Exposição no Memorial revela geometria humana de Tomie Ohtake

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Já instalada no Salão Paranaguá, no primeiro andar do Memorial da Cidade, a exposição Tomie Ohtake em Curitiba – Vultos, fissuras e clareiras, abre na noite desta quarta-feira (18/07), às 19h. A mostra tem entrada franca e fica em cartaz até o dia 30 de setembro.

Composta por pinturas, gravuras e esculturas, a mostra celebra os 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil e aborda as três principais frentes de trabalho da artista considerada a “dama das artes plásticas brasileira”.

A exposição traz pinturas, primeira modalidade na arte de Tomie, gravuras desenvolvidas em serigrafia, litografia e metal e três exemplares das suas esculturas tubulares de curvas reversas, que são de finas partes de metal, que parecem pairar sobre o ambiente. As obras abrangem o período dos anos de 1970 a 2014. E englobam os três suportes que construíram o particular universo abstrato de Tomie. O texto dos curadores Carolina de Angelis e Paulo Miyada, que está exposto na parede do salão explica o processo de construção do particular universo abstrato de Tomie.

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De acordo com a curadora Carolina de Angelis, o público vai poder conferir uma pequena amostra da produção da artista nipo-brasileira. “É uma breve amostra, porque como sabemos, dos 101 anos de vida da Tomie, sessenta deles ela estava produzindo. Foi uma artista que começou com a pintura e foi alargando o seu trabalho para a gravura, para as esculturas, até chegar às esculturas em grande escala, como as obras públicas”, explica.

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Para Carolina, Tomie foi uma artista essencialmente abstrata e que teve uma pesquisa muito coerente ao longo de sua carreira. “Ela sempre prezou a gestualidade, a cor e a textura. E quando falamos do gesto, podemos pensar em geometria maleável. Não é uma geometria matemática, muito pelo contrário, é uma geometria humana, fluída, aquilo que a nossa própria mão pode fazer”, afirma.

O presidente do Instituto Tomie Ohtake e filho da artista, Ricardo Ohtake revela suas impressões sobre o trabalho de Tomie. “Tive uma relação muito próxima com a minha mãe. Entre ela, meu irmão Ruy e eu havia muito diálogo sobre o trabalho de cada um. Fico feliz em ver as obras de Tomie reunidas nesta exposição, cujo conjunto reafirma a sua independência criativa e uma produção absolutamente atemporal”, afirma.

Serviço:
Exposição Tomie Ohtake em Curitiba – Vultos, fissuras e clareiras
Abertura: 18 de julho, às 19h
Local: Memorial de Curitiba – Salão Paranaguá (1º andar) – Rua Claudino dos Santos, 79
Visitação: 9h às 12h e 13h às 18h (3ª a 6ª feira) e 9h às 15h (sábado, domingo e feriados)
Em cartaz até 30 de setembro
Entrada Franca

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