Com curadoria de Eduardo Besen e Duílio Ferronato, mostra traz obras em gravura, mosaico, pintura e instalação de Ana Calzavara, Bartira Velludo, Felipe Guimarães e Ida Feldman
Prestes a completar seu primeiro ano de vida, a MAIS GALERIA DE ARTE inaugura sua quarta mostra, a PORTFOLIO #4, com obras de Ana Calzavara, Bartira Velludo, Felipe Guimarães e Ida Feldman. Com abertura marcada para 23 de setembro, sábado, a partir de 13 horas, a coletiva dá continuidade ao projeto do espaço de apresentar ao público o seu portfólio de artistas representados.
Ao todo, serão cinco mostras coletivas, sempre com os artistas da galeria, que foi inaugurada em dezembro de 2016. A curadoria fica a cargo do arquiteto e designer Duílio Ferronato e o galerista Eduardo Besen. O espaço é fruto de uma parceria entre os curadores com o colecionador Sergio Nardinelli.
Quatro artistas, quatro estilos
Os quatro artistas que compõe a mostra possuem obras bem distintas. Ana Calzavara tem uma obra focada na gravura e pintura e, para essa mostra,uniu as duas técnicas em obras únicas onde a xilogravura é a base para intervenções da pintura a óleo.
Bartira Velludo é uma arquiteta que trabalha com criação de mosaicos para pisos ou fachadas. Nesta mostra ela traz obras abstratas inspiradas em artistas modernistas que funcionam como quadros.
O jovem Felipe Guimarães trabalha com telas e com uma pintura que, para desavisados, pode parecer ter sido feita com pincel e tinta óleo. Na verdade, o artista que bebe na fonte do expressionismo abstrato, usa somente tinta spray, levando um toque urbano para as telas.
Ida Feldman completa o time da PORTFOLIO #4. A artista, que faz uso de suportes como vídeo e redes sociais, fazendo colagens digitais, traz para a mostra uma série de azulejos com frases repletas de filosofia e humor.
Uma galeria democrática
Eduardo Besen explica que a ideia da MAIS GALERIA DE ARTE sempre foi ser um espaço mais democrático. A galeria divide espaço com outra galeria, que pertence também a Besen, a Gravura Brasileira. Até sua fachada já é um convite para o público: dois painéis (um de Sandra Martineli e outro de Augusto Sampaio) dividem a atenção dos olhos e se juntam a um ambiente amistoso e convidativo, semelhante a uma praça.
Além disso, seus donos tem uma proposta educativa com monitoria das exposições para escolas e público em geral. A galeria também quer mostrar ao público que arte pode ser, sim, uma opção vantajosa de investimento e que, nem sempre, um objeto de arte possui preços exorbitantes. Além dos trabalhos de seus hoje 15 artistas representados, a galeria também está desenvolvendo com alguns dos nomes com quem trabalha uma linha de produtos assinados em tiragens limitadas, que incluem itens como luminárias, esculturas e caixas.
Os artistas representados são quase todos brasileiros e moradores de São Paulo – a exceção é uma polonesa que vive em São Paulo há quase duas décadas e uma brasileira que está expatriada também há alguns anos. O recorte da galeria é para artistas vivos e que trabalham com arte contemporânea.
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Além da série Portfólio, que ocupa o espaço expositivo da galeria, a MAIS também está promovendo mostras em outros espaços da cidade, fazendo com que seus artistas circulem também por outros locais e expanda a fronteira de alcance dos seus trabalhos. Entre alguns lugares que já receberam exposições de artistas da MAIS estão os prédios do Complexo Cultural da Funarte, a sala Umberto Magnani do Teatro de Arena Eugênio Kusnet, a Oficina Cultural Oswald de Andrade e Paço das Artes.
