A Cinemateca de Curitiba recebe, neste sábado (7) e domingo (8), as sessões gratuitas da Mostra Perspectivas do Cinema Português. Após passar em três capitais brasileiras, a mostra chega a Curitiba para exibir oito produções independentes feitas por diretores portugueses, muitos ainda desconhecidos do público curitibano.
A mostra traz a visão de jovens cineastas inventivos que, mesmo contando com poucos recursos financeiros, conseguem realizar um cinema criativo e original, fora dos padrões implementados na indústria cinematográfica. É o caso do vencedor de melhor filme português, na última edição do DocLisboa, o documentário “Terra”, de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres, que será exibido neste sábado (7), às 18h30.
Concebida com curadoria dos editores da “Foco – Revista de Cinema”, Bruno Andrade, Mateus Cartaxo e Yuri Lins, a mostra reúne oito produções portuguesas, entre curtas, médias e longas-metragens que tiveram destaque em festivais internacionais de cinema, especialmente, nos festivais de Locarno e DocLisboa.
A fim contextualizar as obras selecionadas e apontar os aspectos mais importantes dessa nova leva de cineastas, depois de todas sessões acontece um bate-papo com Bruno Andrade, um dos curadores da Mostra Perspectivas do Cinema Português. Os debates serão mediados por Giovanni Comodo (membro do Cineclube Atalante).
Cinema de renome
Desde a busca pelo extremo realismo da trilogia das Fontaínhas, do diretor Pedro Costa, até as provocações oníricas propostas nas obras de Miguel Gomes, o cinema feito em Portugal, nestas últimas décadas, tem ganhado destaque por se diferenciar em suas abordagens conceituais, mostrando-se um suspiro ao cinema autoral.
Na edição deste ano no festival Locarno (Suíça), os portugueses levaram para casa o principal prêmio da competição, o Pardo D’oro. O filme “Vitalina Varela”, de Pedro Costa, foi destaque no festival por trazer vivacidade à história real de Vitalina Varela, que após a morte do marido em Cabo Verde vai para Portugal e nesses 25 anos espera por um dia voltar ao país natal.
Confira toda a programação:
7/9 (sábado)
16h – sessões de curtas e médias metragens
Pró ano há mais
(2008, 3’) de Daniel Pereira
Um homem tira as últimas batatas da terra da colheita de 2007.
Cordão Verde
(2009, 33’) de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres
Poema de imagens e sons em torno do homem e da natureza.
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Farpões Baldios (25’)
(2017, 25’) de Marta Mateus, com Francisco Barbeiro, Gonçalo Prudêncio e José Codices.
Os trabalhadores rurais do Alentejo, resistentes da velha luta por melhores condições de trabalho, contam a sua história às gerações de hoje nas suas próprias palavras.
The Last Day of Leonard Cohen in Hydra (29’)
(2018, 29’) de Mário Fernandes, com Rui Pelejão, Filipa Gambino e Marta Ramos.
Um detetive sentimental obcecado por uma fotografia com as memórias de Leonard Cohen e Marianne Ihlen na ilha de Hidra, na Grécia.
18h30 – LONGE
(2016, 36’) De José Oliveira, com José Lopes, Manuel José Martins e Rui Carvalho
José é o nome do homem que vem de longe. Dos canaviais junto às margens de um rio, apresenta-se como um solitário que atravessa lentamente um território que já foi o seu em tempos idos.
Terra
(2018, 60’) de Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres,
Elementos essenciais como fogo, água, ar, terra e espaço refletem, respiram e celebram o ritmo da Terra em algum lugar do Alentejo onde há grandes fornos para queima de carvão. Premiado no último Doclisboa como melhor filme dentre os filmes portugueses.
8/9 (domingo)
16h – O SABOR DO LEITE CREME
(2012, 74’) De Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres
O cotidiano de duas irmãs de 96 e 98 anos que vivem numa velha casa no centro de Portugal, em frente à escola onde lecionaram quando jovens.
18h30 – Wolfram, a salIva do lobo
(2010, 55’) De Rodolfo Pimenta e Joana Torgal,
O processo de extração de minério em um território em que o espaço e o tempo se diluem.
Serviço: |
Mostra Perspectivas do Cinema Português |
Data: 7/9 e 8/9 (sábado e domingo) |
Horário: 16h e 18h30 |
Local: Cinemateca de Curitiba (Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1174 – São Francisco) |
Classificação: 16 anos |
Entrada Franca |