Holomovimento
“All my colours turn to clouds” (Echo & the Bunnymen) é o lema de toda a minha arte.
Em relação a esta seleção, todas as imagens buscam “manifestar” a ideia geral do holomovimento: de um movimento que esconde e revela cores e formas.
O físico americano David Bohm acreditava que tudo o que percebemos da realidade é apenas a exteriorização ou manifestação de uma realidade muito mais ampla, num movimento contínuo de dobrar-se e desdobrar-se, de esconder-se e mostrar-se. Tudo que é manifesto está flutuando nesse “holomovimento”.
A palavra “manifesto” baseia-se em ‘mani’, que significa “segurar com a mão”, algo sólido e tangível, visivelmente estável. É o fluxo eterno aprisionado temporariamente ou atingindo a estabilidade provisoriamente, “como o redemoinho que se fecha sobre si mesmo, embora esteja sempre em movimento” (David Bohm).
Até a nuvem mantém uma forma estável e, portanto, pode-se considerá-la uma manifestação do movimento do vento. Da mesma forma, podemos considerar que a matéria forma nuvens dentro do holomovimento, manifestando-o, tornando-o perceptível.
Todos os seres são formas do holomovimento. Isso, obviamente, inclui o ser humano com todas as suas faculdades. – “Adelmo Avancini”
Onde você nasceu? E qual sua formação acadêmica?
Nasci em Pinheiros, no interior do Espírito Santo. Sou engenheiro eletricista, com ênfase em Telecomunicações.
Como e quando se dá o seu primeiro contato com as Artes?
Considero ter sido meu contato com a mata e os rios (morei nas proximidades da Floresta Amazônica até os quatro anos de idade).
Como surgiu ou você descobriu este dom?
Por volta dos seis anos de idade, quando comecei a pedir a meus pais que comprassem cadernos para eu desenhar. Eu costumava desenhar (geralmente, figuras humanas) em todas as folhas rapidamente, então pedia para comprarem outro caderno – mas, muitas vezes, tinha que esperar (ansiosamente) alguns dias antes do próximo.
Quais são suas principais influências?
As paisagens chinesas da época da dinastia Sing; a pintura em nanquim japonesa; Katsushika Hokusai; o pós-impressionismo; Wassily Kandinsky; Gustav Klimt; Amadeu Modigliani; Jackson Pollock; a “pop art” (Andy Warhol, Tom Wesselman, James Rosenquist, Roy Liechtenstein); Laurence Gartel; Mark Wilson; grafite, tatuagem, quadrinhos, cinema, punk rock, pós-punk.
Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?
Às vezes a “consciência lúcida e solene das coisas e dos seres”, como diz Alberto Caeiro; outras vezes, a percepção da beleza da forma feminina; outras ainda, um conceito que quero expressar.
Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?
Como eu disse, desenho desde a infância (e nunca parei). Mas comecei a produzir com mais coerência há cerca de dois anos, quando comecei a criar arte digital e compartilhar em minha página do Instagram. Isso me colocou em contato com vários artistas no Brasil e no exterior. Em 2017, comecei a produzir para exposições e feiras, contando com o apoio sempre presente da minha marchand, Maria dos Anjos Oliveira.
A arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na história da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?
De um único artista não, mas da “pop art”, principalmente – e aqui incluo todo o universo dos quadrinhos, do cinema e do rock’n’roll.
O que a arte representa para você? Se você fosse resumir em poucas palavras o significado das Artes na sua vida…
É o que permite descobrir quem sou e ser fiel a isso.
Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte).
Tenho basicamente trabalhado com pintura digital. Desenho à mão às vezes. Crio alguns vídeos também, mas são formas de divulgar a pintura digital.
Todo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?
Tive (e tenho) duas mentoras: a coach de artistas Alessandra Velho e minha marchand Maria dos Anjos.
Você tem outra atividade além da arte? Você dá aulas, palestras etc.?
Participo do conselho deliberativo do Instituto Cultural Civitas Solis.
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Suas principais exposições nacionais e internacionais e suas premiações?
Em 2017 estive presente na exposição do Carroussel do Louvre (Paris); na exposição “Formas e Cores”, da Porto Art Gallery, no Porto (Portugal), e na exposição “Prima Arte”, na Anjos Art Gallery (Rio de Janeiro).
Em 2018, participei da exposição “Os Segredos que São Paulo Esconde”, no Espacio Uruguay, em São Paulo, e estou participando da exposição “Encontros”, no JOH MABE Espaço Arte e Cultura (também em São Paulo), dos dias 14 a 28 de março. Participo também da exposição “Cores de São Paulo”, na Anjos Art Gallery (Rio de Janeiro), dos dias 03 a 29 de março.
Participarei da feira “Arte Expo New York”, dos dias 19 a 22 de abril. Ainda estou fechando para este ano exposições em Portugal, na Itália e na França.
Seus planos para o futuro?
Pretendo desenvolver e expandir meu trabalho para outras formas e mídias.
Em sua opinião qual é o futuro da arte brasileira e dos seus artistas? (no contexto geral) e porque tantos artistas estão dando preferência em mostrar seus trabalhos em exposições internacionais apesar dos altos custos?
Vejo com otimismo o futuro da arte brasileira, tanto pelo talento de muitos artistas como pelo interesse dos apreciadores e colecionadores. Penso que, quando as questões político-econômicas saírem do impasse atual, o País voltará a crescer e surgirão muitas oportunidades na área. Novas ferramentas para se vender arte pela Internet também auxiliarão na expansão do trabalho do artista para outros mercados.
Penso que o interesse pelas exposições internacionais deve-se em parte à crise econômica brasileira, mas também ao sonho de ter sua arte reconhecida além das fronteiras.
Tenho percebido que algumas galerias tradicionais estão encerrando as atividades. Os artistas estão dando preferência para expor em Espaços Culturais. Em sua opinião qual seria a causa?
Não sei se o encerramento das atividades de algumas galerias deve-se ao desinteresse dos artistas. Vivemos uma recessão econômica prolongada, que está atingindo muitos setores. Mas o interesse pelos espaços culturais deve-se em parte à exposição do trabalho para um público mais amplo.
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EDMUNDO CAVALCANTI
São Paulo – Brasil
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