No mês das comemorações dos 150 anos da Batalha Naval do Riachuelo (11 de junho de 1865), a exposição “De Martino no Brasil” resgata a obra de um dos artistas que representou em ricos detalhes este conflito, do qual foi testemunha. A abertura é no dia 16 de junho, às 18h, no Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC.
Reunindo cerca de 50 obras, esta exibição – apresentada pelo MNBA, pelo Istituto Italiano de Cultura e pelo Museu Naval -, é uma chance de conhecer a obra de um dos maiores pintores de marinha do seu tempo. Algumas delas estão sendo expostas pela primeira vez.
A exposição “De Martino no Brasil” inclui uma rara documentação visual da Guerra da Tríplice Aliança que hoje formam um extraordinário conjunto de obras de arte, nominados Memória do Mundo pela Unesco, como parte da iconografia deste embate. Entre as telas expostas, o destaque é “Batalha Naval do Riachuelo”, representando a vitória mais importante da Marinha brasileira.
Oficial da Marinha de Guerra da Itália, Eduardo De Martino (29/5/1838-22/5/1912) resolveu dar uma guinada na sua trajetória e enveredar pela arte. Migrou para a América do Sul, tendo residido parte da sua vida no Brasil, onde se casou. Seus trabalhos alcançaram prestígio internacional, e por aqui exerceu influência na arte brasileira ao tempo da Academia Imperial de Belas Artes.
De Martino foi um artista “com grande poder de síntese e possuidor de um traço forte e preciso”, como define um dos curadores da exibição, Ivan Coelho de Sá, decano da Unirio. Hoje, suas obras integram acervos de respeitados museus brasileiros, como o MNBA, o Museu Imperial, Museu Naval, e o Museu Histórico Nacional.
Ainda novo, Eduardo de Martino manifestou inclinação pela pintura de marinha e também um vivo interesse pelo registro de acontecimentos históricos. Norteado por estas coordenadas, visitou o sangrento cenário da Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1865-1870), de onde retornou com dezenas de esboços e aquarelas; que serviram de base para suas telas.
Como explica outro curador da exposição Luciano Migiliaccio (FAU-USP), “A trajetória de Eduardo de Martino representou no Brasil o aparecimento de um tipo de artista moderno que ia adquirindo particular significado na época, devido ao seu importante papel político. A supremacia dos armamentos navais, cada vez mais relacionada aos avanços tecnológicos ao longo do século XIX, adquiriu um significado cada vez maior na competição entre as nações industrializadas para o domínio global”. E contextualizando a produção artística do artista, Migliaccio acrescenta: “As imagens criadas pelo pintor foram percebidas como elemento importante para divulgar este aspecto da politica de modernização e da politica exterior do governo imperial”.
Combate Naval do Riachuelo. Eduardo De Martino.
Serviço:
Exposição “De Martino no Brasil”
Abertura: dia 16 de junho, às 18h, para convidados.
Período: de 17 de junho até 20 de setembro.
Visitação: terça/sexta de 10h às 18h; sábado, domingo e feriado de 12h às 17h.
MNBA: Avenida Rio Branco, 199 – Cinelândia
Ingresso: R$ 8,00 inteira, R$ 4,00 meia e ingresso família (para até 4 membros de uma mesma família) a R$ 8,00. Grátis aos domingos.
Tel: (21) 3299-0600 – Metrô Cinelândia
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Passagem de Tonelero. Eduardo De Martino.
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