Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba e Norton Morozowiscz homenageiam Radamés Gnattali

Obras de Radamés Gnattali serão executadas pela Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba sob a regência do maestro Norton Morozowiscz. O concerto que acontece nesta sexta-feira (10/11) às 20h e sábado (11/11) às 18h30, conta com solos de viola do Alexandre Razera e de bandolim do Daniel Migliavaca. No Programa estão peças escritas para o regente, que também fez a estreia de diversas obras de Radamés, de quem foi amigo pessoal.

A criatividade de Gnattali garantiu sua transição com segurança pelo erudito e pelo popular, unindo esses dois universos e criando um novo conceito na música brasileira. As obras no Programa representam essa união. A composição Suíte Antiga, estreada pelo maestro Norton Morozowicz e a Orquestra de Câmara de Blumenau foi dedicada à Joel Nascimento e gravada no mesmo LP que o Concerto para Bandolim e Cordas, segunda obra a ser executada neste programa.

“A música de Radamés jamais admitiu barreiras entre o clássico e o popular, e sua extensa obra vem despertando cada vez mais interesse por parte dos músicos e da crítica especializada. Suas músicas são também veículos de aproximação entre o grande público e a música de concerto”, comenta Morozowicz.

O músico Daniel Migliavacca, que executa os solos de bandolim nestes concertos, comenta o fio condutor nas obras de Radamés. “Tudo é música, as notas musicais são as mesmas, mas o que existe é uma diferença de linguagem. A linguagem do compositor define a maneira de interpretar, mais do que um gênero específico. E nisso o Norton se diferencia, pois ele realmente entende Radamés, e passa com naturalidade isso no ensaio”, afirma Migliavacca.

A obra que finaliza a apresentação ‘Concerto para Orquestra de Cordas’ foi escrita em 1971, fazendo parte de uma preciosa coleção de obras escritas para vários instrumentos solistas acompanhados por cordas. Radamés escreveu 42 peças para cordas entre Concertos, Divertimentos e Suítes nas mais diversas formações. Em 1985, o compositor entregou os manuscritos do Concerto, ainda escritos a lápis, ao maestro Norton Morozowicz para que fizesse a estreia desta obra.

“A música de Radamés Gnattali, forma-se pela grande brasilidade, irresistível por sua força comunicativa, sedutora pelo seu melodismo, e atraente pela sua inconfundível originalidade”, conclui o regente Morozowiscz.