Mostra ganhou ouro no International Design & Communication Awards (IDCA),
como melhor cenografia de exposição temporária
A comunicação da exposição e a cenografia do Museu do Amanhã
também foram reconhecidos com medalha de bronze na premiação,
entregue no Canadá nesta quinta-feira, 17 de novembro
“O Poeta Voador, Santos Dumont”, exposição que destaca a capacidade de inovação do inventor brasileiro, conquistou nesta quinta-feira, 17, a medalha de ouro no International Design & Communication Awards (IDCA), uma das principais premiações do mundo na área de museus. O reconhecimento na categoria Melhor Cenografia de Exposição Temporária foi anunciado durante a 17ª edição da conferência internacional “Communicating the Museum”, em Québec, no Canadá. Além de participar da premiação do IDCA, o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto, apresentou também, no encontro, as experiências de engajamento de públicos do MAR – Museu de Arte do Rio e do Museu do Amanhã.
A exposição, em cartaz no Museu do Amanhã, também foi contemplada com a medalha de bronze na categoria Melhor Comunicação de Exposição Temporária. Com linguagem audiovisual e atividades interativas, a expografia inclui protótipos das principais criações de Santos Dumont e duas réplicas em tamanho real: o avião Demoiselle, mais completo projeto do inventor, e o pioneiro 14bis. Já o Museu do Amanhã ganhou bronze com sua exposição principal, na categoria Melhor Cenografia para Exposição Permanente. Museus, galerias, fundações, bienais e centros culturais de todo o mundo participam do prêmio, com campanhas de comunicação, estratégias de posicionamento de marca, design de exposições, aplicativos e websites.
A exposição “O poeta voador, Santos Dumont” foi finalista junto com as mostras “Machinic Life”, do Museu do Futuro, em Dubai, e “ZieZo Marokko”, do Tropenmuseum Junior, em Amsterdã. Já a campanha de comunicação concorreu, na etapa final do IDCA 2016, com as estratégias de divulgação das exposições “International Pop”, do Museu de Arte da Filadélfia, e o “Van Gogh’s Bedrooms”, do Instituto de Arte de Chicago. O Museu do Amanhã, por sua vez, foi finalista do IDCA ao lado do Museu Marítimo Australiano e do Museu Canadense de Direitos Humanos.
“O Poeta Voador, Santos Dumont” tem concepção e realização da Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo, patrocínio exclusivo da Shell e apoio do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A curadoria é do designer Gringo Cardia e a consultoria científica, do biofísico e pesquisador Henrique Lins de Barros.
“Foi um desafio muito gratificante celebrar a história desse gênio que, como todos os grandes inventores, era também um poeta: um homem que imprimiu arte à ciência de fazer o homem voar”, diz Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho. “O prêmio é um reconhecimento à criatividade e à capacidade de comunicação com o público da exposição, que reaproximou Santos Dumont das novas gerações, celebrando-o como um gênio inovador que nos inspira até hoje. Com seu incansável propósito de fazer o homem voar, Santos Dumont transformou a comunicação entre os povos, alterou a relação do homem com o planeta e, numa dimensão que nos surpreende até hoje, mudou o conceito de tempo e espaço”, observa Barreto.
Além de participar da cerimônia de premiação do IDCA, em Quebec, Hugo Barreto compartilhou também, no encontro “Communicating the Museum”, as experiências de engajamento de públicos do MAR – Museu de Arte do Rio e do Museu do Amanhã. O evento é um dos mais importantes encontros de comunicação, arte e cultura do mundo, e reuniu, entre 15 e 17 de novembro, 250 profissionais de museus e instituições culturais da Europa, Américas do Norte e do Sul, Ásia e Austrália.
“É muito significativo que as ações de engajamento de públicos que estão sendo realizadas no MAR e no Museu do Amanhã já sejam vistas como referência num contexto internacional. As iniciativas de relacionamento reforçam a missão dessas instituições como espaços para interação social e troca de experiências, e encorajam a experimentação e a integração entre arte, ciência, educação e cultura”, observa Hugo Barreto. “São programas feitos com a comunidade, não só para a comunidade. É uma interação que se fortalece ainda mais ao se ter em vista a rica cultura e a história da região portuária”, completa.