Sobre os artistas
Ana Calzavara é graduada em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pós-Graduada pela Byam Shaw School of Art, Londres, Mestre e Doutora em Poéticas Visuais pela ECA/USP. Paralelamente, teve uma formação em ateliês, como o de pintura com Paulo Pasta, de gravura no Museu Lasar Segall e Museu de Arte Contemporânea (orientados por Cláudio Mubarac e Evandro C. Jardim), de fotografia com João L. Musa. Como formação histórica-crítica complementar, freqüentou as aulas de Rodrigo Naves, Sônia Salzstein , Leon Kossovitch e Jorge Coli. Foi um dos membros fundadores do Ateliê Piratininga e atualmente faz parte da AJA, (Associação Jatobá), um coletivo de artistas que visa promover a ação cultural do artista na cidade, através de exposições, encontros e cursos em artes visuais. Vem participando de mostras no Brasil e no exterior, através de seu trabalho em gravura, pintura e fotografia.
A arquiteta Bartira Velludo, formada pela FAU-USP, conta com quase 30 anos de experiência na arte dos mosaicos. A artista teve também formação na área de artes plásticas, além de especializações na USP, Cátedra Gaudi e Escuela Superior d‘Arquitectura de Barcelona. O interesse da profissional por essa arte surgiu como uma experimentação, uma atividade paralela à sua atuação como arquiteta urbanista em pesquisa e gestão de planejamento urbano em São Paulo. Mostra o interesse e procura de uma linguagem com potencial de expressão artística, onde a visão da arquiteta e da artista convergem para integrar os elementos plásticos do mosaico ao espaço. Iniciou em 1987 a pesquisa e produção de mosaicos como sócia da Oficina de Mosaicos ao lado da arquiteta Isabel Ruas e desde 2001 dirige o Estúdio de Mosaicos Bartira Velludo, responsável pela criação e execução de inúmeros projetos aplicados à arquitetura e design de objetos.
Nascido em Rondonópolis (MT), em 1985, Felipe Guimarães é formado em Artes Visuais pela Faculdade Santa Marcelina (FASM). Vive e trabalha em São Paulo-SP. Abordando conceitos ligados a espacialidade, ocupação e deslocamento na malha urbana, o artista promove ações de ativação espacial, seja por meio da pintura, utilizando a prática do parkour ou em ações educativas.
Ida Feldman já nasceu meio artista. É filha do cineasta underground Aron Feldman. Participou de coletâneas de poesias, concursos fotográficos e vídeos de arte. Ganhou uma câmera de filmar em VHS e fez seus primeiros vídeos, incluindo quase todas as festas do extinto Clube Massivo (balada dos anos 90, em São Paulo). Foi hostess da primeira casa noturna disco club de São Paulo, a Nation Disco Club (1987-1991). Já teve banda de música, em SP e em Belo Horizonte. A banda se chamava Ida e os Voltas e o guitarrista era o multi-instrumentista Bruno Verner da banda Tetine. Começou com o trabalho de colagem em 1993, quando aprendeu a usar o Photoshop e fez uma expo em BH, depois umas colagens com recortes manuais e expos em Curitiba. Fez arte-xerox do Boneco Topo Gigio e expôs em vários lugares de SP. Participou com performances nas pré-aberturas de SESCs, no Mundão e Babel, fez um vídeo depois da sua festa de 30 anos, chamado Pica de Borracha, que está no arquivo permanente do Vídeo Brasil.
Serviço: |
Exposição PORTFOLIO #4 – Abertura em 23 de setembro de 2017, sábado, das 13h às 17h, na MAIS Galeria de Arte. |
Período expositivo – de 23 de setembro a 10 de novembro de 2017. |
Artistas – Ana Calzavara, Bartira Velludo, Felipe Guimarães e Ida Feldman. |
Horário de funcionamento – o mesmo da galeria. |
Grátis. |
MAIS GALERIA DE ARTE – Rua Ásia, 219, Cerqueira César. Telefone – 11 3624.0301 |
Horário de funcionamento – De segunda a sexta, das 12h às 18h ou com hora marcada. |
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