Adormece o teu corpo com a música da vida.
Encanta-te.
Esquece-te.
Tem por volúpia a dispersão.
Não queiras ser tu.
Queira ser a alma infinita de tudo.
Troca o teu curto sonho humano
Pelo sonho imortal.
O único.
Vence a miséria de ter medo.
Troca-te pelo Desconhecido.
Não vês então, que ele é maior?
Não vês que ele não tem fim?
Não vês que ele é tu mesmo?
Tu que andas esquecido de ti?(MEIRELES, 1982, Cântico IV)
Nossa grande poetisa semeou sonhos e discorreu sobre a vida com as mais lindas palavras. Pela simplicidade e pela doçura, Cecília Meireles foi mulher do encantamento e do enlevo. Seus versos transcendem a Poesia, passam pelo culto a estados de consciência. Acima de tudo, sua Poesia é Música para o espírito.
A Arte fala por meio de palavras, por meio de imagens promove suspiros de maravilhamento e permite que o coração se aquiete. Admirável é a mão que produz e que se empenha em compreender os caprichos do espírito. O infinito cabe na tela ou na fotografia, todos os sentimentos do mundo cabem no breve espaço em branco que será coberto pela tinta ou pelo desenho. Interpretar momentos e fazer deles uma obra é a curiosidade do artista atuando sobre sua mão.
Essa tradução do espírito da Arte se deu em várias obras que estão em exposição na Lótus Gallery, representadas em cores e em formas alegres, festivas, como deve ser a vida. As obras celebram a vida de mulheres reais, que vivem histórias verdadeiras e que, embora não estejam na mídia, estão à frente de grandes batalhas. O inconfundível sorriso de nossa querida Zezé Mota ficou estampado na fotografia de sua filha Sandra Rozados (Figura 1). O realce das cores deixou evidente a luz que ilumina a face, com nítidos pontos claros e escuros. Como se a claridade do sol beijasse os rostos dos protagonistas da cena, a obra de Maria Vieira (Figura 2) se ilumina com tons claros, com azul e branco. Mais que isso, a homenageada da obra representa a batalha pela vida, pela ajuda, pela alegria.
A mulher que vive em meio à natureza, parece ter nascido das flores (Figura 3), assim como as outras tantas mulheres riberirinhas. Sua luta diária pela vida, pelo sustento e pela família muitas vezes passa despercebida aos olhos dos que vivem em uma grande cidade, onde as facilidades são tantas. A pandemia deixou um rastro de perdas irreparáveis e constante saudade a famílias que perderam seus entes queridos, como na obra de Luciane (Figura 4). A presença de vida na obra, por meio das cores quentes, pelo sorriso da personagem e pelas flores não cessa o pesar, mas atenua a dor e deixa a impressão de que a pessoa nunca se vai.
A mostra virtual se apresenta pela Pintura, pela Fotografia e pela Escultura e mais artistas pode ser visitados no site: Abdul Fattah Curci, Dora Bonanni, Gêiza Barreto, Jaqueline Benevento Perez, Luciane Yaweh, Maria José Lira Veras de Andrade, Maria José Oliveira, Maria Vieira, Mário Augusto Macias Fernandes, Pedro Antonio Amadeu, Rejane Melo, Sandra Rozados, Sérgio fausto Rodrigues da Conceição e Yara Delafiori. Celebrando o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, as obras podem ser vistas no site da Lótus Gallery e no canal TV Channel Network, cujos links estão logo abaixo.
Link da TV Channel Network:
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Link da Lótus Gallery:
lotusgallery.com.br/exposicao-mulher-admiravel
ROSÂNGELA VIG
Sorocaba – São Paulo
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Colunista no Site Obras de Arte
E-mail: rosangelavig@hotmail.com