“BRASILIDADE”, Exposição da artista plástica Raquel Lima

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Entre idas e vindas, venho traçando minha trajetória artística em uma busca frenética por crescer, adquirir conhecimento e dar à minha arte o melhor que a minha alma pode oferecer. Desde criança, ao acompanhar o meu saudoso pai com sua poesis, aprendi a ter um olhar diferente, a observar o mundo de outra forma. Isso me proporcionou uma sensibilidade distinta, a qual o artista precisa de ter para vivenciar uma experiência existencial no momento da elaboração de sua obra.

​A arte é para mim uma alquimia que faz a minha vida mais interessante. Nela, eu encontrei a pedra filosofal e por meio dela faço a transformação de um emaranhado de sentimentos, cores, tintas, materiais diversos em registros nas minhas telas. Explorando diversas fontes, criei o elixir de uma vida mais longa para mim.

​Há mais de 20 anos no mercado de arte, vencendo dificuldades para me estabelecer como artista, sendo persistente em meu querer, tenho desenvolvido criativamente a minha arte e pude concretizar alguns sonhos. Participei de diversas exposições no Brasil, em Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Minhas obras conquistaram espaços públicos: “O sobrado de Dona Joaquina” no Museu Dona Joaquina do Pompéu (Pompéu, MG) e outra obra “Voe,vou,voo” no Aeroporto da Pampulha (Belo Horizonte, MG). Cruzei as fronteiras brasileiras e participei de diversas Exposições Internacionais em Nova Iorque, Londres, Madrid, Lisboa, Viena e Punta Del Leste. Recentemente, realizei o sonho de participar de um Salão de Arte em um lugar de relevância mundial: por meio da série “Brasilidade”, representei o nosso país, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, EUA.

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​Nesta série, aplico o artefazer e entro em um mundo fantástico de ideias inspirada nas estampas alegres e primorosas dos florais das “chitas”. Esse tecido simples originário na Índia no século XVII, veio ao Brasil com os europeus a partir de 1800. Inspirada nesse emaranhado de cores e flores, venho abstrair a beleza das estampas, desconsiderando a rudeza do morim. Exploro esse universo de diversas formas, fazendo interferências nas minhas obras, construindo e desconstruindo as imagens dos florais; mudando as cores, ora do fundo, ora das flores, usando técnicas diferentes, ousando e procurando instigar os fruidoresque observam meu trabalho.

​Estou alinhavando este meu projeto e costurando minhas ideias com a intenção de levar os espectadores a contemplarem a simplicidade e a beleza de algo precioso e nosso, um dos ícones da nossa nacionalidade, as “chitas”, a nossa alegria, a nossa Brasilidade.

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