Neste 29 de abril, Dia Internacional da Dança instituído pela Unesco, a Casa Hoffmann reforça a política de abrir suas portas para todas as formas de expressão e para os mais variados ritmos e estilos de dança – clássico, contemporâneo, afro, hip hop, dança cigana, dança circular, capoeira e dança de salão. Dedicada ao estudo do movimento, esta unidade da Fundação Cultural de Curitiba, que completou em março 13 anos de atividades, recebeu no último ano mais de 8 mil pessoas em cursos, oficinas e apresentações.
Quando foi criada, a Casa Hoffmann abrigou especialmente grupos de pesquisa da estética do movimento. Vários editais lançados pela Fundação Cultural de Curitiba nos últimos anos atenderam coreógrafos, bailarinos e todos os interessados na pesquisa da arte do movimento. A Casa foi espaço para desenvolvimento e produção de projetos, cujos resultados vinham em forma de espetáculos gratuitos para a população.
Desde 2013, a Casa Hoffmann disponibiliza espaço para ensaios, oficinas e apresentações de dança, assim como de outras linguagens, priorizando o acesso ao cidadão. Oferecendo estrutura e as bases para o fomento e a difusão da dança, a Casa Hoffmann hoje é palco de todas as formas de expressão artística. “Acreditamos que esse seja um método democrático para uma relação entre artistas, produtores e comunidade”, diz a coordenadora Milzi Digiovanni.
Para Luiz Dalazen, professor de dança de salão, essa abertura permitiu a aproximação da comunidade, e a transformação do lugar num ponto de encontro, de discussão e de fomento para todos os segmentos da dança. “Durante muito tempo, a Casa foi destinada a uma determinada linguagem e nos últimos anos conseguiu se popularizar, vindo a atender todos os públicos. Houve uma grande abertura e isso trouxe a comunidade para conhecê-la. A Casa Hoffmann se tornou efetivamente um símbolo da dança na cidade”, afirma. Dalazen foi bolsista da Casa Hoffmann (selecionado em editais de dança da Fundação Cultural) e ministra aulas e oficinas. Coordena o Curitibaila, um aulão gratuito de dança de salão que acontece durante a Corrente Cultural e chega a reunir mais de 500 pessoas.
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História – Construída pela família Hoffmann, em 1890, a casa é símbolo da prosperidade de uma família de tecelões austríacos que se mudou para o Brasil no final do século 19. O imóvel também constitui marco arquitetônico da transformação urbana que Curitiba viveu na virada para o século 20. Habitada pelos Hoffmann até 1974, a casa depois foi alugada e sofreu diversas adaptações, até ser destruída por um incêndio, em 1996. Apenas as paredes externas e a fachada foram mantidas. O imóvel, catalogado como unidade de interesse de preservação do município, foi totalmente restaurado e desde 23 de março de 2003 abriga as atividades da área de dança da Fundação Cultural de Curitiba.