CORPO_NÓS: MAR promove atividades gratuitas desenvolvidas por jovens de periferias do Rio

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Projeto é resultado de curso de formação
profissional para interessados em ingressar
na cadeia produtiva da cultura

Entre os dias 28 de janeiro e 1ª de fevereiro, os visitantes do Museu de Arte do Rio – MAR poderão participar da programação gratuita CORPO_NÓS. Desenvolvidas por 15 jovens das Zonas Norte e Oeste e da Baixada Fluminense, as atividades, como oficinas, rodas de conversa, entrevistas e performances, serão realizadas nos espaços do museu e em praças da região portuária, com vagas preenchidas por ordem de chegada e sujeitas à lotação indicada. A programação completa está disponível no site www.museudeartedorio.org.br.

O projeto é resultado do curso “Percursos Formativos”, que contou com apoio financeiro do BNDES e ofereceu aos alunos bolsa de estudos durante os cinco meses de aulas e oficinas – com objetivo de atrair artistas e jovens que normalmente não são representados nas instituições culturais.

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“Os alunos puderam experimentar e vivenciar as diferentes áreas que o espaço museal contempla, por meio de aulas com equipes de vários setores do MAR. Esse projeto-piloto promoveu formação profissional, cultural e artística introdutórias para os interessados em ingressar na cadeia produtiva dos museus ou atuar de forma geral nos campos da arte e da cultura”, explica Izabela Pucu, coordenadora de educação do museu.

As ações dialogam com duas exposições em cartaz no MAR atualmente, “Rua!” e “UóHol”, e têm como elemento central um dispositivo móvel de mediação chamado Espaço Concha. Desenvolvido especialmente para o projeto pelos arquitetos do Estúdio Chão, o objeto articulado consiste em pequenos vagões presos a um triciclo que, uma vez estacionado e aberto, serve de apoio para a realização das atividades. A ideia é criar experiências em que o público participe ativamente, com foco em manifestações como a cultura da pipa, do rap e do funk, as artes gráficas urbanas, entre outras.

As atividades propostas pelo projeto colocam em debate também questões fundamentais para o desenvolvimento dos museus na atualidade, tais como representatividade dos corpos negros e periféricos e performatividade de gênero, entre outras, a partir da investigação de novas epistemologias e pedagogias, tendo a arte como instrumento de descolonização de saberes, práticas e olhares.

PROGRAMAÇÃO GERAL

28/1 – TERÇA-FEIRA

>> 10h – 12h – Ativação Espaço Concha | Pilotis MAR e Praça Mauá

  • Ativações: “É da rua que eu venho”
    Corpo, cidade, cruzamentos. Convidamos os públicos a refletir e a produzir utilizando diferentes materiais a partir de estímulos aos sentidos (olfato, audição e tato), sobre os atravessamentos da cidade em seus corpos, buscando retomar e entender os afetos e efeitos da cidade.

>> 14h – 17h – Ativação Espaço Concha | Exposição “Rua!”

  • Batalha de Conhecimento: “Gênero, racismo e marginalização” – Com Coletivo FALA e Lanatanpa
    A Batalha de Conhecimento será realizada por dois coletivos da Baixada Fluminense convidados: Coletivo FALA e Lanatanpa. Por meio do som do hip-hop e das palavras rimadas, serão debatidas as temáticas gênero, igualdade, racismo e marginalização.

Sobre os coletivos:

Coletivo FALA – Ponto de cultura livre formado por artistas, produtores e arte educadores atuantes principalmente em Belford Roxo e Duque de Caxias.
Lanatanpa – Criado com objetivo de promover a transformação de crianças e adolescentes em vulnerabilidade social através da cultura hip hop, com metodologias que estimulam o desenvolvimento pessoal e social.

  • Oficina: “Pixo: minha marca em meio ao caos” – Com Laís Moraes e Pedro de Almeida
    Corpo, cidade, presença. A partir do entendimento de que os corpos também interferem e se inscrevem no espaço, os públicos serão convidados a desenvolver e produzir uma marca gráfica pessoal, articulando questões como representação de si, individualidade e coletividade, entre outras, a partis das artes gráficas urbanas. (25 vagas)

>> 17h – 19h – Abertura CORPO_NÓS – Ocupação Cultural dos Percursos Formativos no MAR | Auditório MAR
Abertura oficial da programação, com a presença de representantes do MAR, do BNDES, das coordenadoras e dos participantes do projeto Percursos Formativos.

