Anna Guerra – “Respirando Arte”, por Edmundo Cavalcanti

Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.

“Uma impressão forte e profunda que se tem ao entrar em contato com as obras de Anna Guerra está na cor. Trata-se de um choque de alegria e de interação entre as tonalidades na busca das resoluções plásticas apresentadas pela artista, sempre tendo em vista o diálogo entre a gestualidade e a forma.”
Oscar D´Ambrosio – doutorando em Educação, Arte e História da Cultura na Universidade Mackenzie, é mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp. Integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA-Seção Brasil).

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1- Onde você nasceu? E qual sua formação acadêmica?

Nasci em Recife/PE, fiz faculdades de veterinária e arquitetura, sou membro da Academia Brasileira de Belas Artes do Rio de Janeiro.

2- Como e quando se dá o seu primeiro contato com as Artes?

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Desde sempre, sou prima de Lula Cardoso Ayres e minha família sempre foi engajada na arte.

3- Como surgiu ou você descobriu este dom?

Muito pequena, acompanhava o programa de Daniel Azulaye já fazia figurino de teatro, pintura, bordado, cozinha e tudo que mexia com a criação.

4- Quais são suas principais influências?

Carybé no princípio e hoje sou fan do experimento.

5- Quais os materiais que você utiliza em suas obras?

Fora a imaginação? Tudo que eu puder experimentar, todos os tipos de tintas, superfícies diversas, resina, fogo, água…

6- Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?

O que me inspira é na sua essência a cultura popular nordestina. O processo se dá dependendo do material quentenha em mãos.

7- Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?

Aos 17 anos.

8- A arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na historia da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?

Eu trabalho muito, até fadigar, quase todos os dias, uma frase do Picasso me inspira “quanto mais eu trabalho, mais inspiração eu tenho”, não me sinto seguidora de nenhuma escola ou artista, tenho a cultura popular como inspiração e a técnica confusa e suja como minha parceira.

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9- O que a arte representa para você? Se você fosse resumir em poucas palavras o significado das Artes na sua vida…

Meu oxigênio.

10- Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte)

Sempre estou à procura do novo, mas a tela é minha maior aliada…

11- Todo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?

Lutei contra tudo e todos para seguir meu caminho. Ando só… agregando a coletividade, mas sempre me encontrei dentro de mim mesma.

12- Você tem outra atividade além da arte? Você ministra aulas, palestras etc.?

Não, somente a pintura.

13- Quais suas principais exposições nacionais e internacionais?

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Já participei de várias nacionais e internacionais, Museu do Louvre/Paris – ExpoArt/New York – Art Basel/Miami – Belgica, Londres – Portugal – Roma.

A mais atual esta sendo na Marcelo Neves Art Gallery em São Paulo/SP.

13- Seus planos para o futuro?

Continuar o meu legado na pintura.

Em sua opinião qual é o futuro da arte brasileira e dos seus artistas? (no contexto geral) e porque tantos artistas estão dando preferência em mostrar seus trabalhos em exposições internacionais apesar dos altos custos?

Eu não sei do futuro, vivo meu hoje intensamente. As exposições internacionais nos trazem certo prazer. Mesmo assim sou fã do meu local de morada, se aqui estou, aqui quero mostrar meu trabalho.