Seja na construção ou reforma de um imóvel, determinar o piso ideal é uma decisão importante, não só estética, mas também na questão de funcionalidade.
Fazer a escolha certa nesse momento pode trazer muita economia futura com manutenção. Afinal, o piso é um fator fundamental a ser considerado na composição do design final de qualquer tipo de construção, e não é uma escolha simples.
É preciso estar atento a vários fatores como:
- Estética em relação aos demais elementos;
- Tipo de uso;
- Segurança;
- Durabilidade;
- Cuidados específicos para manutenção;
- Praticidade;
- Preço.
Pensando nisso, primeiramente, é indicado para qualquer obra, a escolha criteriosa na contratação de uma empresa de construção e reforma.
Esse investimento traz garantias quanto ao resultado final. Escolher profissionais habilidosos e competentes para executar sua obra, garantirá sua tranquilidade durante e depois da entrega.
Você também deve saber como são feitos os cálculos de quantidade de material e qual é o material adequado. Esses fatores determinarão seu orçamento final.
Nesse artigo você vai entender como calcular a quantidade de piso necessária para uma obra. Também vai conferir uma lista dos principais revestimentos disponíveis no mercado, com informações muito úteis sobre cada um.
Lembre-se que o acabamento faz toda a diferença na avaliação de imóvel residencial.
As informações abaixo vão ajudá-lo a determinar o piso ideal de acordo com suas necessidades e gostos. Acompanhe!
Lembre-se de fazer as contas
Na verdade, calcular a quantidade necessária de piso é bem simples, sendo nada mais que a área total de cada cômodo. O cálculo da área varia em função do formato do local.
Então, supondo que você queira instalar um piso autonivelante PU em um espaço quadrado (todos os lados iguais). Nesse caso basta elevar ao quadrado a medida de um dos lados e saberá a área total.
Lembre-se que caso o cômodo tenha mais do que 4 lados ou lados com medidas diferentes, você precisará fazer o cálculo adequado, uma vez que cada forma geométrica compreende uma fórmula própria.
Por exemplo, para aplicação de uma base de concreto aerado em um cômodo retangular, deve-se multiplicar a medida de dois lados perpendiculares (base x altura) e saberá a necessidade total de material. Já para uma área triangular deve dividir essa mesma multiplicação por 2.
Outros fatores podem influenciar nesse cálculo também. Caso o piso seja usado para o revestimento das paredes, deve-se calcular a soma das áreas de todas as superfícies ou considerar sua metragem cúbica. Depende de qual a área que você pretende revestir.
Esses são cálculos brutos, ou seja, não consideram a presença de janelas e portas. Para um cálculo refinado, deve-se subtrair as metragens quadradas desses elementos para encontrar um valor mais próximo da realidade.
Além da determinação das medidas, outros fatores influenciam na quantidade necessária de material, como a forma de colocação do piso em diagonal ou reto (na aplicação em diagonal o uso de pisos é maior), o tipo de piso a ser instalado, e o tamanho dos rodapés.
Atenção à regra da porcentagem extra
A recomendação é sempre comprar 10% a mais para colocação de forma reta, e até 30% para diagonal, da área calculada anteriormente. Isso é uma garantia para substituição de peças que, porventura, venham a quebrar e variações nos rodapés.
E é muito aconselhável já adquirir essa porcentagem extra na mesma compra. Até porque em um segundo momento, a loja pode não ter o mesmo revestimento a pronta entrega, atrasando sua obra.
Também é importante considerar a necessidade de reposição ao longo do tempo. Geralmente os pisos e revestimentos saem de linha entre 5 e 10 anos. Então é bem provável que com o passar do tempo você não encontre mais o mesmo produto caso precise repor algumas peças.
O conselho para lidar com esse problema é comprar algumas caixas a mais para reserva, deixando armazenado para necessidades futuras. Além disso, lotes diferentes costumam apresentar variações de cores, uma situação muito comum, inclusive.
Esse “arremate” com um piso diferente, ainda que seja apenas o tom, prejudica a estética do ambiente.
Conheça algumas opções disponíveis
Bom, depois de entender como calcular a quantidade de pisos para cada ambiente, chegou o momento de conhecer os revestimentos disponíveis, bem como suas características. Entre os mais conhecidos estão os seguintes:
1 – Vinílico
Esse piso é bem popular por ter uma instalação rápida e pela facilidade em sua manutenção. É bem simples substituir um modelo antigo por um novo, então é uma ótima pedida para quem gosta de repaginar o ambiente de tempos em tempos.
É resistente, antialérgico e mantém a estabilidade da temperatura, ou seja, não fica quente no verão, nem gelado no inverno.
Ele também absorve o impacto, não fazendo ruído no momento dos passos. Assim, ele é muito indicado para apartamentos por essa qualidade, pois evita incômodos com vizinhos do andar de baixo.
É um piso indicado somente para áreas internas e secas. Existem linhas específicas para o uso em banheiros, mas o vinílico comum estraga facilmente se for colocado em áreas úmidas.