Carlos Gradim – Presidente Instituto Odeon, Diretor MAR
Marcelo Campos – Curador chefe MAR
Izabela Pucu – Coordenadora de educação e dos Percursos Formativos MAR
Alícia Mel, Andressa Oliveira, Bruno Vianna, Désirée Marie, Gabi Patitucci, Jorge Rosendo, Luana Alves, Luana Guimarães, Marcos Carvalho, Matheus Serpa, Milena Carrilho, Thailany Inara, Vitor Neptün, Vivian Cazé e Lucas Ferreira – Jovens participantes dos Percursos Formativos
Karen Aquini – Coordenadora pedagógica Percursos Formativos

Representantes do BNDES

29/1 – QUARTA-FEIRA

>> 10h – 20h – Curso: “Não conformidades: performatividade de gênero e arte na cena drag”
O curso terá como foco discutir as questões que envolvem a construção de corpos e identidades a partir da perspectiva do drag como figura de performance e expressão de inquietudes de padrões de corpos binários. Através de mesas de conversa e performances, aprofundará os atravessamentos e experiências de artistas e pessoas trans sobre identidade de gênero e expressão de seus corpos.

*75 vagas – Distribuição de senhas a partir das 9h30 na recepção do MAR.

  • 10h – 12h30 – Aula inaugural: “Arte, montação e performatividade”
    Com Rafael Bqueer
    Mediação: Izabela Pucu
  • 14h – 16h – Mesa: “Qual é o lugar da arte drag?”
    Com Ravena Creole, Arda Nefasta e performance de Azre
    Mediação: Vitor Neptün e Marcos Carvalho
  • 16h – 18h – Mesa: “Mulher e performatividade de gênero na cena drag”
    Com Maíra Barillo, Latisha Samedi e performance de Júpiter
    Mediação: Vitor Neptün e Marcos Carvalho
  • 18h – 20h – Mesa: “Expressividade de gênero LGBTQI+ e periferia”
    Com Guilherme Ambar, Irmãos Brasil e performance de Conga Bombréia.
    Mediação: Vitor Neptün e Marcos Carvalho

>> 14h – 17h – Ativação Espaço Concha | Praça da Harmonia

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  • Oficina: “Corpo fala”
    A partir da ideia de escuta, vamos pensar as formas de comunicação e convivência na diferença, por meio de brincadeiras e da construção de pequenos objetos, como telefone sem fio, telefone de copos e de jogos corporais. Participação das crianças da Lanchonete<>Lanchonete.

30/1 – QUINTA-FEIRA

>> 10h – 12h – Ativação Espaço Concha | Pilotis MAR

Oficina: “Onde tem pipa, tem céu” – Com Seu José da Maré
A oficina convida o público a confeccionar pipas e retratar seus sonhos e desejos de futuros nelas. Dando linha às pipas, possibilitamos que os sonhos ganhem céu. Participação das crianças da Lona cultural da Maré.

>> 15h – 18h – Ativação Espaço Concha | Biblioteca MAR e exposição “UóHol”

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  • Oficina: “Heroínas negras” + Roda de conversa “E se os livros tivessem razão? Autorias negras e contranarrativas”, com Juliana Andrade (representante do RJ no parlamento juvenil do Mercosul e cocriadora do coletivo Agbara), Rodrigo Oliveira (jovem com estudo sobre a participação feminina no Candomblé, idealizador do documentário “Importância de Uma”) Jorge Rosendo e Luana Guimarães, jovens dos Percursos Formativos.
    A partir do conjunto de livros de autorias negras feitas pela pesquisadora Fernanda Felisberto para a Biblioteca e Centro de Documentação MAR, será estabelecido um debate sobre ações afirmativas ligadas à etnia no âmbito dos acervos, das políticas culturais e da visibilidade das autorias negras. Em diálogo com a obra “Heroínas negras brasileiras em 15 cordéis” da escritora Jarid Arraes, um dos livros da seleção feita por Felisberto, o público será convidado, tendo como referência o Cordel, para registrar e ilustrar a narrativa de suas heroínas negras.

