Abertura da exposição “Luz no Brasil” da artista belga Françoise Schein com painéis urbanos inspirados nos direitos humanos

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Caixa Seguradora
KDB PARTNERS

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Luz no Brasil

Exposição que marca a reabertura do Paço Imperial percorre a trajetória da artista belga Françoise Schein, comemorando 20 anos de atuação no Brasil com obras públicas sobre os Direitos Humanos

Com sua Associação Inscrire, Françoise desenvolve trabalhos artísticos-educativos em quatro continentes

De 25 de fevereiro a 25 abril de 2021, entrada franca

Os gigantescos painéis em azulejos assinados por Françoise Schein são impossíveis de passarem despercebidos – sejam nas empenas de prédios na saída da estação de metrô Siqueira Campos, em Copacabana, na estação da Luz, em São Paulo, ou na Concorde, em Paris. Todos têm o mesmo tema para o qual Françoise dedica a sua vida – os Direitos Humanos. O processo de criação é sempre feito com a participação de estudantes, jovens e crianças, de comunidades menos favorecidas. Através do envolvimento na criação da obra artística, os estudantes conhecem a Declaração Universal dos Direitos Humanos e, apoiados por um trabalho educativo, são estimulados a pensar sobre o assunto e a relacioná-lo com as suas vidas. Será a primeira vez que Françoise terá uma retrospectiva de seu trabalho na cidade que tem uma importância fundamental na sua trajetória.

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A exposição foi criada a quatro mãos por Françoise e sua filha carioca Lohana. A história das duas se entrelaça com as ações artísticas-educacionais de Françoise no Brasil e ilustra um dos primeiros paineis da exposição, que conta a emocionante história da adoção de Lohana. Para a menina preservar os laços com sua família, Françoise passou a vir todos os anos ao Rio. Hoje, Lohana assina essa exposição como curadora. Françoise fundou a Associação Inscrire Brasil, um braço da instituição criada anos antes e que tem como objetivo “Inscrever os Direitos Humanos nas Cidades do Mundo”. Na Inscrire Brasil, Françoise conta com uma equipe que acompanha todas as fases do projeto, formada por diversas profissionais, entre elas a arquiteta Rita Anderaos e a pedagoga Moema Quintanilha.

Os Direitos Humanos representam o fio condutor de toda a experiência de Luz no Brasil. Ela se inicia com um elogio à utopia, passa por uma série de demonstrações de que juntos podemos criar e amplificar a nossa voz por meio da arte e, por fim, pergunta “E agora?”. “Não há resposta certa ou errada para desafios complexos e Françoise sabe que tampouco existe apenas uma resposta. Por isso, o convite ao pensamento, o convite para que cada um perceba o que pode fazer para construirmos uma sociedade mais justa”, comenta Lohana Schein.

Luz no Brasil apresenta a trajetória de Françoise através de fotos, textos, desenhos originais, imagens de diversas obras públicas no Brasil e no mundo, vídeos, esboços e peças da coleção pessoal da artista. O maior destaque da exposição é a obra da Estação da Luz, em São Paulo, a primeira intervenção artística participativa e pedagógica sobre Direitos Humanos em uma estação de metrô no país, que demorou dez anos para ser concluída e inspirou o título da exposição. Os 16 painéis da Luz contam também a história de São Paulo, através de desenhos figurativos criados pela artista e painéis sobre os Direitos Humanos pintados por três mil alunos das escolas da periferia da cidade. Para criar os painéis históricos, a artista concebeu um alfabeto de centenas de pequenos desenhos serigrafados que se repetem sobre eles.

Os projetos do Vidigal, o primeiro no Brasil; da Siqueira Campos, o mais conhecido no Rio, que apresenta um mapa de 200 m2 da região com letras dos Direitos Humanos e imagens da história da escravidão; a obra da estação de metrô da Galeria dos Estados, em Brasília, uma encomendada do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, um grande painel de 110m2 criado com a participação de mil jovens do Distrito Federal, nos quais grandes balões azuis e verdes anunciam questões da ecologia mundial; projetos em diversas cidades do mundo e mais de 20 instalações públicas participativas localizadas nas comunidades desfavorecidas da periferia do Rio, que fazem parte do projeto “Inscrever os Direitos Humanos em 1001 escolas”, revelam o caminho percorrido por Françoise e a Inscrire.

André Couto, Presidente da Associação Inscrire Brasil, destaca que “a exposição Luz no Brasil se apresenta como um duplo farol. Uma ponta ilumina o percurso percorrido pela artista Françoise Schein, desde trabalhos ao redor do mundo aos realizados no Brasil, e a outra ponta ilumina o futuro, um futuro em que a inscrição dos Direitos Humanos e a plena Democracia dependem da ação de todos nós”.

