Você também pode ouvir esse artigo na voz da própria Artista Plástica Rosângela Vig:
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.O bicho, meu Deus, era um homem.
(BANDEIRA, 2008, p.119)
A natureza foi generosa com nosso imenso país. Há tanto o que se dizer das praias e das paisagens exuberantes, com flora e fauna diversificadas. Há tanto o que se dizer de nosso animado carnaval, de nosso povo acolhedor e feliz. Ao mesmo tempo, há muito o que se envergonhar a respeito das questões sociais e políticas que afligem nosso Brasil. Encabeçam a lista de problemas, as áreas da saúde, da segurança, da educação e, como se não bastasse, ainda há os desmandos e desvios de dinheiro dos impostos para a corrupção, em prol daqueles cuja única função deveria ser a de cuidar bem, do bem que é de todos.
Pode ser que a ética esteja ausente, pode ser que faltem escrúpulos e, mais que isso, pode ser que faltem governantes cuja única ambição seja tornar o Brasil, um país melhor para nós, para nossos filhos e netos e, mais que isso, falta ainda a pretensão de se deixar uma linda história para a posteridade, da qual se possa orgulhar um dia.
Movida por esse pensamento, a comissão de Direito às Artes da OAB de São Paulo está à frente de uma nova exposição. Com a coordenação da Dra. Cíndia Regina Moraca e sob a curadoria da Dra. Sandra Maria Honorato da Silva, a mostra será exibida na sede da OAB, na rua Afonso Celso, 1200, no bairro da Saúde, em São Paulo, com abertura marcada para o dia 9 de agosto, às 18 horas.
De renome internacional, os 25 artistas, seguem a temática da exposição, cada qual com sua linguagem e com sua forma de expressão, deixando claro suas reflexões sobre a cidadania, o respeito e a justiça no país. A mostra ainda celebra os 85 anos da OAB de São Paulo e homenageia o Dia do Advogado, comemorado no dia 11 de agosto.
Para um Brasil mais justo que tanto queremos, ainda há que se trilhar. A Educação e a Cultura fazem parte desse caminho, porque a elas cabe o papel de promover e de suscitar emoções no observador, despertando para a tomada de consciência.
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Referências:
- BANDEIRA, Manuel. Bandeira de Bolso. Rio de Janeiro: L & PM Pocket, 2008.
ROSÂNGELA VIG
Sorocaba – São Paulo
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Colunista no Site Obras de Arte
E-mail: rosangelavig@hotmail.com