Não costuma manchar ou riscar com facilidade, e o mais indicado é fazer sua higienização com um pano úmido, a não ser que o modelo escolhido seja resistente à água.
É possível encontrar esse revestimento em diversas tonalidades, até mesmo simulando outros revestimentos, como a madeira.
2 – Porcelanato
É um revestimento feito com materiais nobres, apresentando uma infinita variedade de cores e texturas.
Ademais, é muito valorizado em projetos que prezam pela sofisticação. Pelos diferentes tipos de acabamentos que possui, pode ser usado na composição de diversos ambientes e tipos de decoração.
Existem modelos que podem ser confundidos facilmente com mármore, cimento ou madeira, pelo seu acabamento visual bem trabalhado.
Inclusive, modelos mais escuros e ásperos são ótimos para área externa como jardim ou varanda. Já os modelos polidos possuem uma superfície brilhante e lisa, ótima para cômodos secos, como quartos e salas.
Em ambientes molhados, como cozinhas e banheiros, você pode optar pelos modelos acetinados, que apesar de não terem o mesmo brilho que o polido, não são escorregadios.
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3 – Cerâmica
É um dos pisos mais populares nas residências brasileiras. Feita com argila, também permite uma ampla gama de acabamentos e modelos, que também mimetizam outros materiais.
Disponíveis tanto com o acabamento natural quanto acetinado, é resistente, versátil e durável. A propriedade antiderrapante dos acetinados é uma boa escolha para os cômodos molhados.
4 – Cimento queimado
Esse revestimento vem se tornando uma forte tendência na decoração, marcando um estilo bem contemporâneo.
Pode ser aplicado em qualquer cômodo e traz uma atmosfera mais industrial e minimalista ao local. O mais comum são os acabamentos em cinza (cinza artico, cinza grafite e cinza outono), mas o cimento queimado colorido vem ganhando espaço.
Composições com esse revestimento podem ainda ser personalizadas com aplicações de outras peças, como azulejos ou cerâmicas.
5 – Tacos de madeira
Esse é um tipo de revestimento para piso atemporal, usado há muito tempo para interiores.
Mesmo assim, não perde seu charme e se mantém presente mesmo em projetos sofisticados e modernos.
Ideais para ambientes secos, ajudam a manter a temperatura agradável em locais frios, pois a madeira é um isolante térmico. A água reduz sua vida útil, então sua higienização deve ser feita preferencialmente com vassoura ou aspirador de pó e produto específico em um pano seco.
Periodicamente, aconselha-se passar um pano com água morna, um pouco de detergente neutro e produtos de limpeza para madeira, e secá-lo em seguida, para evitar seu desgaste precoce.
A restauração de tacos antigos também traz ótimos resultados, havendo resinas para diferentes acabamentos (mais brilhosos ou mais opacos).
6 – Carpete
Indicado exclusivamente para ambientes secos, é um boa pedida para quartos em locais frios, pois é muito aconchegante. Existe uma grande variedade de cores disponíveis.
No entanto é um piso que demanda mais atenção, pois mancha facilmente e é necessário aspirar com frequência. Existem empresas especializadas na higienização de carpetes, o que é uma facilidade para quem tem esse revestimento em casa.
Entretanto, não é indicado para pessoas que possuem problemas respiratórios, como asma ou rinite.
7 – Revestimento monolítico
O revestimento monolítico consiste em um visual uniforme e resistente, feito a base de poliuretano e resinas em epóxi.
É um revestimento de alto desempenho, indicado para locais de grande tráfego de pessoas ou veículos, e até mesmo maquinário pesado. Muito indicados para garagens, ambientes comerciais e industriais.
Possui preços acessíveis, fácil instalação e manutenção, assim como a higienização que não pede cuidados específicos. O custo-benefício vem de sua resistência a uma série de fatores como:
- Impactos;
- Umidade;
- Pressão;
- Materiais químicos;
- Fogo;
- Abrasivos;
- Radiação ultravioleta.
8 – Aplicação de tinta epóxi
Aplicação de tinta epoxi em pisos é uma opção prática, indicada também para garagens, ambientes de grande fluxo ou industriais.
Sua resistência, facilidade de limpeza e de manutenção são as características mais atrativas, podendo ser aplicados diretamente sobre outros pisos.
Com um bom custo-benefício, pode ser aplicado em qualquer ambiente, pois possui alta resistência a umidade.
Conclusão
Estas são algumas opções, mas existe ainda uma variedade disponível no mercado, para todos os gostos e bolsos. O mais importante é considerar sua qualidade e finalidade.
Dê atenção especial à escolha do piso. Dessa forma você evita muitas dores de cabeça durante e após sua obra.
Caso você não tenha tempo de pesquisar sobre todos esses pontos, a melhor opção é contratar um arquiteto ou design de interiores, profissionais habilitados e com o conhecimento técnico necessário para orientar nessa decisão.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.