O trabalho que estamos a fazer, lenta mas seguramente, nas escolas brasileiras e noutras partes do mundo, é o alfabeto das competências para a vida e deve ser a primeira coisa a ser ensinada aos milhares de milhões de jovens estudantes de todo o mundo. Então, não será ensiná-lo de uma forma lúdica, criando obras de arte para o prazer da beleza para todos e por todos, a melhor maneira de fazê-lo?”, questiona Françoise Schein.

Luz no Brasil tem o patrocínio do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Caixa Seguradora, apoio do Consulado Geral da França, Artmyn e Gigascope. A produção é de Bertrand Dussauge, da KDB PARTNERS. “Após dois anos de trabalho com a amiga Françoise Schein, tenho o orgulho de compartilhar esta retrospectiva no Paço Imperial, onde expus, logo após a inauguração do espaço, em 1986, 350 gravuras inéditas de Picasso, levando milhares de pessoas ao local”, comenta Dussauge.

Sobre a artista

Françoise Schein nasceu na Bélgica, em 1953. Estudou Desenho Urbano na Universidade de Columbia, em Nova York, e Arquitetura, em Bruxelas. Estudou também arte com Robert Morris na NYU University. Desenvolve obras urbanas de grande porte a nível internacional na Europa, Estados Unidos, América do Sul e Oriente Médio. Há 30 anos, Françoise dedica grande parte de seu trabalho à disseminação dos Direitos Humanos nas escolas e em bairros desfavorecidos. Em 1997, ela fundou a Associação Inscrire, uma ONG dedicada à divulgação dos conceitos de cidadania e Direitos Humanos através de obras inovadoras participativas.

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Politicamente engajada e sensível à evolução histórica dos Direitos Humanos, Schein criou um vínculo ético e artístico entre cidades e países através dos diversos projetos que realizou. Todos as suas obras se tornaram marcos locais, monumentos contemporâneos.

Françoise acredita no vínculo estrutural entre delicadeza, bondade e beleza. Criou uma metodologia muito humana para a produção pedagógica das suas obras, envolvendo a participação de todo o tipo de pessoa, das mais diversas classes sociais. A sua metodologia artística envolve frequentemente a cerâmica pois é fácil de usar e tem uma grande longevidade.

É sob as cidades, em suas estações de metrô, nos parques e nos muros que ela mostra o texto dos Direitos Humanos, de 1948, entremeado a imagens, textos filosóficos e literários e cartografias da cultura e da história local, produzidos com a participação ativa de pessoas do lugar.

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Com a Associação Inscrire ou sozinha, Françoise Schein produziu um grande número de obras monumentais entre as quais estão as estações de metrô Concorde, sobre a revolução francesa, em Paris (1989-90); Saint Gilles, em Bruxelas (1992), sobre os Direitos Humanos e as fronteiras europeias; Parque, em Lisboa (1994), sobre os Direitos Humanos e os “descobrimentos portugueses pelo mundo na Idade Média”; Universitetet, em Estocolmo (1998), sobre os Direitos Humanos e questões ambientais mundiais; e a Westhafen, em Berlim (2000), sobre os Direitos Humanos e questões de migração de pessoas. Ela criou também “O Jardim dos Direitos Humanos”, no Parque Rhododendrons, em Bremen (2001); a fachada do Centro Cultural Judaico-Árabe, em Haifa, Israel (1993); e a fachada do teatro municipal de Ramallah, na Palestina – “Uma cidade como árvore pelos direitos humanos” (2009).

Desde 2000, começando pelo Rio de Janeiro e seguindo para vários países do mundo – Bélgica, França, Israel, Palestina, Alemanha, Inglaterra, Portugal, Espanha, Uruguai, Haiti – ela criou um projeto em crescimento permanente chamado “Escrever os Direitos Humanos nas escolas e nos muros das cidades”.

Em Coventry, na Inglaterra (2005), Françoise construiu um projeto de arte urbana em grande escala chamado “The Time Zone Clock”, um relógio gigante de chão concebido a partir do sistema de fuso horário, feito em aço inoxidável e luzes. Perto de Paris, em Les Mureaux, ela criou Murmures, uma grande peça de cerâmica produzida com a participação dos moradores. Em 2016, em Bruxelas, criou Le Grand Banket, uma obra de arte pública concebida como um Banquete, com a participação de moradores.

Em seus projetos artísticos individuais, Françoise trabalha com multimídia, esculturas, fotografias, desenhos, vídeos e livros de artista. Ela já expôs seus trabalhos e sua colaboração com a Inscrire em museus da Europa, Brasil e Estados Unidos.

Mais informações:

www.francoiseschein.com / www.inscrire.com

Luz no Brasil
Exposição de Françoise Schein
Com Associação Inscrire Brasil
Curadoria: Lohana Schein
Patrocínio: Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Caixa Seguradora
Apoio: Consulado Geral da França, Artmyn, Gigascope, Studio Zero
Paço Imperial (Praça XV de Novembro, 48 – Centro – Tel. 2215-2622) – Entrada franca
De 25 de fevereiro a 25 de abril de 2021
Terça a sexta, 12h às 18h | Finais de semana e feriados, 12h às 17h

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