Evento gratuito oferece aulas de danças angolanas e brasileiras no CEU Heliópolis

O coletivo Kizomba Yetu irá realizar aulas de danças angolanas e brasileiras, como um workshop alusivo ao mês da Mulher, onde irão abordar a História da Rainha Nzinga – símbolo de resistência ao colonialismo português em Angola, uma mulher de muita garra, força, atitude, articuladora e muito mais, além de ter uma aula básica de samba no pé

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São Paulo, março de 2022 – Para comemorar o mês da mulher, o coletivo Kizomba Yetu irá realizar uma atividade especial. No dia 30 de março, às 19h, será promovida uma aula de dança angolana no CEU Heliópolis, com Vanessa Dias, coordenadora do projeto e brasileira que se destaca quando o assunto é Afro House/Kuduro, também participarão do evento a Iza Sousa e o angolano Gilson Manuel. Essa iniciativa também tem como principal objetivo levar mais informação de qualidade para um novo público, além de criar uma oportunidade para que as pessoas tenham acesso a outra cultura, em busca de uma maior diversidade.

De acordo com Vanessa Dias, idealizadora e coordenadora do projeto, pesquisadora das danças africanas desde 2016, o projeto é uma forma direta de levar não só a dança, mas toda história que há por trás dela. “Queremos promover a diversidade cultural, divulgar e orientar o público brasileiro quanto às danças angolanas (Kizomba, Semba, Afro House/Kuduro), assim como trabalhar a nossa própria cultura e danças brasileiras (Samba no pé, Forró, Carimbo e Funk), desmistificando alguns paradigmas sociais e culturais das danças angolanas e brasileiras, explicando o que elas têm em comum (Kizomba e Forró, Semba e Samba, Afro House/Kuduro e Funk)”, explica.

Ainda de acordo com ela, a ideia é levar a cultura ao forte impacto que ela tem sobre a vida das pessoas – não é só sobre a dança e sim sobre a forma de ser e estar. “Iremos trabalhar a essência e a raiz, evidenciando a ligação entre os ritmos e danças brasileiras e angolanas, além de colaborar para que esses conhecimentos sejam propagados da melhor forma possível sem a descaracterização dos mesmos, pois a cultura angolana/africana está presente em nosso dia a dia, e é de extrema importância que o brasileiro tenha acesso a esse conhecimento”, complementa vanessa.

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Cultura angolana forte no Brasil

A cultura angolana de alguns anos para cá tomou o mundo e não seria diferente no Brasil, a imigração trouxe essa cultura da dança/música e, de fato, o trabalho sociocultural aproxima não só os brasileiros, mas os angolanos de sua terra natal. “Temos como propósito divulgar e propagar os ritmos brasileiros e angolanos fortalecendo, respeitando e cultivando as origens e laços culturais e, a nossa maior intenção, é trazer a importância da cultura como potência econômica e ferramenta de transformação social, proporcionando através da dança uma experiência única, com alegria, saúde física e mental num ambiente familiar e acessível a todos”, explica Vanessa.

“Nas rodas de conversas e atividades de danças, iremos abordar e trazer assuntos sobre a história cultural entre os dois países, além de abordarmos o tema sobre o preconceito, a luta e liberdade de expressão cultural. Pois o samba já foi motivo para uma pessoa ser presa aqui no Brasil e o Semba ocupou um espaço decisivo na luta pela Independência de Angola. O Brasil foi o primeiro país a reconhecer a Independência angolana”, conta.

O Coletivo se tornou referência, um grupo de tradição na cidade de São Paulo, com um trabalho sério, impactando de forma positiva a vida de angolanos/africanos, imigrantes no geral e brasileiros, independente da condição social, onde a cidade de São Paulo passou a conhecer um pedaço da Angola, através da arte, bens culturais, dança e entretenimento, promovendo um rico Intercâmbio Cultural entre Angola & Brasil.

Informações do evento

Aula gratuita de danças angolanas

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Data: 30 de março

Horário: 19h

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Local: CEU Heliópolis – Na sala multiuso. Aberto a todos a partir de 13 anos

Informações: Para se inscrever nas aulas /oficinas é necessário ter a carteirinha do CEU.

Para fazer a carteirinha/Documentos necessários: Xerox RG, CPF, Comprovante de residência e 1 foto 3×4. A Carteirinha é feita de segunda a sexta-feira das 8h às 20h no prédio da gestão. Todas as atividades são gratuitas.

Contato para mais informações: Kizomba Yetu – (11) 98592-8610

Sobre o Kizomba Yetu

O coletivo “KIZOMBA YETU” termo que vem de uma das línguas nacionais angolanas – o “Kimbundu” que pode ser traduzido como “A Nossa Festa”, – realiza manifestações socioculturais, na capital de São Paulo. O principal objetivo é promover a cultura e as danças angolanas através de aulas de Kizomba, Semba, Kuduro, entre outras. O coletivo existe desde agosto de 2018. É formado por brasileiros, angolanos, guineense e francesa, residentes em São Paulo, onde realiza-se atividades de intercâmbio cultural. Em 2019, o coletivo foi contemplado pela Secretaria Municipal de Cultura no programa VAI 1 (Valorização de Iniciativas Culturais) para realização do projeto denominado “Intercâmbio Cultural Brasil & Angola”. Foram realizados vários Workshops de Danças Angolanas, nas Casas de Cultura e Centros Culturais de São Paulo, com entrada gratuita. Desde a inauguração do KIZOMBA YETU já foram realizadas uma média de 60 eventos e neles passaram mais de 2.000 alunos, atuamos em diversas regiões de São Paulo, como: Sé, Brás, República, Bela Vista, Jabaquara, Freguesia do Ó, Jardim Peri Alto, Sacomã/Ipiranga e na Avenida Paulista, além de participação em outros eventos culturais.

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