31/1 – SEXTA-FEIRA

10h – 12h – Ativação Espaço Concha | Pilotis MAR

Oficina: “Onde tem pipa, tem céu”
A oficina convida o público a confeccionar pipas e retratar seus sonhos e desejos de futuros nelas. Dando linha às pipas, possibilitamos que os sonhos ganhem céu. Participação das crianças do Projeto Marvin e Roda Transcultural.

16h – 18h – Ativação Espaço Concha | Praça XV

  • Oficina: “Traçar ausências”
    Quais as diferenças entre a Praça XV e a Praça Mauá? Quais são as semelhanças? O que você sente falta nelas? Convidamos o público a utilizar a técnica do stencil para produzir estampas a partir das ausências percebidas, inserindo-as na paisagem das praças usando o corpo como suporte. Exploraremos também as possibilidades no trânsito entre as praças pensando instrumentos de mobilidade que atravessam a cidade como skate, bicicleta, patinetes, etc.

1/2 – SÁBADO

14h – 15h30 – Ativação do Espaço Concha | Pilotis MAR

  • Roda de Conversa: “Corpo potência: jovens e produção cultural”
    As manifestações culturais produzidas fora dos circuitos hegemônicos, hoje e historicamente, têm se mostrado de grande potência. São justamente manifestações que, em muitos casos, são criminalizadas ou não reconhecidas em seus locais de origem, mas que acabam constituindo a marca da cultura brasileira. Nesta roda de conversa teremos a oportunidade de conhecer alguns corpos-potência que mobilizam iniciativas culturais em seus territórios para discutir o impacto e importância de suas ações, assim como as questões e desafios de produzir cultura nas periferias.

Gleyse Ferreira – Co-fundadora Cine Taquara
Maiana Santos – Co-fundadoras da Trupe do M.E.R.D.A. de Nilópolis
Raúl Santiago – Ativista e empreendedor, Projeto Movimentos e Papo Reto
Mediação: Lucas Ferreira e Bruno Vianna, jovens dos Percursos Formativos

15h30 – 17h – Oficina Manifesta
Como os nossos corpos podem coletivamente manifestar algo que nos represente? A proposta convida o público, inspirado e impulsionado pela roda de conversa, a pensar e a cocriar democraticamente uma faixa que expresse os anseios e as pautas urgentes para o desenvolvimento do cenário cultural carioca.

17h – 20h – Aula-show de encerramento CORPO_NÓS com Orquestra Barracão e Bloco Cultural Agbara Dudu e Dj Wallabê
Momento de celebração e fechamento do projeto Percursos Formativos. O Barracão é uma orquestra ligada a uma escola de música homônima, que nasceu em um terreiro de candomblé no São Bento, em Duque de Caxias. Sua musicalidade tem influência da cultura afrobrasileira e da poesia falada, marcas do grupo assim como a experimentação. Na ocasião o Barracão apresentará um show com músicas e poesias de seu repertório, com a participação do DJ Wallabê. O nome Agbara Dudu significa em yorubá “Força negra”. Considerado o primeiro bloco afro do Rio de Janeiro, foi fundado em 1982 em Oswaldo Cruz, com a característica de mantenedor das tradições, tarefa a que se dedicam seus membros mesmo fora do período de carnaval. Neste dia, o bloco vai puxar uma aula-show que vai envolver e empolgar público.

Serviço:
CORPO_NÓS
Data: de 28 de janeiro a 1º de fevereiro
Horário: a partir das 10h
Atividades gratuitas

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O Museu de Arte do Rio – MAR

Uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, o MAR tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição.

O MAR é gerido pelo Instituto Odeon, uma organização social da Cultura. O museu tem o Grupo Globo como mantenedor, a Equinor como patrocinadora master e o Itaú e o IRB Brasil RE como patrocinadores por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

A Escola do Olhar conta com o apoio da Icatu Seguros e do Machado Meyer Advogados via Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MAR conta também com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e realização do Ministério da Cidadania e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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