Geraldo Comini – “A arte como forma de expressão alternativa”, por Edmundo Cavalcanti

Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
Edmundo Cavalcanti é Artista Plástico, Colunista de Arte e Poeta.
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1- Onde você nasceu? E qual sua formação acadêmica?

Sou Mineiro. Nasci em Belo Horizonte. Minha formação foi bastante variada, tendo feito diversos cursos de arte em minha infância e adolescência. Estudei pintura e desenho clássico com Frederico Bracher e me formei em Desenho Industrial e Comunicação Visual na Universidade Mineira de Artes. Em São Paulo frequentei cursos de desenho com Carlos Fajardo e Baravelli, remanescentes da Escola Brasil.

2- Como e quando se deu o seu primeiro contato com as Artes?

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Geraldo Dayrell Comini é Artista Plástico.
Geraldo Dayrell Comini é Artista Plástico.

Meus primeiros contatos com a arte ocorreram em minha infância, através de intensa experimentação de materiais e essa relação com a criação foi se desenvolvendo rapidamente com minha paixão por livros.

3- Como surgiu ou você descobriu este dom?

Meus familiares me diziam que nasci com lápis e pincéis nas mãos e que comecei a desenhar e a pintar antes mesmo de falar corretamente. Fiz muitas garatujas nas paredes até notarem esse dom, que para mim era na verdade minha forma alternativa de expressão.

4- Quais são suas principais influências?

Primeiramente os Renascentistas Da Vinci, Michelangelo, Arcimboldo e Boticelli. A eles fui adicionando vários outros, como Kurt Schwitters e os modernistas.

5- Quais os materiais que você utiliza em suas obras?

Revistas descartadas, papéis diversos, bisturis, tesouras de cirurgia ocular, lentes de aumento, as antigas curvas francesas, réguas variadas, diversos tipos de cola e às vezes, lápis de cor.

6- Como é o seu processo criativo em si? O que te inspira?

Meu processo criativo se baseia em minhas e experiências vivenciais, que são minha grande inspiração. Sou também, às vezes, inspirado por uma figura especial, em torno da qual construo a colagem.··.

7- Quando você começou efetivamente a produzir ou criar suas obras?

Em meu trabalho como designer gráfico e diretor da arte nunca me servi de técnicas digitais, ou seja, meu trabalho em moda sempre foi artesanal, quadros que eram replicados em estamparias. Portanto são por volta de 35 anos de amor pela colagem.

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8- A arte é uma produção intelectual primorosa, onde as emoções estão inseridas no contexto da criação, porém na historia da arte, vemos que muitos artistas são derivados de outros, seguindo técnicas e movimentos artísticos através do tempo, você possui algum modelo ou influência de algum artista? Quem seria?

Não exatamente em meu caso. Tive influências mistas e em cada uma delas eu captei o que mais me dizia respeito. Enfim, sou também uma colagem desses elementos.

9- O que a arte representa para você? Se você fosse resumir em poucas palavras o significado das Artes na sua vida…

A arte para mim continua sendo a forma de expressão alternativa à fala e à escrita, assim como foi quando eu era praticamente um bebê… não mudou.

10- Quais as técnicas que você usa para expressar suas ideias, sentimentos e percepção a cerca do mundo? (Se é através da pintura, escultura, desenho, colagem, fotografia… ou usa várias técnicas no sentido de fazer um mix de formas diferentes de arte)

Depois de passar por quase todas as técnicas, escolhi a colagem. Ela é a que mais me dá maior poder de transmissão de ideias e emoções.

11- Todo artista tem seu mentor, aquela pessoa a quem você se espelhou que te incentivou e te inspirou a seguir essa carreira, indo adiante e levando seus sonhos a outros patamares de expressão, quem é essa pessoa e como ela te introduziu no mundo das artes?

Meus mentores foram todos aqueles que conheci e estudei nos livros. No meu caso, nunca houve uma pessoa em especial.

12- Você tem outra atividade além da arte? Você ministra aulas, palestras etc.?

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Não… mas tudo está em meus planos. Como escolhi a micro-colagem como minha arte, ainda não sobrou o tempo necessário.

13- Seus planos para o futuro?

Continuar produzindo colagens, me expressando cada vez mais exatamente através delas.

14- Em sua opinião qual é o futuro da arte brasileira e dos seus artistas? (no contexto geral) e porque tantos artistas estão dando preferência em mostrar seus trabalhos em exposições internacionais apesar dos altos custos?

Ah… o futuro a Deus pertence (rsrsrs).

Como em todos os outros setores, o mercado brasileiro está retraído, mas acho natural e saudável que os artistas expandam suas fronteiras. É uma atitude proativa diante de uma crise.

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LinkedIn: G Comini

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EDMUNDO CAVALCANTI
São Paulo – Brasil
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Colunista no Site Obras de Arte
E-mail: cavalcanti.edmundo@gmail.com

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