Dennis Esteves – “Traduzindo suas emoções”, por Edmundo Cavalcanti

Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
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1- Onde você nasceu? E qual sua formação acadêmica?

Nasci em Santo André, ABC paulista e sou autodidata.

2- Como e quando se dá o seu primeiro contato com as Artes?

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Eu nasci em uma família onde a arte fazia parte do dia a dia. Minha mãe é coreógrafa, e comanda uma escola de ballet a 45 anos… ela é muito criativa e tem certa habilidade para o desenho pois ela mesma faz todos os croquis de figurinos para as suas apresentações, e meu pai apesar de ter morrido quando eu tinha apenas 3 anos de idade me deixou a herança genética para o desenho e a música.

3- Como surgiu ou você descobriu este dom?

Minha mãe sempre me incentivou a desenhar me dando materiais… ela foi quem descobriu o meu talento rsss.

Dennis Esteves é Artista Plástico.
Dennis Esteves é Artista Plástico.

4- Quais são suas principais influências?

No final dos anos oitenta eu queria muito fazer animação, pois sempre fui um aficionado pela arte em movimento, suas fantasias, alegrias, e ironias. Em 1989 minha mãe me deu de presente um livro de retrospectiva da carreira do cartunista Ziraldo onde eu encontrei verdadeiras obras de arte e uma excepcional habilidade no trabalho com as cores. Assim, posso dizer que o primeiro artista que me inspirou foi o Ziraldo. Mais ou menos nessa mesma época eu conheci o artista Adélio Sarro, e tive a oportunidade de frequentar seu atelier, onde eu desenvolvi uma técnica que é uma continuação da técnica que ele utiliza. Essas são as duas principais vertentes que inspiraram minha construção técnica e temática.

5- Quais os materiais que você utiliza em suas obras?

Óleo sobre tela.

6- Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?

O que me inspira são as cenas alegres da vida… tudo que é bom.

7- Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?

Minha primeira exposição foi em 1990 quando eu tinha quatorze anos e realizei minhas primeiras vendas, depois disso fiz algumas exposições esporádicas, e comecei a me dedicar integralmente à pintura em 1997.

8- A arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na historia da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?

Eu me considero discípulo da técnica do Sarro, porém com uma temática e identidade própria. Ao longo de minha carreira recebi muitas influências, desde o Modernismo à Pop Art, trafegando por nomes como Picasso, Milton da Costa, Ziraldo, Cândido Portinari, Mondrian, Sarro, Roy Liechtenstein, e Jasper Jones. Inclusive acho que o artista sempre deve estar aberto à novas referências e este ciclo é necessário para atingir a maturidade.

9- O que a arte representa para você? Se você fosse resumir em poucas palavras o significado das Artes na sua vida…

A arte é uma forma de traduzir minhas emoções.

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10- Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte).

Eu já fui bailarino e professor de sapateado americano premiado nos principais festivais de dança do país, e também tenho cerca de 100 composições musicais, porém atualmente as artes visuais são minhas principais ferramentas de expressão.

11- Todo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou, que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?

Foi o Sarro. Ele abriu as portas de seu atelier quando eu era um menino, me mostrou como bater as asas, e eu voei.

12- Você tem outra atividade além da arte? Você dá aulas, palestras etc.?

Não.

13- Suas principais exposições nacionais e internacionais e suas premiações? (Mencione as 5 mais recentes).

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Nunca submeti minha arte a competições… eu odeio isso, e por isso não tenho nenhuma premiação, porém recentemente recebi uma premiação de Companheiro Paul Harris da Fundação Rotária Internacional pela contribuição com a minha arte no desenvolvimento da minha cidade de Vinhedo, e conhecendo esta entidade e as importantes ações realizadas em prol da sociedade isso foi motivo de muito orgulho.

Ao longo dos meus 29 anos de exposições foram mais de uma centena de exposições realizadas no Brasil e em países como a Suíça, França, Espanha, Portugal, Itália, Inglaterra, Escócia e Estados Unidos… fica difícil enumerar as mais importantes, mas talvez as mais expressivas foram no MUBE em São Paulo, e no Museu da GLDF em Paris.

14- Seus planos para o futuro?

Penetrar com eficiência o Mercado de Artes Americano.

15- Em sua opinião qual é o futuro da arte brasileira e dos seus artistas? (no contexto geral) e porque tantos artistas estão dando preferência em mostrar seus trabalhos em exposições internacionais apesar dos altos custos?

“O futuro da arte Brasileira é muito promissor. Nós temos uma identidade própria, muita criatividade e sabemos muito bem improvisar. O fato dos artistas buscarem exposições internacionais posso falar por mim que acredito que estas exposições internacionais trazem maior visibilidade, experiência, e oportunidades, e também acredito que o artista é um ser do mundo todo.”

16- Tenho percebido que algumas galerias tradicionais estão encerrando as atividades. Os artistas estão dando preferência para expor em Espaços Culturais. Em sua opinião qual seria a causa?

“As pessoas estão muito espertas, e a maioria das galerias está parada no tempo com seus acervos encalhados empoeirados, precisam ser mais rápidos e focar em menos artistas no acervo em minha opinião… Com as mídias sociais só não encontra o artista quem não quiser. As galerias precisam se reinventar e fazer parcerias sólidas e colaborativas com os artistas, e os artistas precisam ter ética e compromisso com os galeristas… acho que hoje em dia é muito cada um por si, e falta um pouco do vamos ganhar juntos, ao invés do vou ganhar em cima dele. Acredito que Galeria precisa de artista e artista precisa de galeria.”

Website: www.atelierdesteves.com

Facebook: www.facebook.com/atelierdesteves

Instagram: @destevesartes

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EDMUNDO CAVALCANTI
São Paulo – Brasil
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Colunista no Site Obras de Arte
E-mail: cavalcanti.edmundo@gmail.com

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