Denise Milan apresenta exposição individual na Galeria Lume

Entre os dias 22 e 26 de novembro, DAN Galeria apresentará nos Emirados Árabes trabalhos de artistas contemporâneos de destaque como Lygia Clark, Jesús Soto, Denise Milan, Franz Weismann e Elizabeth Dorazio

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De 22 a 26 de novembro, a 15ª Abu Dhabi Art reunirá 92 galerias locais e internacionais e pela primeira vez na trajetória da feira dos Emirados Árabes receberá instituições da América do Sul.

Em sua participação inédita, a DAN Galeria apresentará uma seleção de contemporâneos composta por Lygia Clark, Jesus Soto, Denise Milan, Franz Weissmann e Elizabeth Dorazio.

Um dos nomes mais relevantes da arte contemporânea, Lygia Clark também é reconhecida como uma das mais importantes artistas entre a transição do moderno e do contemporâneo no Brasil. Seu trabalho é citado sempre que se fala sobre quebra de paradigmas. Iniciou sua carreira na pintura e progressivamente a substituiu por objetos tridimensionais, com experiências sensoriais, realizando obras interativas.

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A curadoria traz artistas representantes de técnicas variadas, como o venezuelano Jesús Soto, considerado um dos percussores da arte cinética e particularmente famoso pelos seus “penetráveis”, esculturas em que as pessoas podem passear e interagir. A investigação de Soto sobre temas como mobilidade, vibração e dinâmica estará no estande da DAN Galeria com obras como “Noir” e “Varios violetas”.

A arte brasileira está representada em diferentes e marcantes dimensões. Denise Milan, pioneira do movimento Arte Pública no Brasil, usa a pedra como eixo criativo, executando obras nas áreas de arte pública, performance urbana, escultura, artes cênicas, ópera, poesia, impressão, vídeo-arte, arte multimídia. A série “Códigos Quartzos” estará em exibição na feira Abu Dhabi Art.

Uma das principais referências brasileiras na escultura, Franz Weissmann trabalha a composição de figuras maciças, passando a recriá-las em linguagem abstrata, como na série “Coluna Neoconcreta”. Weissmann foi influenciado pelos trabalhos escultóricos de Rodin, Brancusi e Henry Moore. Participou com o pintor Alberto da Veiga Guignard, da constituição da primeira escola de arte moderna da cidade de Belo Horizonte, a Escola Municipal de Belas Artes.

A seleção da DAN Galeria traz diversas culturas visuais e técnicas populares, como as produções de Elizabeth Dorazio, artista natural de Minas Gerais, que trabalha entre o Brasil, Emirados Árabes e Alemanha. Com desenhos, colagens e instalações, ela investiga os mistérios das relações humanas com a natureza e com o cosmos, sendo esta, a essência do seu trabalho.

Sobre Denise Milan

Denise Milan nasceu em São Paulo, 1954. Escultora e artista contemporânea em diferentes mídias, trabalha também com especialistas em ciência e tecnologia, antropologia, filosofia, literatura, música tem obras e instalações expostas em várias instituições e espaços nacionais e internacionais. Ela usa a pedra como seu eixo criativo, executa obras nas áreas de arte pública, performance urbana, escultura, artes cênicas, ópera, poesia, impressão, vídeo-arte e arte multimídia.

Pioneira do movimento Arte Pública no Brasil é ativista na sua difusão em seu país e internacionalmente. No Brasil, realizou obras nas quais incluiu performance :U Ura Muta Uê em (Belém, Pará), Redenção do Pelourinho (Salvador, Bahia), Sectiones Mundi (São Paulo, Museu

de Arte Moderna), Entes (São Paulo, SESC), no Améfrica (Brasília, CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil). As esculturas públicas em São Paulo são: Drusa (Anhangabaú); Ventre da Vida (metrô Clínicas); Um Furo no Espaço (Museu de Arte Contemporânea); Palas Atenas (Campus da USP); Tempos de Cura (Hospital Albert Einstein) e Planitude (Instituto Fleury), Pedra Brasilis (Natura).

Sobre Elizabeth Dorazio

A artista nasceu e cresceu em Araguari, no interior do Brasil. Trabalha entre o Brasil, os Emirados Árabes Unidos e a Alemanha. Seu trabalho atual explora diversas culturas visuais e técnicas populares.

Elizabeth Dorazio estudou Artes Visuais na Fundação Escola Guignard em Belo Horizonte e história da arte com Rodrigo Naves, um dos principais professores e críticos de arte brasileiros. Se especializou em técnicas antigas italianas no Instituto de Arte e Restauração (Istituto per L’Arte e il Ristauro) em Florença, Itália. Posteriormente, estudou na Abendschule,Staedelschule na Alemanha.

Os trabalhos de Elizabeth Dorazio focam diversas mídias e instalações. Seu longo percurso artístico aponta para uma fascinação pela instabilidade, por superfícies mutantes, o cósmico, o orgânico, o celular e a pele.

Enquanto se mantém fiel a um certo classicismo técnico (desenho, gravura, o uso da têmpera etc.), também se utiliza de materiais pouco convencionais (fragmentos de raio x, a palha da Índia e diversos objetos). Seus trabalhos são elaborados ao longo do processo; em sua recepção, eles aparentam interativos. A artista já exerceu suas habilidades de curadoria nas exposições Existenzielle Korrespondenzen (Frankfurt/São Paulo,2016), Blue Connection (Frankfurt/São Paulo/Sorocaba, 2010-11) e Schweizer 9(Frankfurt, 2008).

