Andar dedicado ao estado tem obras do artista plástico baiano
Ao chegar ao oitavo andar do Hotel Pestana São Paulo o hóspede tem uma imersão diferente do cenário típico de um hotel. Os corredores têm traços marcantes da Bahia feitos pelo artista plástico Elano Passos e que este ano ganharam um complemento especial, com obras exclusivas do artista nos quartos. “Chamei essa intervenção de Quartos Cantos da Bahia, onde trago em cada apartamento a experiência de vivenciar a percepção de um baiano sobre a sua terra”, conta Elano. São detalhes feitos à mão em diferentes tipos de material, como paredes, telas e madeira.
Dois quartos são especiais, onde o artista fez simulações da realidade em proporções reais, trazendo a arte de Elano, com seu traço marcante e essencial, gerando a sensação de um ambiente imaginário, interativo, quase tátil. “Quis gerar uma experiência imersiva e, por quê não, interativa, onde o hóspede pode deitar na cama e ver da janela o Pelourinho ou o Elevador Lacerda”, conta. Dentro do seu processo criativo, a arte vai direto da mente do artista para a tela.
Entre o que os visitantes vão encontrar nos quartos do Hotel Pestana São Paulo estão baianas, pontos turísticos, como Farol da Barra e o ritmo da Bahia, através dos seus tambores. Quando chegar, o hóspede pode pedir para ficar no andar com as obras de Elano Passos e, assim, ter um pouco da Bahia em São Paulo.
Sobre Elano Passos – Elano Passos é traço e essência. Um artista plástico que não para de criar. Através da singularidade de seu desenho traz o cotidiano, lugares, pessoas e lembranças, como forma de respiro. Seu traço marcante traz vida e movimento a diferentes elementos, com a pureza das formas e com acabamentos fiéis à realidade. Sensível, preciso, criativo, sua identidade artística é um abraço para quem vê. E quem vê Elano, o encontra em diferentes formatos. Seja em telas, paredes, porcelana, madeira ou nas ilustrações em papel, o artista já está presente em todo o Brasil.
As criações de Elano nascem da sua mente inquieta e da vontade de levar a sua arte para diferentes tipos de espaços e tamanhos. “Faço o mínimo possível para revelar o que eu quero. Ouço histórias, estudo e traduzo os sentimentos no meu desenho”, conta o artista que iniciou a carreira em 2016. Seus personagens não têm cabelos, mãos ou pés definidos, mas quem olha, enxerga movimento, porque Elano dialoga com o que é fundamental. Todo o processo que realiza é manual, o que garante desenhos exclusivos em cada obra.
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Do início, com nanquim, e hoje utilizando diferentes elementos, uma coisa é certa: tudo pode virar uma ideia para gerar textura. Isso pode ser visto também em alguns desenhos, onde ele usa o café como elemento da sua arte. “Durante uma pintura caiu um pouco de café na tela e eu resolvi assumir trazendo-o como parte do desenho. Hoje utilizo o café em alguns projetos”, conta. O artista também tem buscado cada vez mais utilizar materiais e processos sustentáveis em suas obras, sejam nas tintas, telas, papéis e acabamentos.
Para Elano, a arte faz do mundo um lugar melhor e ele leva isso para seus desenhos. Seus traços limpos, singulares e conscientes traduzem a vida, em forma de locais ou histórias com uma precisão poética. Faz questão de dizer: “sou baiano e meu berço é a Bahia”, porém sua arte se expande, interpreta e customiza a partir de histórias e inspirações dos quatro cantos do mundo. Além da tinta preta no papel branco, também descobriu o sentido inverso, com traços brancos na tela preta e assim trazendo mais volume e versatilidade ao seu trabalho. Outra marca da sua identidade artística são as tramas, que servem como preenchimento. É um conjunto de quatro traços em quatro sentidos que compõem os seus projetos como encontros.