Centro Cultural Justiça Federal inaugura exposição inédita do fotógrafo José Diniz com trabalho visual e poético em que memória e passado são traduzidos numa especial homenagem do artista para seu pai.
ENTRE AS MARGENS DO RIO
Abertura: terça-feira 27 de novembro
De 28 de novembro de 2018 a 03 de fevereiro de 2019
“O que José Diniz explica sobre o seu trabalho nos ajuda, claro, a melhor entendê-lo e apreciá-lo. Mas a sua visualidade poética, a força e beleza de suas imagens dispensariam maiores explicações”
Joaquim Paiva – curador e um dos mais importantes colecionadores de fotografia do Brasil
O Centro Cultural Justiça Federal inaugura terça-feira, dia 27 de novembro, ENTRE AS MARGENS DO RIO, exposição inédita do fotógrafo José Diniz com trabalho visual e poético em que memória e passado são traduzidos numa especial homenagem do artista para o seu pai. A mostra apresenta 51 obras entre fotografias, pinturas, instalações, objetos e vídeo, em que o fotógrafo reconstitui lembranças da infância às margens do Rio São João, em Barra de São João, litoral fluminense ao norte da Região dos Lagos. A exposição é organizada em vários ensaios na parede como “Rio São João”, “Quadros do meu pai”, “canoas” e “Cacos”. Três vitrines mesclam trabalhos do fotógrafo e de seu pai.
Com curadoria do fotógrafo Joaquim Paiva, um dos mais importantes colecionadores de fotografia do Brasil, ENTRE AS MARGENS DO RIO é o resultado das vivências do fotógrafo José Diniz com o seu pai José Maria Diniz, artista plástico e professor de desenho e geometria na Universidade Federal Fluminense, ambientadas às margens do Rio São João, rio que deságua em Barra de São João, é berço do poeta Casimiro de Abreu e cenário de quadros de Pancetti, onde navegar era uma obsessão. José Maria Diniz produziu grande parte de sua obra neste lugar, transmitindo as possibilidades artísticas e exercendo forte influência na trajetória do filho José Diniz. “Aprendi muito sobre composição, observando as técnicas de perspectiva no desenho e na pintura. Frequentei Barra de São João desde muito pequeno. Vivi com os pés na água pescando, andando de canoa ou simplesmente vagando à beira-rio. Gostava de visitar um cemitério localizado na foz do rio. Restos de objetos, moedas, cacos de porcelana e até algemas foram encontrados enterrados nessa área. Fazer atividades de arqueologia era o meu divertimento. Todas estas experiências afetivas estão enfatizadas nesta exposição, revisando coisas que estão na minha memória em forma de poesia visual”, conta o fotógrafo. “Arte é coisa mental, inteligência, muita emoção, muita história pessoal, muita criação com a realidade e com os sonhos, com o mergulho nas nossas experiências e lembranças. Diniz traduziu muito bem tudo isto. É uma satisfação compartilhar com o público as imagens tão bem feitas, delicadas, silenciosas desta exposição. A ela se acrescentam as pintura e desenhos nostálgicos do pai deste artista sensível e dedicado a sua arte. Que estas imagens todas nos embalem a cada um de nós como na mente de Zé Diniz”, registra o curador Joaquim Paiva.
O artista:
José Diniz (1954), Niterói-RJ, fez o curso de pós-graduação em Fotografia na Universidade Candido Mendes-RJ e participou de cursos no MAM-Rio, EAV Parque Lage e no Ateliê da Imagem. Publicou mais de uma centena de livros de artista, além das edições de arte “Literariamente” e os coletivos “SAARA Carioca” e “VAI-E-VEM”. Participou de exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2013 foi indicado pelo British Journal of Photography como “Ones to Watch in 2013”; Em 2012 foi contemplado com o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia e em 2011 participou da III Bienal International Discoveries em Houston – Texas onde curadores do FOTOFEST escolheram 12 novos fotógrafos em vários países durante 2010/2011.
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Desde a infância José Diniz se relaciona com o mar e com a fotografia. As pinturas marítimas de seu pai, os passeios de canoa em Barra de São João ou as câmeras presenteadas pelos seus dois avós fundamentam seu imaginário.
O artista resolveu se dedicar a fotografia profissional em 2007. Rapidamente ganhou destaque no mercado de arte. “O meu trabalho na fotografia é um reflexo da minha vida. Talvez por ter iniciado tardiamente a minha carreira nas artes visuais, quero compensar obsessivamente esse “gap”, revisando coisas que estão na minha memória em forma de poesia visual”, afirma o fotógrafo. “Arte tem a ver com obsessão, muito trabalho, disciplina, intensidade, a passagem do tempo. Há artistas que fazem o melhor da sua obra quando jovens, outros na maturidade”, complementa Joaquim Paiva. Os seus conjuntos fotográficos anteriores a esta exposição – Periscópio, Cerrado, Botafogo (Esquina e Voluntários) – são o contrário daquilo que a fotografia algumas vezes se presta a cumprir em alguns circuitos – o papel de mera ilustradora de um discurso, sim, teórico, mas não visual”, afirma o curador da nova exposição ENTRE AS MARGENS DO RIO, que fica ambientada no Parque das Ruínas até 3 de fevereiro de 2019.
As imagens de Diniz fazem parte de várias importantes coleções particulares e estão no acervo de significativos museus como Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro/Coleção Joaquim Paiva e Museum of Fine Art of Houston.
ENTRE AS MARGENS DO RIO – José Diniz |
Abertura: 27 de novembro, terça-feira, 19 horas |
Período: 28 de novembro de 2018 a 3 de fevereiro de 2019, 12:00 às 19:00 |
CCJF – Centro Cultural Justiça Federal |
Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro – RJ – (55 21) 3261-2550 |
De terça-feira a domingo, de 12h as 19h |