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Sobre Lygia Clark

Pintora e escultora, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1947 e iniciou aprendizado artístico com Burle Marx. Em 1952 viajou para Paris, onde estudou com Léger, Arpad Szenes e Dobrinsky. Expôs no Institut Endoplastique de Paris e no Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro.

Em 1954 integrou o Grupo Frente. Entre 1954 e 1958 realizou as séries Superfícies Moduladas e Contra-Relevos, sendo uma das fundadoras do Neoconcretismo, em 1959. Substituiu progressivamente a pintura pelos objetos tridimensionais e pelas experiências sensoriais, realizando obras interativas como as da série Bichos, de 1960.

Sobre Jesús Soto

Jesús Rafael Soto nasceu em 1923 na Ciudad Bolívar, Venezuela e faleceu em 2005, Paris. Escultor e pintor. Em sua adolescência, trabalhou como artista comercial, pintando posters para teatros locais. Em 1942, ganhou uma bolsa para estudar na Escola de Artes Plásticas de Caracas, onde conheceu Carlos Cruz-Díez e Alejandro Otero. Por conta de um contato com uma pintura cubista de Georges Braque, ficou interessado em formas geométricas de expressão.

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Por volta de 1951, o venezuelano começou a expor obras que envolviam um elemento de vibração, através da repetição dos elementos formais. Para ele, o uso da repetição era uma maneira de se libertar dos conceitos formais da arte tradicional, que estava ligada à arte figurativa. Ele achava que a verdadeira arte abstrata só poderia se transfigurar com a performance do movimento. Nas repetições ópticas, desenvolveu trabalhos em alto relevo, que lhe renderam o status de pintor e escultor.

Sobre Franz Weissmann

Divergindo dos métodos de ensino da Escola Nacional de Belas Artes, Franz Weissmann, troca a academia pelo ateliê do escultor polonês August Zamoyski, onde permaneceu entre 1942

e 1944. Em 1945, morando em Belo Horizonte e influenciado pelos trabalhos escultóricos de Rodin, Brancusi e Henry Moore, Weissmann explora a composição de figuras maciças, passando a recriá-las em linguagem abstrata.

A potência de tais incursões no volume e na forma essenciais atualizam-se na obra Cubo Vazado (1951), que Weissmann submete à seleção da 1a Bienal de São Paulo. Já circunscrita no Concretismo, o rigor estrutural e as sugestões volumétricas sutis, mas bem definidas de Cubo Vazado desvelam o que Franz Weissmann chama de “vazio ativo”, que pode ser compreendido como presentificasão do espaço pela vibração entre matéria e vazio que, numa relação dialética, afirmam-se mutuamente na oposição harmoniosa.

Sobre a Dan Galeria 

A Dan Galeria foi fundada em 1972, em São Paulo, por Gláucia e Peter Cohn. Nos primeiros anos de atividade, a galeria concentrou-se na arte moderna brasileira, apresentando obras de importantes artistas do movimento modernista de 1920, tais como Di Cavalcanti, Antonio Gomide, Ismael Nery, Tarsila do Amaral entre outros.

Ainda nos primeiros anos de funcionamento, artistas como Alfredo Volpi, Cícero Dias, Antonio Bandeira e Yolanda Mohalyi foram incorporados ao grupo representado pela galeria que, ao longo das últimas décadas, expandiu-se também para a produção internacional e para a arte contemporânea.

O departamento de arte contemporânea foi criado em 1985 por Flávio Cohn, filho do casal fundador. Posteriormente, seu irmão Ulisses Cohn também se associou ao quadro de direção da Dan. Juntando pesquisa histórica e sintonia com o mercado internacional, nos últimos vinte anos a galeria exibiu obras de Lygia Clark, Lothar Charoux, Luiz Sacilotto, Gonçalo Ivo, Ascânio MMM, Macaparana, Sérgio Fingermann e artistas internacionais como Sol LeWitt, Antoni Tapies, Jesus Soto, Cesar Paternosto, Eduardo Stupía, Adolfo Estrada, Knopp Ferro, Ian Davenport, Max Bill, Joseph Albers, além dos britânicos Tony Cragg, Kenneth Martin e Mary Martin.

A Dan Galeria incluiu mais recentemente em sua seleção, importantes artistas concretos: Francisco Sobrino, François Morellet e Getúlio Alviani, bem como os artistas geométricos abstratos históricos: Sandu Darié, Salvador Corratgé, Wilfredo Arcay e Dolores Soldevilla, só para mencionar alguns dos cubanos do grupo Los Once (The Eleven).

O fotógrafo brasileiro Cristiano Mascaro; os artistas José Spaniol e Teodoro Dias (Brasil); os internacionais, Tony Cragg (G. Bretanha), Lab [AU] (Bélgica) e Jong Oh (Coréia), se juntaram ao departamento de Arte Contemporânea da galeria. A Dan Galeria sempre teve por propósito destacar artistas e movimentos brasileiros desde o início da década de 1920 até hoje. Ao mesmo tempo, mantém uma relação próxima com artistas internacionais, uma vez que os movimentos artísticos historicamente se entrelaçam e dialogam entre si sem fronteiras. 

Serviço
Feira Abu Dhabi Art 2023
Data: 22 a 26 de novembro
Local: Manarat Al Saadiyat, Emirados Árabes Unidos
www.dangaleria.com.br

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