O mais importante leilão de peças imperiais brasileiras
já realizado após o leilão do Paço Imperial
A Dutra Leilões, uma das maiores casas do gênero no Brasil, com mais de 30 anos de atuação no mercado, promoverá um leilão presencial com parte do que pertenceu ao acervo da Casa Imperial Brasileira, que é espólio de Heloisa e Celso Figueiredo Filho e outros comitentes (aqueles que dão ordem de venda a um leiloeiro, para negociar seus pertences no mercado). O evento acontece nos dias 13, 14 e 15 de março a partir de 21 horas, Rua João Lourenço, 79 – Vila Nova Conceição – São Paulo – SP.
O conjunto de bens disponibilizado é amplo e abarca entre outras peças, espadas; alabardas (espécie de machado militar); litografias aquareladas de Debret e Rugendas; uma infinidade de peças de porcelana que pertenceram aos diversos serviços dos Imperadores brasileiros; coleção de ordens, medalhas e condecorações; além de jarros de prata, chaves, pingentes, tabaqueira, que fizeram parte do acervo da família Imperial brasileira. Há ainda talhas, esculturas e aparadores do mestre Valetim; como também imagens de madeira de autoria do escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.
Podemos destacar, dentre diversas outras:
Louças oferecida pelo Imperador chinês Jia-Qing a D. João VI em comemoração à criação do Reino Unido, Portugal – Brasil e Algarves. São raríssimas;
Par de alabardas usadas durante o período de D. Pedro I. Eram inicialmente 20 armas para os Archeiros do Paço Imperial. No período de D. Pedro II foram aumentadas para 40. São pouquíssimas peças conhecidas, somente alguns museus possuem o material;
Três litografias, aquareladas a mão e de época, representando as coroações de D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II. São um retrato fiel e um testemunho autêntico da história brasileira;
A maior coleção de peças de porcelana representando todos os serviços do Império brasileiro – D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II -. Podendo distinguir a sopeira do Serviço dos Galos de D. João VI; Serviço Espinha de Peixe; Serviço dos Correios; Serviço dos Pastores; Serviço do Reino Unido; Serviço Pingo de Ouro; Serviço dos Camaristas, entre outros. Serviço de casamento de D. Pedro I com D. Amélia, muito curioso, já que cada peça tem um desenho diferente (há 10 no leilão); Serviço Viva a Independência. De D. Pedro II há o Serviço da Caça; Serviço Coroa Roxa, Serviços PII grande e PII pequeno, Serviço Cassino Fluminense, Serviço Comemorativo da Guerra do Paraguai; Serviço das coroinhas, entre outros;
Tabaqueira de ouro do Imperador com seu retrato;
Par de jarras de prata com as inscrições, referentes a D. Pedro II e sua esposa D. Teresa Cristina;
Bebedouro, para animais, de ferro com Brasão do Império, pertenceu a Fazenda Santa Cruz;
Par de brincos de ouro, com retrato da Princesa Isabel, que foi oferecido por ela a cada uma das amigas que dançaram a valsa de seus 15 anos;
Frontispício (fachada) que pertenceu a Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Rio de Janeiro, demolida para construção da Avenida Presidente Vargas;
Duas Imagens do Aleijadinho, um Cristo crucificado e uma Santana Mestra;
Grande coleção de comendas englobando o período Imperial brasileiro;
Projeto feito pelo artista Johm Graz para a residência de Celso Figueiredo, na Alameda Santos, quarto de dormir e toilette;
Par de espelhos de fechadura com P.I – Pedro Imperador – de um dos palácios Imperiais;
Grande candelabro de pé que pertenceu ao Paço Imperial;
Grande coleção de peças de cristal que pertenceram aos serviços de D. Pedro I e D. Pedro II;
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Coleção de quadros de artistas como Guignard, Anita Malfatti, Burle Marx, e o retrato da Marquesa de Santos por Miguel Navarro Canizares, entre outros.
Celso Figueiredo Neto traduz, em poucas palavras, a origem e formação desta que é, sem dúvidas, a mais importante coleção de peças imperiais do País:
“ O interesse por antiguidades iniciou-se na casa de minha bisavó, Ângela Loureiro, a dona Giloca, na casa da Av. Paulista.
Seu genro, meu avô, Celso Figueiredo, era um entusiasta do império e concentrou suas aquisições em porcelana imperial brasileira, fazendo sua casa, na Al. Santos, moldada ao Museu Imperial de Petrópolis. Celso colecionou a vida toda até seu falecimento em 1982.
Herdada por meu pai, Celso Figueiredo Filho, a Coleção Imperial passou a fazer parte de minha família.
Ele e minha mãe, Heloisa Figueiredo, adoravam a coleção que foi assunto de milhares de refeições diante dos pratinhos de D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II.
A coleção cresceu e ampliou-se seu escopo. Passou a incluir cristais, jóias, botões, comendas, armas, livros e demais objetos que pertenceram aos Imperadores e aos seus familiares.
Celso faleceu em 2015, Heloisa em 2016 e agora essa coleção, que concentra mais de 100 anos da dedicação de quatro gerações de colecionismo, chega ao mercado.
Estou certo que os colecionadores atuais saberão reconhecer a qualidade e raridade do acervo ora oferecido.
Que cada prato, cada peça, aqui vendida traga ao seu comprador a mesma alegria e apreço por nossa história que sempre fascinou minha família”.
“Sem qualquer dúvida, depois do leilão do Paço Imperial, realizado em 1890, este é o mais importante leilão sobre o tema. Representado por uma coleção de quatro gerações, onde cada uma delas garimpou e selecionou pedacinhos de nossa história, conseguindo reunir e preservar uma parte bem significativa dela”, complementa Dutra. “Todas as peças, sem exceção, são dignas de fazer parte de qualquer museu, por mais importante que possa vir a ser”.
Antes da realização do leilão, os interessados podem visitar a exposição das peças até 12 de março, de 14 às 21 h no mesmo endereço onde será realizado o leilão, Rua João Lourenço, 79 – Vila Nova Conceiçao – São Paulo – SP. Catálogo com índice e demais informações estão disponíveis no site: www.dutraleiloes.com.br
SERVIÇO |
Exposição: de 3 a 12 de março de 2018. De 14h às 21h |
Leilão: dias 13, 14 e 15 de março de 2018. A partir de 21h |
Local: Rua João Lourenço, 79 – Vila Nova Conceição – São Paulo – SP |