“Contraponto” reúne parte da coleção Sérgio Carvalho no Museu Nacional da República em Brasília

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O Museu Nacional da República apresenta até 25 de fevereiro, um recorte da Coleção Sérgio Carvalho na exposição “Contraponto”. Dando ênfase à diversidade do acervo, a exposição busca estabelecer contrapontos formais, poéticos e temáticos entre as obras.

A mostra reúne trabalhos de mais de 30 artistas brasileiros, dezessete dos quais já foram indicados ao Prêmio PIPA, entre eles o finalista do Prêmio PIPA 2017 Antônio Obá, a finalista do Prêmio em 2013 Berna Reale e os vencedores do PIPA Voto popular em 2012 e 2013 Rodrigo Braga e Camila Soato, respectivamente. A exposição se vale da pluralidade de técnicas e linguagens das obras, além da variedade de eixos temáticos, que atravessam desde questões pessoais que rodeiam o cotidiano dos artistas até discussões mais amplas, envolvendo representação e identidade social, política e imaginário coletivo. Dessa maneira, a exposição pretende evidenciar diversos contrapontos que se complementam, numa dinâmica em que uma obra reforça e contesta a outra, simultaneamente.

Dono de um acervo com mais de 1.900 obras, o advogado e procurador curitibano Sérgio Carvalho, que mora em Brasília, começou sua coleção de arte em 2003, ao conhecer artistas como Nazareno, João Rufino, Eduardo Frota e Valéria Pena-Costa.

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Com curadoria da historiadora Tereza de Arruda, a mostra CONTRAPONTO foi concebida para o Museu Nacional da República, com obras da Coleção Sérgio Carvalho.

Este processo se iniciou no final da década de 90 em Brasília. A partir daí, a atuação e a pesquisa de Sérgio se expandiram pelo território nacional, dando origem a um dos acervos mais significativos de artes plásticas no País. O acervo é configurado a partir de um processo introspectivo desenvolvido com cada um dos artistas. As visitas aos ateliers e exposições, reforçadas por conversas intensas e informais, desencadeiam uma relação única formada por respeito, compreensão, engajamento e cumplicidade.

“Contraponto”, coletiva com Antônio Obá, Berna Reale, Bruno Vilela, Camila Soato, César Meneghetti, Daniel Murgel, Delson Uchôa, Elder Rocha, Emmanuel Nassar, Fábio Baroli, Fábio Magalhães, Flávia Junqueira, Flávio Cerqueira, Floriano Romano, Gil Vicente, Gisele Camargo, Grupo EmpreZa, Hildebrando de Castro, James Kudo, João Angelini, José Rufino, Laura Gorski, Lucia Koch, Manoel Veiga, Marcelo Silveira, Milton Marques, Nelson Leirner, Renato Valle, Rochelle Costi, Rodrigo Braga, Sofia Borges, Thais Helt e Tony Camargo.

Sobre a curadora

Tereza de Arruda é historiadora de arte e curadora independente. Vive e trabalha entre São Paulo e Berlim desde 1989 onde se formou em História da Arte pela Universidade Livre de Berlim. Nascida em São Paulo.

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Colabora com instituições e museus internacionais e realizou as seguintes curadorias nos últimos dois anos:

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2017: Contraponto – Acervo Sérgio Carvalho, Museu Nacional da República Brasília; Katharina Sieverding na Fototeca de Cuba e Klaus Mettig na Casa Guayasamin no Mês da Fotografia Havana/Cuba; Fan Bo Emerging from Shadow, eMOCA Shenzhen/ China; China como Pais Homenageado, Bienal Internacional de Curitiba; Chiharu Shiota Unter der Haut/Under the Skin, Kunsthalle Rostock; Sigmar Polke die Editionen, me Collectors Room Berlin; Arnaldo de Mello West-Berlin 1987-90, Sé São Paulo; Cesar Meneghetti O Percurso Ausente, MUBA São Paulo; Jin Lie What is Past is still Present, MOCA – Museum of Contemporary Art Chengdu.

Sobre o colecionador

Residente em Brasília desde 1970, Sérgio Carvalho, advogado, considera haver iniciado sua coleção de arte brasileira contemporânea no final de 2002/início de 2003.

Hoje – 15 anos após – a coleção reúne mais de 1900 obras de alguns dos mais importantes artistas contemporâneos brasileiros: Regina Silveira, Nelson Leirner, Emmanuel Nassar, Iran do Espírito Santo, Lucia Koch, Rochelle Costi, Rubens Mano, Mauro Restiffe, Hildebrando de Castro, José Rufino, Delson Uchôa, Sandra Cinto, Albano Afonso, Marcelo Silveira, Berna Reale, Jonathas de Andrade e Sofia Borges, entre outros.

Seu acervo evidencia que o colecionismo pode ser instigado pelo amor à arte e pela possibilidade do registro de um determinado período das artes visuais.

“Depois que me interesso por uma obra, procuro conhecer quem a fez. Raras as obras que eu não conheço, pessoalmente, o autor. Interessa o contato com o artista e o seu particular universo – real e poético. Esse modo de agir me fez, em verdade, colecionar amigos” – diz. “Procuro adquirir um acervo significativo de cada um dos artistas que integram a coleção. Interessa a trajetória artística e seus naturais desdobramentos. Daí a possibilidade da realização de simultâneas exposições individuais” – resume.

Museu Nacional da República
Setor Cultural Sul Lote 02 – Esplanada dos Ministérios
Local: Galeria 2 do Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul) – Brasília DF
Visitação até 25 de fevereiro de 2018 (terça-feira a domingo, das 9h às 18h)
Entrada franca
Telefone: (61) 3325-5220
museunacional@gmail.com

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