Artista baiano Almandrade apresenta mostra individual em Brasília

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A mostra reúne 45 obras confeccionadas ao longo de quatro décadas
de inspiração, compondo a coletânea Poesia Visual.

A exposição reúne obras em diversas linguagens e suportes, como pinturas, desenhos, gravuras, instalação e poemas visuais, além de objetos e esculturas em grande dimensão para o espaço urbano. Dentre as esculturas algumas inéditas, realizadas a partir de maquetes dos anos 80 até agora nunca executadas em grande formato no qual foram concebidas.

Em seu percurso, destaca-se a passagem pelo concretismo e pela arte conceitual, nos anos 70, o que contribuiu fortemente com a incessante busca de uma linguagem singular, limpa, de vocabulário gráfico sintético. Seu trabalho sempre se diferenciou da arte produzida na Bahia, aproximando-se mais do Neoconcreto e da Poesia Visual na herança de Lygia Pape, Hélio Oiticica, entre outros.

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Sua obra, tanto pictórica, quanto linguística, se impõe como um lugar de reflexão, solitário e à margem do cenário cultural brasileiro. Após ensaios figurativos, no início da década de 70, sua pesquisa plástica se direcionou para o concretismo e a arte conceitual. Como poeta, mantém contato com a poesia concreta e o poema/processo, produzindo poemas visuais. É um dos principais nomes da poesia visual e experimental no Brasil.

Desenhos em preto-e-branco, objetos e projetos de instalações, essencialmente cerebrais, calcados de modo primoroso de tratar questões práticas e conceituais, marcam a produção do artista na segunda metade da década de 70. Redescobre a cor nos anos 80, quando suas obras – sejam pinturas ou objetos e esculturas -, ganham uma dimensão lúdica.

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É um escultor que trabalha com a cor e com o espaço e um pintor que medita sobre a forma, o traço e a cor no plano da tela.

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A arte de Almandrade dialoga com certas referências da modernidade, transita entre o construtivo, a arte conceitual e a poesia visual, mantendo uma coerência com os diversos suportes até a palavra e reinventando novas leituras.

Como dizia Décio Pignatari “Almandrade capricha nas miniaturas de suas criaturas, cuja nudez implica mudez, límpido limpamento do olho artístico, já cansado da fantástica história da arte deste século interminável, deste milênio infinito.” (1995). Século que já é passado. A coerência e o rigor do artista em lidar com diferentes suportes, incluindo a palavra (poesia), fazem de Almandrade, um pensador que se utiliza desses suportes para produzir reflexões.

Que ninguém duvide: a economia de elementos e de dados não se dá por acaso, é uma opção estética, inteiramente coerente com sua tendência à síntese, ao traço essencial, ao quase vestígio. Um nada, cuja gênese reside na totalidade absoluta. Assim também é sua poesia.

Almandrade: Gabinete de Arte k²o. Divulgação.
Almandrade: Gabinete de Arte k²o. Divulgação.

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