Como ser livre seguindo o coração? Terapeuta Claudia Zeni fala sobre mudanças de rotina, carreira e vida a partir de experiências em diferentes culturas

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Há um pouco mais de dez anos, a terapeuta vem se aprofundando em estudos de diferentes filosofias e tradições ancestrais; Deixou a carreira promissora como engenheira e após profundos mergulhos ao longo dos últimos anos, se formou sexóloga, terapeuta transpessoal e integrativa, e atualmente se dedica à oferecer palestras, vivências e atendimentos com foco no despertar do potencial humano através do desenvolvimento psico-afetivo-espiritual e reconexão da tríade corpo, mente e coração de seu público e clientes

A rotina estressante, a sobrecarga de trabalho e a falta de tempo para cuidar de si a fizeram chegar muito próximo à uma crise de burnout. Mas, antes de chegar ao colapso físico e mental, a terapeuta transpessoal e integrativa, Claudia Zeni, na época frente a sua empresa de engenharia, foi capaz de perceber os sinais, e tomar a desafiadora decisão de pausar sua carreira, mudar completamente o seu estilo de vida e seguir seu coração.

“E quanta gente não me achou maluca por isso? Como assim, deixar a engenharia e seguir o coração? Confesso que nem eu sabia direito o que isso significava naquela época, mas segui fiel ao que eu estava sentindo, sem nenhuma garantia do que seria dali para frente”, revelou.

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Logo após encerrar as atividades da sua empresa, Claudia iniciou uma jornada espiritual, onde também viajou para lugares místicos da Califórnia, Índia, Tailândia, Peru e Amazônia Brasileira. “Foi um período muito especial pra mim, de muito aprendizado e que serviu pra me trazer muita clareza do que eu buscava”, contou.

Claudia também falou um pouco das suas experiências com a Ayahuasca, e de como essa bebida ancestral considerada sagrada pelos povos pan-amazônicos teve um papel fundamental no que brincando, chamou de “resgate de si mesma”.

“A ayahuasca realmente me ajudou a entrar em contato com o meu coração, com a minha intuição, com a minha essência e foi isso que me fez perceber o quanto eu estava levando uma vida em desequilíbrio e desalinhada do que era verdadeiramente importante prá mim, a ponto de eu conseguir parar a tempo de que algo pior tivesse acontecido”, relata.

“Foram cinco anos de estudos e experiências com ayahuasca até o início da minha transição de carreira em 2014”, relembrou.

“A bebida tem o potencial de diminuir as atividades no córtex pré-frontal, responsável por nossas capacidades mais lógicas e analíticas, e recriar novas sinapses entre o cérebro límbico e reptiliano, responsáveis por habilidades mais sensoriais, sensitivas e instintivas, o que nos permite sair um pouco do protagonismo da razão e entrar mais em contato com o que estamos sentido e com o que o nosso corpo também está nos mostrando”, explica.

“Fui me dando conta da profundidade desse trabalho que também passa pelo corpo e pelos sentidos, e do nível de cura e transformação que se bem direcionado ele é capaz de oferecer, e não teve como não me apaixonar e trazer tudo isso para a minha nova fase profissional.”, conta.

“Hoje, estou aqui em mais um ponto de grandes mudanças, com algumas respostas e menos perguntas, num momento em que todas as trilhas dos últimos 10 anos estão se costurando, transbordando amor e gratidão à esse grande mistério que é a vida. Me vejo cada vez mais em paz com toda a ambiguidade que move a nossa sagrada humanidade, confiando profundamente no momento de importantes transformações que estamos passando a nível individual e coletivo como seres humanos interdependentes que somos.”, completou.

*A especialista está disponível para falar sobre temas relacionados à sua área de formação. Siga Claudia Zeni nas redes sociais: @claudiazeni.

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