Almandrade, O conceito entre o verbo e a visualidade

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(pequenos formatos)

GALERIA BARÓ – consolação

Depois do movimento da Poesia Concreta, há 60 anos e do Poema/Processo há 50 anos que levou à radicalização total a visualização: a palavra foi dispensada do poema, ficando apenas os sinais ou palavras / imagens que se desenvolvem no espaço branco do papel. A geração de poetas artistas surgida na década de 1970 levou as últimas consequências com recursos da arte conceitual, arte postal e as experiências neoconcretistas, destaca-se dessa geração o baiano artista visual e poeta, com formação em arquitetura Almandrade. A grande riqueza visual aliada à semântica da proposta fazem de Almandrade um dos mais criativos operários da linguagem. Um construtor / inventor.

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“Poderíamos quase dizer que Almandrade inventou uma nova forma de ‘Haiku brasileiro’, reduzido a sua mais simples expressão.” (Marc Pottier). Entre a poesia o conceito e o visual, entre a forma e a palavra, entre o rigor espacial e a poesia caminha a obra de Almandrade. Expoente baiano da arte conceitual e, hoje, um dos grandes nomes das artes visuais brasileiras, com uma produção respeitada nos principais circuitos de arte do país e reconhecida internacionalmente. A partir do dia 04 de abril, parte dessa produção, em pequenos formatos poderá ser vista na Baró Galeria, na rua da consolação Jardins, em cartaz até o dia 30 de abril. Complementa a exposição o lançamento de álbum de gravuras, tiragem de 50 exemplares (16x22cm). São 10 poemas visuais produzidos na década de 70 e editados em 2016 por Gravuras no Brasil.

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Com cerca de 45 anos de atividade artística, Almandrade dispensa apresentações. Seu trabalho, iniciado em meio ao vigor criativo que marcou o movimento artístico na década de 1970, tem um traço muito particular: representa a própria universalidade da arte, alternando-se entre a estética construtivista, a Arte Conceitual e o Poema visual. A coerência e o rigor em lidar com diferentes suportes, fazem de Almandrade, um pensador que se utiliza desses suportes para produzir reflexões, um autêntico representante de uma geração que surgiu na década de 1970.

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Almandrade, O conceito entre o verbo e a visualidade, convite. Divulgação.
Almandrade, O conceito entre o verbo e a visualidade, convite. Divulgação.

Almandrade (Antônio Luiz M. Andrade)

Artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano e poeta. Participou de várias mostras coletivas, entre elas: XII, XIII e XVI Bienal de São Paulo; “Em Busca da Essência” – mostra especial da XIX Bienal de São Paulo; IV Salão Nacional; Universo do Futebol (MAM/Rio); Feira Nacional (S.Paulo); II Salão Paulista, I Exposição Internacional de Escultura Efêmeras (Fortaleza); I Salão Baiano; II Salão Nacional; Menção honrosa no I Salão Estudantil em 1972. Integrou coletivas de poemas visuais, multimeios e projetos de instalações no Brasil e exterior. Um dos criadores do Grupo de Estudos de Linguagem da Bahia que editou a revista “Semiótica” em 1974. Realizou cerca de vinte exposições individuais em Salvador, Recife, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo entre 1975 e 1997; escreveu em vários jornais e revistas especializados sobre arte, arquitetura e urbanismo. Prêmios nos concursos de projetos para obras de artes plásticas do Museu de Arte Moderna da Bahia, 1981/82. Prêmio Fundarte no XXXIX Salão de Artes Plásticas de Pernambuco em 1986. Editou os livretos de poesias e/ou trabalhos visuais: “O Sacrifício do Sentido”, “Obscuridades do Riso”, “Poemas”, “Suor Noturno” e Arquitetura de Algodão”. Prêmio Copene de cultura e arte, 1997. Tem trabalhos em vários acervos particulares e públicos, como: Museu de Arte Moderna da Bahia e Pinacoteca Municipal de São Paulo, Museu da Cidade (Salvador), Museu Afro (São Paulo), Museu de Arte do Rio Grande do Sul).

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