Banco do Brasil abre ao público museu que conta a história do país
por meio de acervo adquirido ao longo de sua trajetória
Fundado em 1808, o Banco do Brasil é uma das instituições mais importantes do país e, ao longo dos anos, adquiriu diversificado acervo. Grande parte ligado ao exercício da atividade bancária, como documentos de valor histórico, cédulas, moedas, equipamentos, objetos e mobiliário, além de peças de artes decorativas, pinturas, gravuras e esculturas de nomes importantes das artes visuais. Todo esse material foi catalogado e estará reunido no Museu Banco do Brasil, que será aberto ao público em 12 de outubro no edifício Tancredo Neves, em Brasília, uma das mais imponentes obras do arquiteto Oscar Niemeyer. O projeto será lançado com a exposição “Acervos do Brasil: história, cultura e cidadania”, que tem como intuito uma reflexão sobre a história econômica, social e cultural do Brasil.
“Estamos falando de uma trajetória de 208 anos, que mostra que o Banco do Brasil sempre caminhou, e ainda caminha, lado a lado com o desenvolvimento do país. O Museu servirá para compartilhar o legado e a memória da instituição com o público”, afirma o diretor de Estratégia da Marca, Luís Aniceto Silva Cavicchioli.
O espaço de seis mil m² apresenta momentos históricos e as consequências dos fatos para os brasileiros, além de traduzir o desenvolvimento do banco como uma instituição de todos. “Preservar e compartilhar a memória do Banco do Brasil, assim como todas as outras memórias que estão na fronteira da instituição, é, portanto, contribuir para o entendimento da história do Brasil e de seu povo”, conta Maria Ignez Mantovani Franco, diretora da Expomus, empresa responsável pelo conceito do museu.
Ao criar o museu, o Banco do Brasil coloca em prática mais uma iniciativa que contribui para a formação cultural do público visitante, a exemplo do que já acontece com os CCBBs. Todo o acervo selecionado, em conjunto com a narrativa de acontecimentos que marcaram a história do banco e do país, será disponibilizado pela instituição para visitação do público em geral, incluindo as crianças atendidas pelo Programa Educativo desenvolvido nos Centros Culturais.
O patrimônio do Banco do Brasil que foi catalogado e organizado para o lançamento do museu conta com 1.100 obras na coleção de artes visuais e decorativas; 727 nomes de artistas com obras registradas no acervo; 35 mil itens de valor histórico como moedas, cédulas e objetos ligados à atividade bancária; mais de 16 mil títulos de livros; 20 mil registros fotográficos e audiovisuais de valor artístico e documental; 5 mil dossiês documentais de valor histórico, como recortes de jornais, plantas arquitetônicas, atas de reuniões dentre outros tantos objetos presentes na coleção.
A partir da identificação dos itens, foi elaborada uma proposta de classificação das peças, seguindo critérios de relevância artística e histórica. O acervo estará distribuído tematicamente, dividido em dois módulos: História; e Cultura e Cidadania. É um espaço que estará em permanente construção, assim como a sociedade brasileira.
Das primeiras moedas produzidas no início do século 19 ao universo atual de transações online, o módulo História traz uma coleção que conta com acervo de peças ligadas à atividade nas dependências do banco: numismática, documentos, objetos, plantas e desenhos arquitetônicos, livros raros e mobiliário. Há ainda uma instalação – Comunidades BB – em homenagem a todos que fizeram e fazem o Banco do Brasil. Atualmente a instituição conta com 109 mil funcionários.
O módulo Cultura e Cidadania explora como o Banco do Brasil faz parte da formação cultural da sociedade brasileira e apresenta ao público sua coleção de arte nacional. O investimento da instituição na cultura é antigo e marcado pela criação no Rio de Janeiro do Centro Cultural Banco do Brasil em 1989, seguido depois dos espaços de mesmo nome em Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. São, portanto, mais de 25 anos de incentivo ao desenvolvimento cultural do país com exposições nacionais e internacionais, espetáculos, debates, sessões de cinema e outras atividades. Uniformes e outras peças esportivas alusivas às modalidades e aos atletas já patrocinados pelo Banco do Brasil também estarão expostas neste módulo.
O módulo é constituído principalmente por pinturas e gravuras, além de esculturas públicas de grandes dimensões. Estarão presentes neste espaço obras de nomes como Candido Portinari, Di Cavalcanti, Carlos Scliar, Tomie Ohtake, Oscar Niemeyer, Athos Bulcão e Burle Marx.
O Museu Banco do Brasil será inaugurado no dia 10 de outubro, em uma solenidade com a presença do Presidente do BB, Paulo Caffarelli, vice-presidentes, diretores e ex-presidentes do Banco, além de autoridades. A abertura para visitação pelo público será no dia 12 de outubro, como parte de uma série de ações que serão desenvolvidas no CCBB Brasília em comemoração ao aniversário do Banco do Brasil, do próprio CCBB Brasília e à Semana das Crianças.
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SERVIÇO – Museu Banco do Brasil |
Acervos do Brasil: história, cultura e cidadania |
A partir de 12 de outubro |
Edifício Tancredo Neves |
SCES, Trecho 02, lote 22 |
Brasília (DF) |
Quarta a segunda, de 13h às 19h |
Entrada Franca |
Informações: (61) 3108-7600 |
www.acervosdobrasil.com.br |
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OBRAS DE ARTE
O módulo Cultura e Cidadania é constituído principalmente por pinturas e gravuras, além de esculturas públicas de grandes dimensões. Do início do século 20, a exposição apresenta um conjunto de retratos de personalidades que foram presidentes da instituição, além de pinturas que representam a chegada da Corte, cenas da indústria e da agricultura. Também estão presentes telas de artistas ligados ao modernismo no Brasil, como Alfredo Volpi e, Di Cavalcanti. De meados do século a mostra traz Carlos Scliar, Aldemir Martins, Djanira, Arcangelo Ianelli, Wega Nery e Darel Valença Lins.
Rubem Valentim está representado com um relevo em madeira que participou da Bienal de Veneza de 1962. A partir da década de 1970, a mostra apresenta obras abstratas de cunho geométrico de Abelardo Zaular, Dionísio del Santo. Manabu Mabe, Tomie Ohtake, Kazuo Wakabayashi e Tikashi Fukushima representam o abstracionismo lírico. Há ainda trabalhos de Athos Bulcão e Burle Marx, símbolos da arquitetura ligada ao projeto de modernização do país na segunda metade do século 20. Merece destaque também o núcleo de gravuras com nomes como Fayga Ostrower, Marcelo Grassmann, Maria Bonomi, Edith Behring, Renina Katz, Anna Letycia, Marília Rodrigues. Artistas autodidatas, como Francisco Stockinger e Miguel dos Santos, completam a mostra com esculturas e entalhes de madeira.