.com/p/BnPvJk5DcwN

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