Nos últimos 32 anos, LaMinillo construiu o seu percurso em busca de uma identidade plastico-visual, se afirmando – como citou uma historiadora da Universidade de Buenos Ayres, no Jornal Arte e Critica da ABCA – “A mais virtuosa interprete de Marcel Duchamp no Brasil, e a única representante do Desconstrutivismo Abstrato em solo sul americano”.
Percurso este que começou na verdade no ano de 1980, ao ingressar na FAAP, a artista explora durante mais de 15 anos quase todos os domínios das artes visuais: da gravura à pintura, passando pela fotografia, cenografia, pintura mural, ilustração e publicidade, com um importante parêntese como estilista (curso realizado no SENAC final dos anos 80).
Como bem cita Nöel Coret (…) A variedade de suportes e de técnicas revela uma virtuose sabendo brincar com todos os materiais com uma facilidade desconcertante. (…) Mas é através da pintura que a artista se revela por inteiro.
Partindo do hiper-realismo, explorado a exaustão por um período de aproximadamente 10 anos, a artista caminha em busca de sua própria abstração.
Desta abstração do início dos anos 90 ao desconstrutivismo dos últimos dez anos o caminho foi longo e a figuração sempre se fez presente – como cita o crítico de arte francês JP Gavard Perret – (…) a sua maneira mesma, laMinillo trabalha tal qual um alquimista, sua obra discretamente sensual e lírica, quase Romântica, a sua maneira mesma, seus personagens são mais andróides que humanos, a artista desnuda os corpos, mas longe de qualquer strip-tease a artista se mostra como um verdadeiro « abstracteur de quintessence » cultivando como diz Baudelaire “um santo horror da trivialidade positiva”, ela nos propõe uma grande meditação sobre o destino da arte.
A artista, que já participou de diversas exposições na França, na China, por duas vezes no Japão, na Rússia, e na Arábia Saudita, entre tantas outras; LaMinillo é a única brasileira – após Victor Brecheret, precisamente 85 anos depois deste – a ser premiada no Salon d’Automne de Paris, sendo a única artista brasileira a receber o – Prêmio de Pintura – deste Salon, bem como a única artista na história do Salon a ser premiada 3 vezes: em 2008, 2010 e 2015.
Entrevista
Onde você nasceu?
Nasci em São Paulo, de família 100% Italiana por parte de mãe e pai. Portanto me considero antes de mais nada Italiana.
E qual sua formação acadêmica?
Sou graduada em Artes Plásticas, pela FAAP.
Como e quando se dá o seu primeiro contato com as Artes?
Desde a infância. Minha primeira pintura em óleo sobre tela ainda a tenho foi pintada quando eu tinha 16 anos de idade.
Como surgiu ou você descobriu este dom?
Não sei, sempre desenhei.
Quais são suas principais influências?
Já passei por muitas, mas sem dúvida alguma é Michel Foucaut enquanto pensamento.
Quais os materiais que você utiliza em suas obras?
Principalmente Óleo sobre tela. Mas transito por outras. Aquarelas e desenhos são sempre meios de estudo. Com o tridimensional, sobretudo a madeira.
Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?
Tudo e nada me inspira. Mas, o trabalho sempre começa pelo pensamento. O que me faz agir são minhas dúvidas e questionamentos. Talvez aquilo que mais provoque em mim a necessidade de me expressar por meio da arte seja a literatura mesmo.
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Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?
Profissionalmente, em 1984 vendi minha primeira obra. 32 anos se passaram desde então, e eu nunca mais parei!
A arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na historia da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?
Não sigo a moda, nenhuma escola, nem me espelho em outros artistas. Meu trabalho anterior, que surgiu de uma pesquisa que começou em 1990, permeou a minha produção até 2014. Desencadeou um estudo e consequentemente uma desconstrução da obra pictórica de Marcel Duchamp.
O que a arte representa para você? Se você fosse resumir em poucas palavras o significado das Artes na sua vida…
Arte é minha vida. Absolutamente tudo que vejo é com meu olhar de artista.
Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte).
Como disse anteriormente: Principalmente Óleo sobre tela. Mas transito por outras técnicas. Aquarelas e desenhos são sempre meios de estudo. Com o tridimensional, sobretudo a madeira.
Todo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou, que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?
Meus mestres. Para citar alguns: Nicolas Vlavianos, Carmem Aranha, Walter Zanini, foram especialmente importantes na minha formação acadêmica. Walter Zanini me deu o melhor conselho de vida: Você deve viajar e degustar o mundo!
Você tem outra atividade além da arte? Você dá aulas, palestras, etc.?
O Salão de Outono da América Latina, criado aqui no Brasil por mim e meu companheiro Claude, que começou a ser esboçado em 2009, nasceu com sua primeira edição em 2013, este trabalho toma quase seis meses de meu ano de trabalho, entre a pré-produção e a entrega das obras, pois acompanhamos tudo pessoalmente em cada etapa.
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Suas principais exposições nacionais e internacionais e suas premiações?
Principal Exposição Individual:
2012 – Exposição «Le Secret caché sous les voiles de Salomé» / Maison de l’Amérique Latine de Mônaco – Monte Carlo
Prêmios e distinções mais importantes:
2015 – Prêmio de Pintura “J.F.TECUCIANU” – Salon d’Automne de Paris 2015
2015 – Artista convidada na 16° Art Actuel France – Japon no novo Museu Nacional de Tóquio (Japão)
2014 – Convidada de Honra na 3°Bienal de Arte e Cultura do Cairo – Egito
2014 – Artista convidada na 14° Art Actuel France – Japon no novo Museu Nacional de Tóquio (Japão)
2012 – Artista convidada na 13° Art Actuel France – Japon no novo Museu Nacional de Tóquio (Japão)
2011 – Convidada especial pela rede de televisão Al Jazeera para o Simpósio sobre a Liberdade, em Doha (Qatar) As duas obras realizadas nesta ocasião receberam Menção Honrosa e foram adquiridas pela rede Al Jazeera.
2011 – Menção Honrosa – 2°Bienal de Arte e Cultura do Cairo – Egito
2010 – Prêmio de Pintura “GÉANT DES BEAUX ARTS”- Salon d’Automne de PARIS – França
2010 – Menção Honrosa – Semana do Salão de Outono em Riyad – Arábia Saudita
2009 – Menção Honrosa – 1° Bienal de Arte e Cultura do Cairo – Egito
2008 – 1°Prêmo de Pintura – “P.CAZEAU- J.F.TECUCIANU” – Salon d’Automne de PARIS – França
Seus planos para o futuro.
Seguir meu caminho até quando me for permitido!
*Ano que vem completo 40 anos de pintura, e meu maior desejo seria comemorar, se não estes 40 anos, os últimos 25. Pois neste período é que considero ter verdadeiramente começado a trilhar meu caminho, em busca de minha verdadeira essência!!
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EDMUNDO CAVALCANTI
São Paulo – Brasil
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Colunista no Site Obras de Arte
E-mail: cavalcanti.edmundo@gmail.com