Sucesso de público na Praça Mauá
“O Poeta Voador, Santos Dumont” já recebeu mais de 455 mil visitantes no Museu do Amanhã, desde abril. “Destacamos o lado poético e artístico de Santos Dumont, daí o título ‘o poeta voador’. Ele era um homem de ciências que se inspirava na arte: foram as histórias de Júlio Verne, por exemplo, que o despertaram para o sonho de voar. Mostramos que exercitar a criatividade é uma forma de impulsionar descobertas”, explica Gringo Cardia, curador da exposição. Para ele, a interatividade e a forma lúdica de exibir conceitos científicos possibilitou a comunicação tanto com o público infantil, quanto com os adultos. “As pessoas se sentem parte da história ao perceber como as criações de Santos Dumont e a evolução do voo têm impacto na vida delas até hoje”, comenta Gringo.
A exposição apresenta Santos Dumont como jovem empreendedor, que disponibilizava projetos para serem replicados, em vez de registrar patente, em uma espécie de creative commons da época. Foi um dos primeiros designers contemporâneos do país, com traços precisos, simples e funcionais; um dos brasileiros mais célebres do mundo (lançou moda em Paris, capital do mundo no início do século XX) e ícone da capacidade brasileira de fazer ciência.
O inventor é o fio condutor para um passeio pela história do voo. “Valorizamos a capacidade brasileira de inovar e de fazer ciência, motivando jovens e crianças para a atividade científica”, define o curador do Museu do Amanhã, Luiz Alberto Oliveira.
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Patrocinadora exclusiva da exposição, a Shell reconhece a contribuição transformadora de Santos Dumont para a mobilidade global. “Cento e dez anos após o voo do 14bis, dezenas de milhares de aviões cruzam os céus todos os dias graças a mentes inovadoras e corajosas como a dele”, diz o presidente da companhia no Brasil, André Araujo.
Conteúdo audiovisual e interativo
Em diálogo com a linguagem do Museu, a expografia reúne conteúdo audiovisual, atividades interativas, jogos e ambientes imersivos. Na sala principal, protótipos dos sete modelos criados por Santos Dumont – do balão Brasil ao avião Demoiselle, seu projeto mais completo, passando pelo 14bis – mostram a evolução da tecnologia desenvolvida pelo inventor. Em telas interativas, desdobram-se várias camadas de conteúdo, reunindo documentos, imagens e fotos históricas digitalizadas.
Um Demoiselle em tamanho natural está em exposição e os visitantes participam de um sorteio para experimentar a simulação de um “voo” sobre Paris e Rio de Janeiro do início do século XX, com as imagens das cidades exibidas por meio de uma edição de vídeo. O resultado da simulação pode ser acessado no YouTube: até o momento foram publicados mais de 10 mil vídeos no canal.
Um documentário sobre a trajetória de Santos Dumont ocupa a sala de cinema, enquanto na Sala O Desafio de Voar um filme passeia pelas invenções que inspiraram o poeta, desde os desenhos de Leonardo Da Vinci. De forma lúdica, o visitante descobre conceitos de física como aerodinâmica na Oficina de aviões de papel: lançados em uma pista, os aviõezinhos acionam o Jogo das Curiosidades, em que vídeos trazem informações científicas. A exposição conta também com audioguia em inglês e espanhol, para o público estrangeiro, videolibras e audiodescrição, que podem ser acessados via QRcode em cada sala expositiva.
SAIBA +
Sobre “O Poeta Voador, Santos Dumont”: A exposição tem concepção e realização da Fundação Roberto Marinho, patrocínio exclusivo da Shell e apoio do Governo Federal, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura www.frm.org.br/santosdumont
Sobre o Museu do Amanhã: O Museu do Amanhã é uma iniciativa da Prefeitura do Rio, concebido e realizado em conjunto com a Fundação Roberto Marinho, instituição ligada ao Grupo Globo, tendo o Banco Santander como Patrocinador Master. Conta ainda com a Shell como mantenedora e o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Ambiente, e do Governo Federal, por intermédio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A instituição faz parte da rede de museus da Secretaria Municipal de Cultura. O Instituto de Desenvolvimento de Gestão (IDG) é responsável pela gestão do Museu – www.museudoamanha.org.br