*Ariane Marta
Com o cenário de pandemia que estamos vivendo nos últimos meses, empresas e setores que estão associados a tecnologia ganharam ainda mais força e confiança dos consumidores. Um exemplo disso, é o mercado de e-commerce que já vinha crescendo nos últimos anos e, com a exigência do isolamento social, acelerou ainda mais este processo. Para se ter ideia, no Brasil o setor cresceu 47%, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Konduto.
A opção de delivery, que muitas empresas adotaram com o intuito de oferecer um serviço virtual, se tornou o único meio possível de manter os negócios em funcionamento em meio a crise do coronavírus. Neste cenário, os clientes também contribuíram para a aceleração do mundo online, já que mudaram a forma de consumir serviços e produtos e passaram a prezar pela segurança em não ter contato com o vírus, além da praticidade e conforto.
Mesmo com tantas vantagens, trabalhar com o e-commerce também requer cuidados e estratégias específicas – assim como qualquer outro negócio. Apesar da facilidade de realizar uma venda online, quem tem uma vitrine virtual enfrenta grandes desafios, como definir a precificação, contratar estratégias de marketing digital, fazer a gestão dos processos da loja virtual, separar os produtos, levar ao correio, além de emitir nota fiscal. São muitos processos que precisam de atenção.
Durante pandemia, a parte de logística e estoque também é outro fator bem complicado, pois tudo está sendo disputado agora. Por isso, um erro comum que muitos consumidores podem notar nesse momento são grandes e até pequenas lojas de e-commerce anunciando produtos, mas tendo que ressarcir o consumidor porque o estoque acabou. Além da gestão e logística, deve-se levar em conta uma reserva de verba para fazer uma divulgação diferenciada da loja para atrair e chamar a atenção dos consumidores de forma diferenciada, pensando na questão da concorrência.
Segurança e bom atendimento é essencial em um mundo digital
Da mesma forma que o empreendedor tem em mente que é preciso investir em uma loja física, também é necessário investir esforços para manter uma loja virtual – muito necessária para a vida de um negócio durante e após a pandemia. Nesse sentido, a segurança, que já era fundamental, tornou-se ainda mais importante quando o assunto é um mundo digital. Por isso, para montar um bom e-commerce tem que apostar em uma plataforma segura, para o site não ficar passando por oscilações, pois não há nada pior você querer comprar um produto e o site estar fora do ar. Além disso, a experiência do consumidor conta tanto quanto o atendimento em uma loja física.
Portanto, seguindo o perfil dos consumidores com a chegada do convid-19, já é possível compreender que a tendência para os próximos anos é que o e-commerce cresça cada dia mais. Assim como escolhemos um ambiente para abrir nosso negócio e estudamos todo o cenário, essas lojas também precisam de uma avaliação e um plano de negócio específico. Por isso, aconselho para quem deseja empreender com a ajuda da tecnologia a estudar o produto e mercado e pensar em bons parceiros, não só na área de contabilidade, mas também quando se fala em marketing digital e tecnologia.
*Ariane Marta é contadora e Diretora da Brascont Contabilidade